
O governo federal decidiu por não decretar a obrigatoriedade de freios ABS e airbags frontais nos veículos vendidos a partir de 1º de janeiro de 2014. O motivo é o impacto financeiro dessa decisão. Segundo o Ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Estamos preocupados com o preço do carro, que subiria de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil”.
O Fiesta RoCam que não conta com os equipamentos de segurança custam R$ 29.990. Já as que passarão a tê-los serão vendidas por exatos R$ 1 mil a mais. Além do compacto da Ford, carros de entrada de outras marcas têm diferenças ainda maiores em seus preços finais, como o Chevrolet Celta (R$ 1142 a mais) e o Fiat Palio Fire (R$ 1.691).
De acordo com a resolução 311 do Contran – Conselho Nacional de Trânsito – que determinou a obrigatoriedade de airbags é de abril de 2009. O texto previa o seguinte cronograma: em 2010, 8% dos carros nacionais deveriam ter o equipamento; em 2011, 15%; em 2012, 30%; neste ano, 60%; e em 2014, 100%. Já os freios com ABS foram tratados em definitivo na resolução 380, de abril de 2011, com cronograma semelhante ao proposto para os airbags.
.O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, disse que o acordo com o governo federal prevê estender a obrigatoriedade de ABS e airbags a 70% dos carros nacionais em 2014; a um índice maior, ainda indefinido, em 2015; e a 100% só a partir de 1º de janeiro de 2016.
Se o adiamento se confirmar, carros como a Kombi e o Gol G4, que não possuem condições estruturais necessárias para receber os equipamentos de segurança, poderão continuar sendo produzidos. Isso evitaria a demissão de 4 mil funcionários. Além dos Volkswagen, há outros modelos nacionais que seriam atingidos como o Ford Ka e o Fiat Mile.