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PRIMEIRA VOLTA – T6, o SUV médio da JAC chega ao Brasil

Fotos: Divulgação / Renato Pereira

Como sabemos, a JAC (Anhui Jianghuai Automobile Co. Ltd) Motors é uma montadora chinesa de automóveis,  ônibus e caminhões, fundada em 1964 em Hefei, Anhui, produzindo inicialmente apenas caminhões e, ao longo do tempo, foi se estruturando e ampliando seu leque de opções, atualmente, desenvolvendo veículos para todos os segmentos do mercado automotivo em seus pátios em Hefei e Xangai, na China, e em Turim, na Itália.

Em 2010 o Grupo SHC, sediado em São Paulo, tornou-se o representante oficial da montadora no Brasil, tornando-se responsável pela comercialização, assistência técnica, pós-venda, marketing e distribuição de peças originais da marca. Atualmente com extensa rede de concessionárias, presente em 18 estados e mais de 40 cidades, a Jac Motors do Brasil se esforça para superar os desmandos do atual governo, onde as regras mudam a cada instante e o valor do dólar não para de subir. Para dar continuidade na solidificação da marca em nosso mercado, onde já são oferecidos o J2 (hatch compacto), J3 (hatch), J3 Turin (sedan), J3 Sport (hatch), J5 (sedan), J6 (minivan), T8 (maxivan) e T-140 (caminhão), agora é a hora e a vez da chegada oficial do T6!

Não chegando a ser exatamente uma surpresa, uma vez que o modelo foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo, em 2014, o JAC T6 chega para ocupar um nicho de mercado que cresce demasiadamente no Brasil e no mundo, provavelmente em virtude de seu espaço interior ser maior e o conjunto mecânico o mesmo de outras plataformas, que é o segmento das SUV´s. Ok, deixarei o modelo nesse segmento, apesar de, tecnicamente falando, não se tratar de um SUV (assim como os Ford Ecosport, Renault Duster, Honda HR-V, Jeep Renegade, Peugeot 2008, Hyundai Tucson e iX 35, Mitsubishi ASX e Kia Sportage também não o são, são todos da categoria Crossover) uma vez que um SUV (Sport Utility Vehicle – Veículo Utilitário Esportivo) é um segmento cuja configuração de design e interior são típicos dos veículos familiares Station Wagon, de porte avantajado, com a capota estendendo-se até o fim do veículo, internamente dispõem de banco traseiro e porta-malas, sendo frequentemente derivados de caminhonetes, com a carroceria fixada no chassi e não com plataforma monobloco, normalmente equipado com tração nas quatro rodas. Como no Brasil a classificação dos modelos de veículos é dada de acordo com os conhecimentos do marketing, e não da engenharia que o determina, então… o JAC T6 também entra na categoria errada junto de seus concorrentes.

PRIMEIRA VOLTA

Itu/São Paulo – O design é bonito e limpo. Dono de dimensões generosas, com seus 4,475m de comprimento, 1,84m de largura, 1,67m de altura, 2,645m de distância entre-eixos, porta-malas de 610 litros de capacidade, com possível expansão ao se rebater o banco bipartido traseiro, 21cm de altura livre do solo e 1.505 kg de peso, é um carro imponente. É certo que, na atualidade, quase nunca se vê algo de inédito em termos de desenho, e o JAC T6 segue a mesma cartilha, uma vez que a dianteira lembra muito o Hyundai ix35 e a traseira o Audi Q5. Sem aquelas falhas típicas de acabamento que sempre procuramos (e encontramos…) em veículos oriundos do Império Celeste, e recheado com todos os itens de conforto característicos de veículos dessa categoria, o JAC T6 é bastante confortável, espaçoso e silencioso ao rodar. É um carro em que cinco pessoas podem viajar por longos períodos sem se cansar.

Dinamicamente, o JAC T6 oferece boa estabilidade em curvas, níveis de ruídos baixíssimos e, como dito anteriormente, sem nenhuma vocação para aventuras Off Road por não se tratar de um SUV. Suas suspensões muito bem calibradas, com perfeito acerto final de carga de molas e amortecedores, garantem ótima dirigibilidade. Já o câmbio ser manual é um pecado, e a possibilidade inexistente de se importar uma versão com transmissão automática é de doer.

Um carro dessa categoria, cujo valor inicial é de R$ 70.000,00, não contar com uma transmissão mais confortável, de acordo com sua proposta, pode ser um dos fatores que não deixem o modelo disparar na preferência do consumidor. Volante com assistência elétrica e excelente empunhadura, todos os controles de fácil acesso, instrumentos de fácil visualização e posicionamento para dirigir muito bom são pontos fortes do modelo.

Por ser um veículo grande e pesadão, é bom que o motorista se habitue com seus freios, que mesmo sendo a disco nas quatro rodas e contando com ABS e EBD demoram um pouco mais do que o esperado para imobilizar totalmente o JAC T6.

O desempenho do JAC T6, que conta com o motor HFC4GA3.3D de 2,0 litros, 16 válvulas, sistema VVT (comando de válvulas variável), flex, com potência máxima de 160 Cv deixa a desejar. Ok, é certo que ninguém espera que um modelo desse segmento ofereça acelerações estonteantes como um superesportivo, mas algo não está bem equalizado e o carro sofre em trechos sinuosos e retomadas de velocidade. Não adianta, o motorista tem de mudar de marcha o tempo todo mesmo. Se fosse automático, provavelmente teria o mesmo desempenho que cada um de seus cavalos de potência máxima oferecem para deslocar sua carga específica de 9,4 kg (1.505kg / 160cv = 9,4kg, vazio. Com 5 pessoas passa para uma média de 1.905kg, e aí cada cavalinho tem de puxar 12kg), só que o motorista não iria perceber e se cansaria bem menos. Em sua Terra Natal, o JAC T6 é equipado com motor 2,0 litros turbo, 176 Cv de potência máxima e transmissão manual de seis marchas, com seu preço sendo por volta de R$ 42.000,00 (110 mil Yuans).

Os preços do JAC T6 no Brasil são: Básico, R$ 69.990; PACK 1 – Barras longitudinais no teto / retrovisores pintados na cor da carroceria / maçanetas cromadas / frisos laterais cromados / retrovisores externos com rebatimento elétrico – R$ 71.990; PACK 2 – Pacote 1 + câmera de ré / kit multimídia com mirror link – R$ 75.670

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