Eis a grande aposta da JAC desde que chegou ao Brasil. Nem J3, nem T6, nem o próprio T5 Manual. Mais do que uma nova versão para o crossover T5, o câmbio CVT marca uma revolução na história da JAC no Brasil. Trata-se da maior oportunidade da marca para decolar em vendas, especialmente se considerarmos que tal transmissão automática equipa o melhor carro chinês já lançado no Brasil até hoje.
Já conhecemos o T5, estivemos no lançamento do carro e também já tivemos a oportunidade de testa-lo no dia-a-dia, portanto sabemos que se trata de um crossover com porte de Honda HR-V e Nissan Kicks, equipado com um motor 1.5 16V flex, que rende 125/127 cv @ 6.000 rpm (G/E) de potência e 15,5/15,7 kgfm @ 4.000 rpm (G/E) de torque. Bem espaçoso, o carro leva 5 adultos com espaço satisfatório e tem bom espaço para a bagagem (600 litros de acordo com a JAC).
A nova transmissão CVT oferece opções de trocas sequenciais na alavanca, simulando 6 velocidades. Além disso há os modos D, tradicional, e o modo S, para condução mais esportiva. Fabricada pela Punch Power Train, da Bélgica, o câmbio oferece ainda o modo Winter, aonde a partida é feita com giro mais baixo, simulando uma saída em segunda marcha, para evitar patinar as rodas em condições de baixa aderência. Outra novidade do T5, inédita na JAC, é o cruise control.
O carro é importante para a JAC pois o câmbio automático representa cerca de 75% dos carros vendidos na categoria a qual o T5 pertence. Ademais, a própria JAC reconhece que tinha dificuldades nas vendas devido à opção única de câmbio manual. E, para garantir que a novidade alcance sucesso no mercado, o preço promocional inicial será de R$ 69.990, exatamente o mesmo preço da versão manual. Seu principal concorrente é o Nissan Kicks, que custa R$ 20.000 a mais.
PRIMEIRA VOLTA
São Paulo/SP – Nosso contato com o JAC T5 CVT seria em um trecho de estrada entre São Paulo e Campinas, ou seja, uma estrada com ampla variação de relevo e limite de 120 km/h, uma boa combinação para testar a capacidade do câmbio CVT em oferecer agilidade para o crossover.
Mas antes de colocar o pé na estrada, pudemos sentir quão suave o câmbio CVT atua na cidade. Sua calibragem é voltada para a docilidade, com os giros subindo lentamente caso o pé direito esteja contido. Isso combina com o T5, que é naturalmente dócil, com suspensões bem macias e isolamento acústico primoroso para o uso urbano.
Quando o motor 1.5 é exigido a fundo, o CVT sobe os giros até a rotação de potência máxima e os 127 cv são entregues na totalidade. Não há acelerações vigorosas nem força em abundância, é um desempenho apenas honesto, mas pode-se perceber que o carro não perdeu nada em agilidade com a troca do câmbio manual pelo automático.
A resposta do câmbio ao kick down é imediata, sem aquele momento de hesitação que existe em alguns carros. Pode-se comparar o CVT do T5 com os melhores do mercado, como o câmbio do Nissan Kicks ou do Honda HR-V. Mas o T5 leva uma grande vantagem nas trocas sequenciais, que entram conforme a solicitação do condutor e servem para praticamente transformar o CVT em um automático convencional, agradando aqueles que não gostam da atuação do câmbio continuamente variável.
No mais, é o mesmo T5 de sempre, com suspensões macias e freios confiáveis. A dirigibilidade do carro é boa e seu rodar confortável combina perfeitamente com a nova transmissão. O único ponto desabonador fica para o nível de ruído, que fica muito elevado quando o acelerador é pressionado a fundo.
*Evento a convite da JAC.
Muito boa a explanação sobre o T5 CVT; pesquisei bastante e me rendi ao SUV com a melhor relação custo benefício do mercado. Comprei a belezoca no início de abril e estou amando!