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Manutenção: Saiba tudo sobre o escapamento do seu carro

Foto: Divulgação

O sistema de escapamento geralmente só é lembrado  quando  apresenta o incômodo ruído, característico de componentes avariados por desgaste, corrosão ou danos causados por quebra-molas elevados, valetas, etc. Bem mais do que fazer a diminuição do ruído, o escapamento ainda tem de atender aos requisitos de desempenho e rendimento do veículo, controle de emissão de poluentes, e ainda conduzir para longe da cabine os gases tóxicos resultantes do processo de combustão.

Mais do que os conhecidos “Silenciosos”  o escapamento também é constituído por coletor, tubos, catalisadores, os silenciosos, e em alguns caos, Válvula EGR . Veremos a seguir o papel de cada componente.

1)Coletor:

Confeccionado em ferro fundido ou tubos de aço (carbono ou inox), Localizam-se no(s) cabeçote(s) do motor, e tem por finalidade recolher e conduzir os gases expulsos de cada cilindro. Sendo um dos responsáveis pelo desempenho do motor, deve ter uma capacidade dinâmica de escoar os gases, oferecendo o mínimo de restrição possível, ao mesmo tempo evitando a “interação” entre os cilindros.

Durante muitos anos, a indústria automotiva adotou somente o coletor em ferro fundido, e, a partir dos anos 90, em alguns modelos, tornou-se disponível o modelo tubular , antes restrito somente a veículos de alto desempenho ou de competição. Sua única exigência em termos de manutenção é inspecionar se o mesmo possui  algum vazamento em sua face de contato (junta) com o cabeçote  ou uniões, ou trincas ao longo de seu corpo.

2)Tubulação:

Com a função de conduzir os gases, seu diâmetro e ângulos de curvatura são determinados pela montadora visando a máxima performance e rendimento.

Deve-se inspecionar quanto a ausência de corrosão perfurante ou partes amassadas que  dificultem a passagem dos gases. Verificar quanto ao estado dos suportes, aperto das abraçadeiras e coxins (borrachas) de fixação.

3)Catalisador:

Responsável  pela conversão de gases tóxicos em outros compostos não nocivos, compõe-se de um revestimento cerâmico impregnado de metais nobres, como Paládio e Ródio. Por conta disso, é um item bem custoso de reposição. È um componente com vida útil bastante elevada (cerca de 100 mil Km) mas, para garantir tal expectativa de vida deve-se manter o sistema de alimentação (carburação ou injeção) regulado e ignição em perfeito estado. Deve-se prestar atenção quanto a existência da chapa defletora localizada ao seu redor, que tem por finalidade impedir a passagem de calor para outras peças (maior parte oriundo das reações químicas internas no componente). Caso necessite substituí-lo, observe se o modelo é o indicado (alguns são “bem parecidos” externamente , mas sua capacidade difere de acordo com a motorização do veículo).

4)Silenciosos:

Fazem o papel efetivo de redução do ruído. De uma maneira geral os do tipo “intermediário” possuem internamente um conjunto de placas metálicas, conhecido como “labirinto”, funcionando através da propagação e cancelamento das ondas sonoras.
Os modelos  chamados de ”abafador final” podem ser do tipo câmara metálica ou ainda, revestidos internamente de lâ de vidro (estes atuando por absorção sonora, bem menos restritivos ao fluxo de gases). Sua vida útil é afetada pela corrosão proveniente de vapores condensados de água isoladamente ou combinados com certos resíduos  existentes  em combustíveis adulterados, deteriorando o componente (danificando as placas internas).

Os abafadores finais são repostos com mais frequência  devido a estarem localizados a uma certa distância onde já ocorre uma grande perda de calor dos gases para o meio externo, favorecendo a condensação do vapor de água.

5) Válvula EGR:

Funciona de maneira a permitir uma pequena recirculação dos gases de escape para a admissão. Tem como principal função a redução de emissão de óxidos de nitrogênio, pois uma “realimentação” de uma pequena quantidade deles no sistema de admissão é capaz de manter controlada a temperatura de queima da mistura, até um determinado valor limite, onde abaixo deste, a produção desse poluente é bem menos pronunciada.
Não é um componente que necessita de uma intervenção constante, mas o seu correto funcionamento deve ser conferido nas revisões periódicas,  quando recomendado pela montadora.

Lembre-se que, por ocasião das inspeções ambientais obrigatórias, não só o catalisador é o responsável pela reprovação do veículo.
Dependendo da situação, um escapamento com vazamentos provocados por corrosão ou danos, pode ser um dos responsáveis pela reprovação do veículo, especialmente no parâmetro “diluição CO + CO2” e na “emissão de ruído”, obviamente. Também é visualmente avaliado seu estado, em uma primeira etapa, antes das medições feitas pelo equipamento próprio.
ADAPTAÇÕES, Como Fazer?

Caso seu veículo seja antigo, fora- de-série,  difícil reposição  ou mesmo você queira uma “personalização ” cuide para que  não sejam utilizados componentes que tenham diâmetro menor que o original, evite ao máximo curvas muito acentuadas, dobras ou soldas mal executadas . E prefira a soldagem por equipamento “MIG” que possui melhor qualidade e acabamento.

Contato do autor: [email protected]

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