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Lançamento – Peugeot 208 chega com muita tecnologia e preço alto

Fotos: Marcus Lauria

Quando o Peugeot 206 chegou ao Brasil, seu visual cativou imediatamente grande parte do público, especialmente o feminino, e garantiu não só boas vendas, como também a sustentação da marca francesa em nosso território. Com equipamentos jamais vistos em outros compactos, como freio a disco na traseira, central multiplexada e ar-condicionado digital, o pequeno Peugeot marcou época.

Mas apesar de seu visual estiloso, a idade chegou e o Peugeot 206 foi substituído na Europa pelo 207, maior e mais moderno, que acabou não repetindo o mesmo sucesso. Já no Brasil, a PSA optou por efetuar algumas modificações no 206, batizando o facelift como 207. Apesar de manter o bom nível de equipamentos, o projeto antigo do carro cobrou seu preço nas vendas, deixando o pequeno Peugeot bem longe da concorrência.

Para não repetir o mesmo erro do passado, a Peugeot lançou no Brasil o 208, idêntico ao carro vendido na Europa, apenas com leves modificações visuais e alterações na motorização. Infelizmente itens de segurança como ESP e airbags laterais/cortina ficaram de fora, ainda que o modelo seja muito bem equipado.

Com 3,97 m de comprimento, 1,70 m de largura e 1,47 m de altura, o porte do modelo está bem mais avantajado que o 207 nacional. Mas a melhor das evoluções fica no entre-eixos de 2,54 m, que permite um bom aproveitamento do espaço interno, em especial no espaço do banco traseiro. O porta-malas de 285 litros fica na média da concorrência, bem como o tanque de 55 litros.

As opções de motor são compartilhadas com o primo de plataforma Citroën C3, ou seja, o 1.5 8V com 89/93 cv @ 5.500 rpm de potência e 13,5/14,2 kgfm @ 3000 rpm de torque (Gasolina/Etanol), ou o EC5 1.6 16V, que entrega 115/122 cv @ 6.000 rpm e 15,5/16,4 kgfm @ 4.000 rpm, dispensando o tanquinho de partida à frio. Lembrando que o motor 1.5 recebeu nota “A” na avaliação de consumo do Inmetro, enquanto a versão equipada com o bloco 1.6 ficou apenas com um “C”.

Não houve nenhuma ousadia da Peugeot no tipo de suspensão utilizada, mantendo o usual McPherson na frente e barra de torção atrás. Freios são à disco ventilado na dianteira e tambor na traseira, com auxílio do ABS. As versões manuais contam com 5 marchas, enquanto a versão automática (apenas com motor 1.6) usa o antiquado câmbio de 4 velocidades e trocas sequenciais na alavanca ou em borboletas atrás do volante.

O carro chega em três versões: Active 1.5, por R$ 39.990, que entrega ar-condicionado manual, direção elétrica, travas e vidros dianteiros elétricos, airbag duplo e freios com ABS. O próximo passo é a Allure 1.5, que adiciona teto panorâmico de vidro fixo, central multimídia com GPS e retrovisores elétricos, por R$ 45.990. A versão Griffe 1.6 manual adiciona ar-condicionado digital bi-zona, controlador e limitador de velocidade, alarme e sensores crepuscular/de chuva, por R$ 50.690. Fechando o pacote, fica a versão Griffe 1.6 Automática, que adiciona apenas o câmbio e custa R$ 54.690.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES por Marcus Lauria

Búzios/RJ – Saímos do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro em direção a Búzios, na Região dos Lagos, em um 208 Griffe 1.6 com câmbio manual. Visto por fora o modelo ficou muito bonito e atraente, com um design bem moderno. Após admirar as belas linhas externa, entrei no carro e percebi que a qualidade de construção e os materiais usados no interior são de ótima qualidade. Os plásticos são agradáveis ao toque e os acabamentos em “Black piano” se destacam, revelando até certo luxo para o novo compacto Premium da marca francesa.

Após acertar a posição de dirigir e alinhar os espelhos retrovisores liguei o carro e parti para pegar a estrada para Búzios. A posição de dirigir é muito boa e o volante menor transmite até certa esportividade ao modelo. O painel sobre o volante facilita a visualização dos instrumentos e em volta fica tudo a mão, além de ser bem simples de ser utilizado. O teto panorâmico, item opcional em algumas versões, é um atrativo a mais, é possível apreciar a paisagem para quem não está ao volante, além de iluminar bastante o interior do carro.

Tanto em trajetos urbanos e na estrada o novo 208 as saiu muito bem. O motor EC5 1.6 16V, que entrega 115/122 cv @ 6.000 rpm e 15,5/16,4 kgfm @ 4.000 rpm rende bem na estrada, se mostrou disposto em ultrapassagens e subidas leves. Em conjunto com o câmbio de cinco marchas com trocas macias e precisas deixou o carro bem agradável de guiar. Os bancos são confortáveis e não cansam em viagens mais longas. A suspensão é outro acerto da Peugeot, ficou mais firme e silenciosa, nas curvas foi possível perceber elas trabalhando, mantendo o carro na linha o tempo todo.

No retorno para o Rio de Janeiro, experimentamos a versão Allure com motor o 1.5 8V com 89/93 cv @ 5.500 rpm de potência e 13,5/14,2 kgfm @ 3000 rpm de torque. Apesar de menos potente, o propulsor não decepcionou, manteve a velocidade sempre constante na estrada, não pestanejou nas ultrapassagens e rendeu bem nas subidas mais leves. O interior matem o mesmo padrão de acabamento, somente sentimos a falta do ar-condicionado automático da versão topo de linha, que dá uma sensação de mais sofisticação no interior. O 208 avaliado com motor 1.6 fez uma média de 9,6 Km/l e o com motor 1.5 fez 9,8 Km/l.

*Viagem à convite da Peugeot

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