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Cinto de segurança: CURTA esta ideia

Fotos: Diego Fortes

O grave acidente ocorrido no último dia 9, em Itaipu, Região Oceânica de Niterói, que vitimou o jovem universitário Luciano Araújo Esquerdo, de 19 anos, após capotar com seu Honda Civic, serve como um triste alerta para todos os motoristas que não utilizam um item que pode evitar mortes em acidentes como este: o cinto de segurança.

Foto: Dirceu Alves - diretor da Abramet

Considerado o oitavo maior invento do século XX, criado pelo engenheiro sueco Nils Bohlin, em 1959, quando trabalhava na Volvo, o equipamento é considerado fundamental, tanto para motoristas quanto passageiros. “A importância de se usar o cinto de segurança é muito grande. Ele diminui consideravelmente as lesões causadas por acidentes de trânsito. A segurança no quadril é de 100%, na coluna vertebral é de 60%, no crânio 56%, no tórax é de 45% e no abdômem é de 40%. Em resumo, o cinto de segurança reduz, e muito, o risco de lesões gaves no banco da frente, principalmente”, explicou o diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dirceu Alves.

Foto: João Basilio de Oliveira

Um levantamento da Abramet revela que 90% da população utiliza o item de segurança, já no banco de trás apenas de 3% a 7% afivelam o cinto de segurança. Outro estudo da instituição aponta que enquanto o cinto dianteiro diminui em 45% o risco de morte, o traseiro pode reduzir em até 75% o risco de óbito. “Quem está no banco traseiro imagina que os encostos dianteiros sejam suficientes para sua proteção em uma batida. Solto, este passageiro não só corre o risco de sofrer lesões graves, como também representa um perigo para o motorista e carona ao lado”, alertou o diretor da Abramet. Estudos britânicos e japoneses concluíram que 80% das mortes de passageiros da frente, com cinto, seriam evitadas se os ocupantes do banco traseiro também estivessem com o acessório atado.

Foto: Valdenir Braga

Não há excessões para o uso. Apesar de ser um equipamento vital para deslocamento no trânsito das grandes cidades, o taxista Lenílson Miranda não utiliza o cinto de segurança em São Gonçalo, usando o acessório somente quando percorre grandes distâncias. “Eu não coloco o cinto de segurança dentro do trânsito da área urbana porque não acho necessário. A velocidade é muito baixa. Quando eu pego a estrada e passo dos 80 km/h eu coloco o cinto de segurança. Agora na cidade não vejo como necessário colocar o cinto, mas acho válido usá-lo”, explicou.

O também taxista Valdenir Braga considera um crime as pessoas que não usam o equipamento de segurança no trânsito. “Eu, como motorista de taxi cooperado, sou instruído a usar o cinto de segurança e também orientar os passageiros a usar, mas tem cliente que não gosta de usá-lo. É importante a utilização do cinto. Já foi comprovado que ele salva vidas. É um item necessário não só para o condutor como para o passageiro. Eu acho um crime o indivíduo que não usa o cinto de segurança”, disse o taxista.

O taxista João Basílio de Oliveira afirma que sempre orienta seus passageiros a usar o cinto de segurança no banco da frente. No banco traseiro, ele revela que as pessoas não são muito ‘fãs’ do acessório. “Sempre estou usando o cinto e peço para os passageiros no banco da frente usar. Quem vai atrás quase sempre não gosta de usar. Nós usamos por segurança nossa e do cliente. Temos que usar o cinto tanto em baixa quanto em alta velocidade”, afirmou. Não usar o cinto de segurança implica em infração grave, punida com cinco pontos na carteira e multa.

De acordo com dados fornecidos pelo Corpo de Bombeiros, em 2011 os acidentes de trânsito no estado do Rio de Janeiro vitimaram 50.359 pessoas, sendo deste número 911 vítimas fatais.

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