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PRIMEIRA VOLTA – Jeep Renegade surpreende e dá conta do recado

Fotos: Divulgação

Revelado hoje (23) a imprensa, o Jeep Renagade chega para brigar de verdade com a concorrência. Coitado do Ecosport, que lançou o segmento no Brasil. Apesar do modelo da Ford estar atualizado em design e motorização, perde em acabamento e pós-venda. O HR-V se vangloria de carregar o nome Honda em seu nome e ter os preços acessíveis. É esperar para ver o novo 2008 e comparar as virtudes de cada um.

Revelado pela primeira vez no Brasil durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro do ano passado, o modelo já não é novidade para os Brasileiros. Faltava os preços e versões, e claro as impressões ao dirigir do jipinho. O Jeep Renegade 2016 chega ao mercado no dia 10 de abril. O SUV é fabricado no Polo Automotivo Jeep, em Goiana, Pernambuco, a mais moderna das fábricas do grupo FCA – Fiat Chrysler Automobiles.

Pois bem, hoje já podemos saber mais informações sobre o modelo que pretende dominar o mercado nacional de SUVs compactos. Com preço inicial de R$ 69.900 para a versão de entrada Sport 1.8 E.torQ EVO flex manual, o modelo chega até o valor máximo de R$ 116.900 para a topo de linha Trailhawk 2.0 MultiJet diesel automático 4×4. O preço é competitivo e vai chamar a atenção dos clientes da marca e da concorrência.

Para o consumidor serão oferecidas três versões de acabamento: Sport, Longitude e Trailhawk. De acordo com as primeiras informações divulgadas as duas primeiras versões vem com motor 1.8 e.torQ EVO flex, enquanto que a topo de linha Trailhawk, oferece somente o motor 2.0 Multijet diesel. Uma versão de entrada, ainda mais barata, será lançada em até 90 dias, com preço inicial de R$ 66.900. Ela usará o motor 1.8 E.torQ EVO flex, com câmbio manual.

O Renegade tem suas linhas inspiradas no porte do Jeep Wrangler, que possibilitam ótimos ângulos de entrada e saída, características preponderantes no uso fora de estrada. Batizada pelos designers de “Tek-Tonic”, a linguagem estilística do habitáculo mistura formas sutis com detalhes mais rústicos e funcionais. O painel, por exemplo, revestido com material suave ao toque, é intercalado com elementos como a alça de apoio para o passageiro, indispensável no uso off-road.

As saídas de ar centrais lembram óculos escuros de marcas de esportes radicais, e há outros toques que lembram atividades de aventura, como as molduras da base da alavanca do câmbio e dos alto-falantes nas portas. O “X” das lanternas traseiras aparece em vários pontos, como nos porta-copos no console central. E, para acomodar bem toda a bagagem dos ocupantes, há recursos como o banco do passageiro dianteiro com porta-objetos debaixo do assento e com encosto rebatível (para frente), além do assoalho 2 em 1 no piso do porta-malas. De um lado, a peça é revestida de tecido e do outro, de vinil, fácil de limpar em caso de levar artigos sujos ou molhados.

Único motor a diesel do segmento e também o mais forte, o 2.0 MultiJet II turbo despeja 170 cv a 3.750 rpm e 35,7 kgfm a 1.750 rpm, traz a tecnologia MultiJet de segunda geração, patenteada pela Fiat Powertrain. Esse sistema common rail (duto único) controla a injeção de combustível em alta pressão (até 1.600 bar) de forma avançada. Os injetores do tipo solenoide são capazes de trabalhar múltiplas vezes em cada ciclo de combustão, para diminuir o consumo de diesel.

O novo 1.8 16V E.torQ Evo incorporou importantes melhoramentos que trouxeram mais agilidade no arranque, retomadas mais rápidas e 5% de redução de consumo. Tudo isso foi possível por meio de um cabeçote totalmente novo. Com 100% de etanol no tanque (também de 60 litros), a potência se manteve em 132 cv, mas o torque não apenas subiu de 18,9 para 19,1 kgfm como surge mais cedo, a 3.750 rpm (antes, a 4.500 rpm). Ou seja, em qualquer situação há mais força e em giros mais baixos. Há novos pistões, nova câmara de combustão, novos coletores de admissão e escape, válvulas maiores, velas de ignição menores e o variador de fase no comando de válvulas, evoluções que, combinadas geraram aumento da taxa de compressão do motor (de 11,2:1 para 12,5:1), e curva de torque muito mais plana, na qual 82% da força máxima já está disponível a 1.500 rpm.

O Jeep Renegade 2016 usa um câmbio automático de nove marchas. Única transmissão combinada ao motor turbodiesel 2.0 MultiJet II. Ele proporciona muitos benefícios, como acelerações fortes, entrega progressiva do alto torque de 35,7 kgfm em qualquer situação e funcionamento suave mesmo em velocidades altas – a 120 km/h o ponteiro do conta-giros marca somente 1.000 rpm. Já com o 1.8 E.torQ 16V flex, além de um câmbio manual de cinco marchas, está presente uma transmissão automática de seis marchas inédita em modelos da Jeep em todo o mundo e em veículos do grupo FCA no Brasil.

O Renagade oferece um sistema multimídia Uconnect Touch com duas opções de telas coloridas de 5 ou 6,5 polegadas, com conexão Bluetooth, comandos de voz, navegação GPS, entre muitos outros recursos. No painel, o Renegade conta ainda com outro destaque, a tela colorida multifuncional de TFT de 7 polegadas no quadro de instrumentos, a maior do segmento, permitindo acessar informações sobre o carro que vão muito além de um simples computador de bordo. Além disso, ela tem centenas de opções de configuração, para que o motorista possa escolher quais dados aparecerão na tela. Finalmente, o Jeep Renegade será o primeiro veículo fabricado no Brasil a ter o sistema Park Assist, de estacionamento autônomo. E ainda traz de série freio de estacionamento eletrônico, que dispensa a alavanca, bem como a intervenção do motorista para ativá-lo ou desativá-lo.

Como em todo veículo da Jeep, a segurança é primordial e o Jeep Renegade 2016 dispõe de mais 60 itens relacionados a esse aspecto. Indo muito além dos obrigatórios air bags dianteiros e freios ABS, os controles de tração e de estabilidade, por exemplo, são equipamentos de série em todas as versões, bem como os controles anticapotamento e de estabilidade de trailer. Segurança, nesse caso, se casa com o prazer de dirigir um SUV com grande estabilidade em curvas e uma dirigibilidade surpreendente para um veículo com sua altura.

O Renegade é o primeiro veículo do grupo FCA a utilizar a inteiramente nova arquitetura “Small-Wide 4×4”, que nasceu para gerar um SUV compacto com tração 4×4. Com suspensão independente nas quatro rodas (em todas as versões), o Renegade tem articulação de roda de até 205 mm e 212 mm de altura do solo (na versão Trailhawk), para elevar o padrão do desempenho no uso off-road dentro de seu segmento.

O jipinho apresenta eixo traseiro e unidade de transferência de força (PTU) totalmente desconectáveis – para aliviar a transmissão quando a tração nas quatro rodas não é necessária e, desse modo, economizar combustível. Assim que o tração 4×4 se faz preciso, ele é acionado instantaneamente. Todos os Renegades equipados com o Jeep Active Drive Low contam com subchassi traseiro. O sistema inclui ainda o controle de tração Selec-Terrain, que entrega até cinco modos de operação: Auto (automático), Snow (neve), Sand/Mud (areia/lama) e o exclusivo Rock (pedra) na versão Trailhawk, para o melhor desempenho em qualquer terreno e sob qualquer condição climática.

O Jeep Renegade 2016 oferece dois tetos solares especiais na lista de opcionais, ambos ocupando quase todo o teto do modelo. O panorâmico Command View, de vidro, no qual a parte sobre os ocupantes dianteiros é retrátil, e o inédito My Sky. Ele consta de dois painéis leves de poliuretano que podem ser removidos e abrigados no porta-malas, se encaixando perfeitamente. O painel dianteiro ainda é retrátil eletricamente, como um teto solar convencional. Do lado de fora, as duas placas do My Sky formam o mesmo “X” das lanternas traseiras.

Além desses itens opcionais, o Jeep Renegade contará com uma ampla variedade de itens de personalização disponibilizados pela Mopar, a marca de peças, acessórios e serviços do grupo FCA. No total serão 71 acessórios para deixar o SUV compacto ainda melhor preparado para encarar qualquer caminho, para adequá-lo ao estilo de vida do dono ou simplesmente para dar um toque diferente no visual. Haverá desde adesivos inspirados em esportes de aventura até suporte para bicicleta no teto, passando por itens para proteger os bancos ou organizar o transporte de carga no porta-malas.

Confira a tabela de preços:

Renegade Sport 1.8 E.torQ EVO flex manual – R$ 69.900

Renegade Sport 1.8 E.torQ EVO flex automático – R$ 75.900

Renegade Sport 2.0 MultiJet diesel automático 4×4 – R$ 99.900

Renegade Longitude 1.8 E.torQ EVO flex automático – R$ 80.900

Renegade Longitude 2.0 MultiJet diesel automático 4×4 – R$ 109.900

Renegade Trailhawk 2.0 MultiJet diesel automático 4×4 – R$ 116.900

Fotos: Marcus Lauria

PRIMEIRA VOLTA

Rio de Janeiro – A convite da FCA, fomos conhecer melhor o novo Jeep Renegade, que chega as lojas a partir do dia 10 de abril. O SUV compacto da marca norte-americana, passa a ser nacional e está sendo fabricado na planta de Pernambuco, em Goiana. Tive a oportunidade de avaliar por poucos quilômetros as versões Sport 1.8 E.torQ EVO flex, com câmbio manual, a Longitude 1.8 com câmbio automático e a topo de linha Trailhawk 2.0 MultiJet diesel automático 4×4.

Vamos as impressões de cada versão por ordem do mais barato para o mais caro. Andei primeiro no Sport 1.8 E.torQ EVO flex, com câmbio manual. Ao entrar no modelo, me senti bem acomodado, a posição de dirigir é fácil de achar, o espaço interno é suficiente para até cinco passageiros, o acabamento é de boa qualidade, e o painel que mescla instrumentos analógicos e digitais é de fácil leitura. Aqui vou falar somente de do desempenho e da dirigibilidade do SUV compacto da Jeep. As informações técnicas e itens de série e opcionais você pode ler no início do texto.

Após arrumar os espelhos retrovisores externos e internos, coloquei a chave na ignição, verifiquei se o câmbio estava em ponto morto e liguei o motor 1.8, que  desenvolve 132 cv com etanol e tem um torque de 19,1 kgfm que surge mais cedo, a 3.750 rpm. O motor se mostrou forte em um primeiro momento, nas retas o câmbio manual de cinco marchas ajuda no embalo, ele é macio e oferece trocas suaves, nem parece um autêntico Jeep. Mais com o uso mais constante, é perceptível a falta de força em ultrapassagens e subidas. No geral, o propulsor agradou, deu conta do recado na maioria das situações. O teste foi curto, não deu para sentir bem como seria o dia a dia com ele, porém já estamos aguardando os carros de teste de frota de imprensa para fazer uma avaliação mais minuciosa do jipinho.

Depois de andar na versão manual, parti logo para a versão automática, com seis marchas. Fiz o mesmo procedimento para entrar e ligar o carro da versão manual. Só que a automática intermediária tem mais glamour, estão lá os aconchegantes bancos de couro e a central multimída Uconnect Touch, com design diferente da versão de entrada. Nesse caso a tela é de 6,5 polegadas colorida (na Sport é de 5 polegadas), com conexão Bluetooth, comandos de voz, navegação GPS, entre muitos outros recursos. O carro também possui KeyLess, e pude ligar o SUV através de um botão de Star/Stop no painel, ao lado do volante.

Fiz o mesmo trajeto da versão Sport, muitas retas, uma subidinha de leve próximo ao Shopping RioSul e pouco trânsito. Nas acelerações, o câmbio demora para dar embalo ao jipinho, as retomadas são barulhentas e as trocas de marcha não transmitem nenhum tranco para o motorista. Não vou falar aqui de consumo, pois não andei mais de 25 Km com cada um dos dois primeiros modelo avaliados. Mas acredito que a média seja boa para ambos, principalmente o manual.

Agora é a vez da versão diesel, embalado por um motor 2.0 MultiJet II turbo, com 170 cv de potência a 3.750 rpm e 35,7 kgfm a 1.750 rpm, traz a tecnologia MultiJet de segunda geração, patenteada pela Fiat Powertrain. Trata-se do único motor a diesel do segmento, uma boa vantagem para a Jeep nesse momento de tantas novidades no mercado nacional.

O propulsor a diesel é outra conversa, acelera muito bem, dando força e disposição ao Renegade, além de deixar o motorista mais à vontade para arriscar em ultrapassagens. O torque é sentido logo nos primeiros momentos das acelerações. Combinada ao motor Turbodiesel 2.0, está o ótimo câmbio de 9 marchas, uma evolução no segmento. Além de proporcionar muita economia de combustível. Com ele, andei mais tempo e pude ver para que veio.

Peguei trânsito pesado indo em direção à Barra da Tijuca, na Lagoa Rodrigo de Freitas era um para e anda constante. O interior agradável e o bom acabamento dão a sensação de conforto que se precisa para suportar tanto tempo dentro do carro. O ar condicionado digital gela bem e tem a opção de deixar a temperatura do jeito que quer. Os seletores são fáceis de usar e não faltam direcionadores de ar dentro da cabine.

Enfim, o Renegade é um SUV compacto bem agradável de dirigir, tem acabamento de ótima qualidade, dirigibilidade excelente e um ótimo custo/beneficio no segmento. Vai dar trabalho para a concorrência.

*Evento a convite da FCA

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