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Avaliação – Peugeot Hoggar Escapade 1.6 16V Flex 2011

O Peugeot Hoggar Escapade possui um engenhoso trabalho de recorte e colagem, pois sua parte dianteira é do 207 brasileiro e a traseira (caçamba), que é apenas 2 cm mais curta que a da Ford Courier, é emprestada do furgão Partner. Suas caixas de rodas quase não invadem o espaço da carga, que também teve o piso da caçamba, longarinas, suspensão (por barra de torção) e eixo traseiro são do Partner também, que tiveram pouquíssimas adaptações segundo o fabricante. Isso permitiu ao Hoggar ter a maior capacidade da categoria (742 kg no modelo X-Line e 650 kg na Escapade).Na parte interna, o motorista se sente dentro de um verdadeiro Peugeot 207, sem tirar nem por, mesmo com a falta de espaço para os passageiros de trás essa sensação não muda. Dentro da cabine o mesmo painel encontrado nos modelos de série está lá, mas com algumas diferenças, como detalhes mais “esportivos” com cromados na ponta da alavanca de câmbio, nos três pedais e na moldura da saída central do ar-condicionado e das informações do rádio exclusivo Peugeot, faltam tecidos nos painéis de porta, que são de plástico duro, assim como o painel dianteiro. Para o conforto dos ocupantes, apenas dois, neste caso, está disponível para o motorista regulagem de altura e para o banco e coluna da direção, que facilita bastante na hora de achar uma boa posição de dirigir. Um detalhe que acompanhou todo o teste foi o fato da parte central do painel, que tem uma borda prateada, ficar refletindo o tempo todo no vidro dianteiro, atrapalhando a visão do motorista em várias circunstâncias de uso, assim como nas manobras, a coluna traseira deixar um ponto cego na hora de dar marcha à ré, obrigando ao motorista a se arriscar, podendo até bater com o carro, seria legal esse tipo de veículo oferecer um sensor de estacionamento de série. Os comandos elétricos de vidros e espelhos retrovisores ao lado do freio de estacionamento incomodam bastante e tiram um pouco a concentração do motorista de precisar usar durante o trajeto. Existe ainda um espaço razoável de 120 litros, na medição da fábrica, atrás dos bancos esportivos, suficiente para levar mochilas ou uma mala média.

A Hoggar Escapade ainda trás itens de série como retrovisores e vidros elétricos, direção hidráulica, faróis de neblina dianteiros, grade protetora do vidro traseiro, 2 alto-falantes nas portas dianteiras, ar-condicionado, follow me home, travamento automático das portas em velocidade, rodas de liga leve de 15 polegadas, pneus de uso misto e protetor de caçamba. Em termos de segurança, a Hoggar Escapade oferece ainda airbag duplo como opcional e freios antiblocantes (ABS). A Peugeot disponibiliza kits de acessórios para o Hoggar. Os kits promocionais elaborados pela montadora tem a mão-de-obra inclusa no preço. A linha de acessórios é composta por mais de dez itens, permitindo a personalização da picape Hoggar ao gosto do cliente, o valor do kit Utilidade, que oferece protetor de caçamba, capota marítima, redes de retenção porta-objetos para a caçamba e, no interior do veículo, para as áreas localizadas atrás do bancos e nas laterais sai a R$ 2.599. Enquanto o Kit Estilo, que traz breaklight, grade de proteção do vidro traseiro, protetor de caçamba, barras de teto e duas soleiras de alumínio, custa R$ 3.199. Para finalizar, a Peugeot oferece o pacote promocional específico, o Kit Aventura, que disponibiliza estribo lateral, protetor de para-choque dianteiro, santantônio e protetor de caçamba. Tudo por R$ 3.499. A picape Hoggar Escapade parte de R$ 43.500 com todos os itens citados no parágrafo acima. Se forem adicionados as cores metálicas (R$ 900), mais air-bag duplo (R$ 1.000), chegando ao preço de R$ 45.400.

Sob o capô está o excelente motor 1.6 16V flex (113 cv com etanol e 110 cv com gasolina) que se mostrou bem elástico durante toda a avaliação, graças ao torque de 15,5 kgfm (etanol/gasolina) suficiente para empurrar os 1.216 kg da picape e mais dois ocupantes. As retomadas foram lineares e o câmbio manual possui engates macios e precisos. A sensação de estar dirigindo um carro de passeio é sentida o tempo todo, ao volante, dá para esquecer a caçamba lá de trás e acelerar normalmente, devido ao entre-eixos 30 cm mais longo que o dos demais 207, algumas respostas ficam mais lentas, como as constantes trocas de faixas no trânsito pesado da cidade. O ajuste correto na direção se dá pelo fato da Hoggar ter duas válvulas equalizadoras de freio na traseira, uma para cada roda, o que ajuda ns frenagens e distribuição de peso da caçamba vazia ou cheia. A picape se mostra estável o tempo todo, mesmo em curvas mais fechadas não se sente muito a tradicional “saída de traseira” nesse tipo de veículo, assim como o modelo não quica muito, só em buracos ou desníveis nas ruas que é percebido as batidas secas da suspensão, que é independente na dianteira e usa barras de torção na traseira. Internamente é possível identificar alguns barulhos que vem da caçamba e do painel de plástico rígido, mas em velocidade de cruzeiro o nível de ruído interno diminui bastante. A picape Hoggar é um carro bastante agradável de andar e tem potencial para cutucar ainda mais a concorrência, se a Peugeot der mais atenção à ela, com uma propaganda mais agressiva e melhorar consideravelmente seu pós-venda e preços das peças de reposição.
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