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Avaliação – Renault Clio Expression 1.0 16V 2013

A direção hidráulica é bem pesada em manobras e tem peso ideal em velocidade, apesar de ser pouco direta. O carro é fácil de manobrar em virtude de seu tamanho reduzido. Em movimento o nível de ruídos no habitáculo é alto, podendo-se ouvir com clareza a rolagem dos pneus no asfalto e ruídos aerodinâmicos. A 120 km/h o conta-giros belisca 3.900 rpm, o que eleva o ruído do motor no habitáculo. E no carro avaliado, com pouco mais de 1.200 km rodados, havia um rangido proveniente da traseira sempre que o carro passava por ondulações, algo inaceitável.

Entre as alterações mecânicas, o motor D4D 1.0 16V foi o maior beneficiado, sua potência saltou de 76/77 cv @ 6000 rpm (Gasolina/Etanol) para 77/80 cv @ 5.750 rpm. O torque passou de 10/10,2 kgfm @ 4.250 rpm para 10,1/10,5 kgfm à mesma rotação de antes. Tal ganho foi possível com uma nova taxa de compressão, que passou de 10:1 para 12:1, otimizando o rendimento com Etanol. Além disso, o conjunto recebeu alterações para lidar melhor com a taxa de compressão mais alta.

Com isso, o Clio vazio rende bem para um 1.0 conforme os giros aumentam, tanto na cidade quanto na estrada. Já quando se colocam passageiros e bagagem, o carro perde muito rendimento, obrigando o motorista a trabalhar bem com o velho câmbio de relações curtas e acionamento duro, cansativo. Em relação ao comportamento dinâmico, a suspensão suave na cidade cobra seu preço rolando bastante nas curvas, mas a aderência está lá, garantida pelos bons pneus Continental ContiEcoContact 175/65 R14. A tendência do carro é totalmente dianteira no limite. Os freios à disco dianteiros deixaram de ser ventilados, mas atuam bem, mesmo com um pedal borrachudo e sem ABS.

Depois de rodar aproximadamente 1.400 km com o carro em diversas situações, foi possível verificar um consumo médio de 8,4 km/l com Etanol e 12,5 km/l com Gasolina, o que desaponta um pouco para um carro 1.0, principalmente com as alterações do motor para melhor rendimento com o combustível derivado da cana. Mas apesar dos percalços, o carro oferece um pacote interessante para o segmento de entrada. Seus pontos positivos ficam no desempenho e no comportamento dinâmico, enquanto o carro perde pontos no acabamento e no consumo.

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