A Toyota apresentou hoje, 19 de março, o primeiro protótipo de veículo híbrido equipado com motor de combustão interna flexfuel. O projeto, que combina um propulsor elétrico e outro flexível a gasolina e etanol, colocou lado a lado as equipes de engenharia da Toyota Motor Corporation, no Japão, e da Toyota do Brasil, para somar esforços e buscar sintonia entre as tecnologias.
O trabalho foi direcionado no sentido de extrair o potencial máximo de cada solução: alta eficiência, baixíssimos níveis de emissões e capacidade de reabsorção dos impactos de gás carbono, ao utilizar combustível oriundo de fonte 100% renovável. O protótipo foi construído sobre a plataforma do modelo Prius, usada como base para condução dos trabalhos. A marca ainda estuda possibilidades de produção desta tecnologia no Brasil no futuro.
O protótipo do primeiro automóvel híbrido flex faz parte de um conjunto de esforços da Toyota no cumprimento de metas ambientais ambiciosas, previstas no seu Desafio Ambiental 2050. Adicionalmente, elucida a ambição da marca em produzir carros cada vez melhores, a fim de colaborar com a redução de impactos ambientais causados pelos automóveis o mais próximo possível ao nível zero de emissão.
Estudos preliminares realizados pela Toyota do Brasil apontam que o híbrido flex possui um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão do carro. Quando abastecidos apenas com etanol (E100), os resultados se mostraram ainda mais promissores.
Até chegar à formatação do primeiro protótipo, a Toyota realizou diversos testes em escala de laboratório, que tiveram início há quase três anos atrás, em meados de 2015. Em cerimônia realizada hoje, com a presença de representantes do governo do Estado de São Paulo e parceiros, a companhia deu início à fase de testes de rodagem.
No primeiro momento, o veículo percorrerá um trecho de mais de 1.500 quilômetros entre os estados de São Paulo e Distrito Federal, colocando à prova a durabilidade do carro em percursos desta natureza, para avaliar o conjunto motor-transmissão, quando abastecidos com etanol, nas estradas brasileiras.
A partir daí, novos dados serão coletados. Eles informarão a performance do carro e servirão para possíveis ajustes, com objetivo de buscar o balanço ideal de todo o conjunto.
Parte dos esforços da Toyota na corrida para cumprimento de seu Desafio Ambiental 2050 passa, especialmente, pela necessidade de engajar e mobilizar parceiros de negócios que atuem em consonância com a visão em prol da mobilidade sustentável.
Inspirada por este propósito, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) tem apoiado o projeto por reconhecer o etanol como combustível eficiente em sistemas de propulsão avançados e adiciona a importância do biocombustível no combate ao aquecimento global e no cumprimento das metas ambientais do Brasil no Acordo Internacional do Clima (Cop21), estabelecido em 2015, em Paris, contando com a capacidade de produção e abastecimento da indústria sucroenergética brasileira.
A entidade reforça que o etanol está cada vez mais presente nas discussões ambientais mundiais voltadas para a descarbonização dos transportes. “Entendemos que estamos em um processo de transição para novos cenários de mobilidade sustentável e o etanol é parte deles. Nesse sentido, acreditamos que tecnologias inovadoras, como o veículo híbrido, podem fazer parte dessa transição coexistindo com os biocombustíveis, principalmente no Brasil, onde o consumidor dispõe de infraestrutura ampla de abastecimento”, completa Elizabeth Farina, presidente da UNICA.
Fonte: Toyota do Brasil – Departamento de Comunicação