
A Toyota do Brasil anuncia, nesta sexta-feira (31), um importante passo em prol da redução de emissão de carbono no Brasil. Em uma parceria com a Shell Brasil, Raízen, Hytron, Universidade de São Paulo (USP), Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) e o Senai CETIQT, a Toyota irá contribuir para um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que visa produzir hidrogênio (H2) renovável a partir do etanol. A companhia vai oferecer o Mirai, o primeiro carro de série movido à célula de combustível (Fuel Cell Eletric Vehicle) para testes sobre a performance do veículo movido a hidrogênio.
Com um investimento de cerca de R$ 50 milhões da Shell Brasil, o projeto de P&D também pretende calcular a pegada de carbono do ciclo ‘campo à roda’, ou seja, mensurar as emissões de CO2 na atmosfera, desde o cultivo da cana até o consumo do hidrogênio pela célula combustível do veículo.
O veículo será entregue, ainda neste primeiro semestre, ao Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI) da USP, criado em 2015, com financiamento da FAPESP e da Shell, que desenvolve a pesquisa. Além do Toyota Mirai, o hidrogênio renovável vai abastecer três ônibus que circularão na Cidade Universitária da USP.
A Shell Brasil, Raízen, Hytron, Universidade de São Paulo (USP) e o SENAI CETIQT assinaram um acordo de cooperação, em setembro de 2022, para desenvolvimento de plantas de produção de hidrogênio renovável (H2) a partir do etanol. A parceria tem como foco a validação da tecnologia através da construção de uma planta dimensionada para produzir 4,5 kg/h de hidrogênio e início de operação no primeiro semestre de 2024. A estrutura será instalada no campus da USP, na cidade de São Paulo.
O objetivo do projeto de P&D é demonstrar que o etanol pode ser um vetor para a produção de hidrogênio, contribuindo para a descarbonização de setores da indústria.
O hidrogênio renovável será produzido de forma inovadora com o etanol fornecido pela Raízen e a tecnologia desenvolvida e fabricada pela Hytron, que atualmente pertence ao grupo alemão Neuman & Esser Group (NEA Group), com suporte do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT, com financiamento da Shell Brasil.
A contribuição da Toyota ao projeto faz parte de um conjunto de esforços da companhia no cumprimento de metas ambientais, previstas no seu Desafio Ambiental 2050. Adicionalmente, contribui com a ambição da marca em produzir carros cada vez melhores, a fim de colaborar com a redução de impactos ambientais causados pelos automóveis o mais próximo possível ao nível zero de emissão.
Por isso, a Toyota desenvolveu quatro tecnologias de eletrificação para reduzir emissões de maneira mais eficiente, de acordo com cada contexto e as necessidades dos clientes. No Brasil, a montadora é líder de mercado híbrido-flex, tecnologia que combina a alta eficiência do motor elétrico com a importante redução das emissões de carbono do motor flex movido a etanol, com mais de 54 mil unidades vendidas desde 2019.
O Mirai é um carro elétrico em sua essência, mas que não utiliza recarga elétrica externa, pois é movido por meio de uma reação química entre hidrogênio e oxigênio. Assim funciona um FCEV (Fuel Cell Eletric Vehicle).
O hidrogênio é armazenado em tanques enquanto o oxigênio vem de fora do carro. A mistura causa uma reação química, liberando energia, que é transformada em eletricidade, que carrega uma bateria que, por fim, alimenta o motor elétrico. Como resultado, um veículo 100% livre de CO2, com autonomia estimada em 600 km e que emite apenas vapor d’água pelo escapamento.
O hidrogênio é uma das grandes promessas para a descarbonização do planeta. Além de ser potencialmente inesgotável por ser o elemento mais abundante no universo, quando extraído de fontes renováveis pode, de fato, ser zero emissões.
Fonte: Toyota do Brasil — Departamento de Comunicação