Um grande passeio pela linha do tempo enriqueceu a cultura da história da indústria automobilística para quem visitou o Salão Internacional de Veículos Antigos, realizado na semana passada, em área de 16 mil m² do Pavilhão do Anhembi, em São Paulo e que contou com a exposição de 240 veículos e público de 30 mil pessoas.
Verdadeiras preciosidades, que marcaram a evolução do automóvel na Europa, Estados Unidos e Brasil, permitiram uma viagem no tempo que retratou as mudanças de comportamento da sociedade, e o desenvolvimento tecnológico do automóvel. Foram dias de resgate da história do automóvel que reclama por um grande museu da indústria automobilística nacional. Na percepção de muitos, o Salão entusiasmou os jovens que ficaram realmente admirados com a qualidade dos “antigos”.
Como não poderia deixar de ser, os Ford T e A, com diversos modelos expostos, foram grandes atrações do Salão. O modelo T, carro projetado por Henry Ford e que ganhou as ruas de Detroit em 1908. Fabricado por 19 anos, vendeu incríveis 15 milhões de unidades, até deixar a linha de produção em 1927, custando apenas 290 dólares
A participação do Ford T em Salões de todo o mundo é um permanente reconhecimento e uma homenagem, nos dias de hoje, ao carro que revolucionou o mundo especialmente pela sua robustez e simplicidade.
A fabricação desse modelo ganhou notável incremento a partir de 1913, quando Henry Ford, inspirado nos processos produtivos dos revólveres Colt e das máquinas de costura Singer, implantou a linha de montagem e a produção em série, revolucionando a indústria automobilística mundial. Pode-se afirmar, com segurança, que a indústria automobilística começou a partir deste momento, pois, até então, fabricado artesanalmente, o automóvel ainda era visto com desconfiança, pois para muitos, não passava de um brinquedo barulhento, perigoso e caro.
Veículos que despertaram grande interesse no público
Um dos modelos mais curiosos, com diversos exemplares expostos foi o Romi-Isetta, praticamente desconhecido das novas gerações. Destaque especial para o BMW-Isetta 600 Limusine 1958. Os Isetta eram carros compactos, ultra-econômicos, com proposta de uso urbano. Com uma única porta frontal, acomodava até três pessoas.
Outra raridade foi a presença de um Packard 1950, um dos últimos modelos desse fabricante de carros de luxo norte-americana. No estande da Alfa-Romeo, o público pode ver de perto a beleza de um Alfa Romeu Spider 1974, vermelho, conversível de dois lugares, muito bem conservado.
O Fusca não poderia ser esquecido já que ainda faz parte do cenário de automóveis em uso no Brasil. Um dos carros mais vendidos do mundo. Um deles na cor “verde hippie” chamou a atenção. Era um VW Fusca Sedan 1300 de 1974.
Fonte: Ford para todos
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