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Avaliação – Yamaha XVS 950 Midnight Star

Fotos: Eduardo Azeredo

A posição de custom mais vendida em 2012 não foi alcançada atoa por esta Yamaha, e tudo indica que se manterá no topo da lista em 2013, tendo em vista a excelente moto de que estamos falando. Uma máquina que oferece alta e refinada potência, com muito conforto e segurança.

Dotada de motor 942 cm3, OHC de dois cilindros em “V”, que aliado a câmbio de 5 marchas, gera potência de 53,6 cv a 6.000 rpm e torque de 7,83 Kgf.m a 3.000 rpm, proporcionando uma tocada forte, firme, com entrega rápida de potência, mas com total suavidade e completamente na mão do piloto.

O motociclista pode ficar tranquilo em relação à frenagem, pois a XVS 950, conta com excelente sistema de freios, dotado de disco na dianteira e na traseira, que mesmo em frenagens bem bruscas tive plena segurança, além de uma resposta rápida e precisa, mesmo com seus 261 kg e a potência gerada.

É uma moto que chama atenção de que a vê, com seu visual imponente, moderno e robusto, e de quem a pilota, surpreendendo com a esportividade, ciclística excelente e desempenho arrojado, capaz de alcançar velocidades acima dos 200 km/h. Acaba tropeçando um pouco nas curvas, devido às pedaleiras muito baixas e em estilo plataforma, que raspam no chão com grande facilidade.

Não posso deixar de citar dois diferenciais importantes, que são a transmissão por correia dentada, similar aos modelos da Harley-Davidson, que beneficia no conforto, fornecendo mais suavidade ao conjunto e proporcionando baixo custo de manutenção, uma vez que correias costumam durar no mínimo 120 mil quilômetros, e as rodas em liga-leve, que colaboram nos detalhes de esportividade do design.

No quesito conforto o Midnight fica muito bem cotada, pois fornece excelente ergonomia, tanto para piloto quanto para garupa, com boa posição de pernas e braços, e por ser uma moto avantajada em termos de tamanho, mesmo eu com meu 1,95 metro de altura, fiquei plenamente confortável na motoca. Particularmente senti falta apenas de um apoio de costas para garupa.

Nos mais 2500 km rodados nos testes, tive a oportunidade de avaliá-la em diversas situações e definitivamente o seu ambiente ideal é a estrada, onde se comporta muito melhor e o motociclista consegue aproveitar 100% do que a máquina tem a oferecer. Porém, não deixou nada a desejar no uso urbano, no trânsito pesado do Rio de Janeiro, com a simples ressalva de que, assim como qualquer outra custom, a manobrabilidade é bem limitada, e um fator negativo é o guidão, que é muito largo e acaba atrapalhando em determinados momentos.

O consumo foi bom, rendendo cerca de 14,2 km/l no uso urbano e 19,1 km/l na estrada, andando em uma faixa de rotação econômica, esticando um pouco em alguns momentos. Considerando os 17 litros de capacidade no tanque de gasolina, temos uma boa autonomia. Impliquei um pouco com a luz da reserva, que já acende muito rápido, com pouco menos de meio tanque.

Seu painel leva ao estilo mais clássico de uma moto custom, bem minimalista, trazendo simplesmente o grande velocímetro analógico com hodômetro total e parcial digitais, e nada mais. Faz muita falta um marcador de combustível, que no painel é sinalizado apenas com a luz da reserva. A posição do painel, na parte superior do tanque, acaba dificultando um pouco uma leitura rápida, mas como estamos falando apenas do velocímetro, na prática acaba não fazendo tanta falta.

Foi um teste que me proporcionou muita satisfação, pelo conforto e prazer na pilotagem que ela proporciona. Para quem gosta de andar em velocidades mais elevadas com frequência, recomendo que coloque um para-brisa, pois o vento acaba incomodando bastante, como acontece em qualquer custom. E para ter essa bela motocicleta te acompanhando nas viagens, o preço sugerido é de R$31.190,00 e você poderá escolher entre as cores preta e prata.

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