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Proteste cobra medidas para averiguar impacto da fraude da VW no Brasil

Foto: Divulgação

A PROTESTE Associação de consumidores enviou ofício ao Ministério do Meio Ambiente nesta segunda-feira (28), questionando sobre as medidas que estão sendo tomadas para averiguar se houve impacto no Brasil da fraude da Volkswagen na emissão de poluentes.

Um dispositivo que altera resultados sobre emissões de poluentes foi instalado em 11 milhões de veículos a diesel em todo o mundo, em modelos de várias marcas pertencentes ao grupo, nas emissões do motor EA189. No Brasil, a VW só vende a picape Amarok com motor diesel – cerca de 84 mil unidades foram comercializadas desde 2010 -, mas o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) já pediu apuração dos demais propulsores.

Na avaliação da PROTESTE, apesar de no Brasil o impacto da fraude ser menor porque a lei proíbe veículos leves com motores a diesel, caso seja comprovada a manobra para burlar teste de emissão de poluentes, os consumidores com veículos afetados podem acionar a montadora na Justiça e pedir ressarcimento, a exemplo do que já vem sendo feito em outros países.

O Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) do Ibama, apura se outras tecnologias podem ter seus resultados adulterados com ajuda de centrais eletrônicas. Isso significa que motores a gasolina e flex podem também ser fraudados por software que detecta inspeção ambiental. No caso da Volkswagen, se comprovada a fraude em veículos brasileiros, a empresa poderá ser multada em ate R$ 50 milhões e terá de fazer recall para sanar o problema.

A fraude da VW, que acarretou a demissão do presidente da empresa, foi denunciada pelo governo americano  após constatar que o software burla os dados de emissão de poluentes apenas quando os carros são testados, para que sejam atendidos os níveis exigidos nos Estados Unidos. Segundo a Agência de Proteção Ambiental (EPA) norte-americana, 482 mil veículos com motores a diesel vendidos no país violaram os padrões federais; entre eles os modelos Jetta, Beetle (o novo Fusca), Golf, Passat e o Audi A3 , da marca que pertence ao grupo Volkswagen. Eles foram fabricados entre 2009 e 2015.

A desconfiança partiu da diferença entre níveis de emissão encontrados em testes de rodagem e os oficiais. Após investigar, a EPA concluiu que um software instalado pela montadora detecta quando o carro está sendo inspecionado para verificar o nível de emissão de poluentes e só então passa a controlar os gases que o veículo solta na atmosfera. Esse controle fica desligado em situações normais de rodagem, fazendo com que os carros poluam muito além do nível exigido no país.

Fonte: PROTESTE – Associação de Consumidores

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