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Coluna Drigo’s Garage – Memórias Entusiastas

Acho que é seguro dizer que todos que gostam de carros têm boas lembranças de infância envolvendo estas máquinas. A paixão por elas começa em idades variadas, pode ser desde criança, quando um familiar possui/possuía tal modelo, ou mesmo depois de adulto, depois de ver um filme, andar no carro de um amigo, etc. Enfim, os cenários são inúmeros. O que importa é que elas mexem com nosso imaginário e muitas vezes nos criam oportunidades de trabalho, conhecer novos amigos, locais…carros, motos, caminhões, aviões, etc. são meros meios de transporte para a maioria da população, criados com o propósito principal de nos transportar, e ao que quer que estejamos levando, do ponto A para o ponto B. Mas para nós, entusiastas, é muito mais que isso: são a extensão de nossa personalidade, do nosso eu. Tenho boas memórias de alguns encontros marcantes com carros que considero especiais, e pretendo contar algumas aqui.

Uma delas, aliás uma das primeiras que me lembro, foi entre 1997 e 98, aos 7 anos de idade…estava com minha família na Avenida Niemeyer, um trecho famoso que liga o bairro de São Conrado ao Leblon. Era noite e estávamos presos num engarrafamento. Eu não estava prestando muita atenção ao trânsito até notar um carro diferente à nossa frente…
Pequeno, baixo, largo, conversível e azul-escuro, fiquei curioso a respeito do mesmo. Notei que o escapamento era duplo e central, bem esportivo. Pedi a meu pai para se aproximar um pouco e então pude ver o nome na tampa traseira…era um Porsche Boxster!
Impressionado, pedi a meu pai que baixasse o volume do rádio, só para eu poder ouvir o ronronar grave do Flat-6
Esse flagra me marcou muito, servindo também para que minha paixão e respeito pela Porsche só crescesse…muito embora fosse “apenas” o Boxster, modelo que os puristas da marca não gostavam muito (alguns ainda não gostam!) por ser simples e fraco (a versão básica, 2.5, tinha apenas 204 cv). Mas eu não ligo para isso, continua sendo um verdadeiro Porsche para mim.

Idêntico ao que vi em São Conrado, exceção por ter direção no lado direito

Outro caso foi quando fomos a um restaurante. Não me lembro a época exata, acho que era a mesma (a maioria das minhas memórias automotivas mais marcantes são dessa época, metade pro final dos anos 90)…

Estávamos saindo quando dei de cara com um Mitsubishi 3000GT VR4 no estacionamento. Sendo um carro raro aqui no Brasil, já seria um baita flagra, mas o que me impressionou ainda mais foi a combinação de cores: verde-escuro com interior bege, ao melhor estilo britânico, como esse: http://gtcarlot.com/colors/car/12799273.html

Aquela foi a única vez que vi um 3000GT nessa combinação de cores; desde então, quase todos os (poucos) que já vi são vermelho, preto ou branco, e sempre com interior cinza/preto.

Um terceiro caso foi algum tempo depois, mais ou menos em 1999…

Novamente, minha família e eu estávamos num passeio de carro, passando pela praia de Ipanema, numa bela tarde de domingo. Foi quando eu vi, pela primeira vez na vida, uma Ferrari ao vivo…era uma F355, até hoje um dos meus modelos prediletos da marca do cavallino rampante, em típica combinação vermelha com interior preto.


Mais clássica do que isso, só se fosse interior bege, ou tan.

Ela estava estacionada com 2 rodas na calçada e 2 na rua. Não sei se era a Berlinetta (cupê fechado) ou a GTS (cupê targa), mas era linda de qualquer forma. Lembro que não falei em outra coisa pelo resto do dia…
Infelizmente, na época, as câmeras digitais ainda não haviam se popularizado, então não tenho nenhum registro fotográfico desses flagras.

Outro caso foi quando vi o Romário chegando em uma churrascaria, a bordo da perua Audi RS4 cinza.

Foi uma situação engraçada; enquanto as pessoas chegavam para pedir autógrafos a ele, eu fui até o estacionamento ver o carro de perto. rsrs
Passei uns 15 minutos observando cada detalhe, dos discos e pinças de freio ao interior, com painel específico, velocímetro com graduação até 310 km/h, conta-giros com zona vermelha começando em 7.000 rpm (!), os pára-lamas mais largos, e por aí vai. Um carro pelo qual guardo um grande carinho, pois lembro da época dos comparativos com o BMW M3, e era bem divertido ver as disputas.


Enfim, esses são alguns dos relatos mais antigos. Trarei mais alguns na próxima vez. Até a próxima!

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