Desenvolvido em um tempo no qual a Lamborghini passava por sérios problemas financeiros, o Athon foi uma forma do estúdio Bertone ajudar a empresa. Apresentado no Salão de Turin em 1980, o modelo de design futurista foi montado com base em um chassi de outro Lamborghini, o Silhouette, e era totalmente funcional; a imprensa, inclusive, teve permissão de realizar um test-drive.
O nome “Athon” é derivado do deus egípcio do sol “Aton” e o carro foi elogiado pela sonoridade proveniente do motor (fato enaltecido pela ausência de quaisquer sistemas antirruídos), um 3.0 V8 em disposição central e quatro carburadores Weber que gerava 263cv comandados por uma caixa manual de 5 velocidades; havia também suspensão McPherson independente nas quatro rodas. Apesar do entre-eixos ser o mesmo do modelo no qual foi baseado, o comprimento total é de 3,99m devido ao balanço traseiro reduzido.
O resultado final foi inusitado para um Spider dos anos 80, mas chamou a atenção de todos por seu design e proporções incomuns. O tempo reduzido não impediu a Bertone de se dedicar ao interior; contava com cluster digital de instrumentos provido pela empres Veglia, algo inovador naquele tempo, bem como o comando à esquerda do volante que trazia os controles de seta, limpador de para-brisa e outros.
O volante, aliás, trazia apenas um raio e era o principal elemento que demonstrava o modo Bertone de pensar em ergonomia na cabine de um automóvel. Caso esteja se perguntando o que aconteceu com o Athon: o modelo foi leiloado pela RM Sotheby’s em 2011 por 347,200 euros e está em condições absolutamente originais, segundo fontes.