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Avaliação – Jeep Renegade Sport 2.0 TD 4WD Aut.

Liberal é o carro que te permite combinar diferentes versões com mais de uma opção de motor. Assim é o Renegade, que te permite optar pela versão mais simples (Sport) com motor 1.8 flex ou 2.0 turbodiesel. Há também liberdade na escolha do câmbio, que pode ser manual de 5 marchas ou automático de 6 na versão flex e automática de 9 velocidades na versão diesel. Esta última foi a versão que testamos, que traz ainda tração integral com modos de seleção para adequar o Renegade ao tipo de solo que você o fizer encarar.

Bem construído, o Renegade Sport goza de uma estrutura parruda, suspensão independente nas quatro rodas e vão livre do solo suficiente para fazer bonito em trilhas leves. Não é tão apto a aventuras quanto a versão Trailhawk, mas é bem mais do que um off-road de shopping center. No visual, o estilo espartano da versão mais simples combina com a indumentária militar do Renegade, especialmente na cor Verde Commando (que infelizmente não aparece mais quando montamos um Jeep Renegade Sport no configurador da marca).

Seu estilo ganhou as ruas logo de cara, tornou-se o novo queridinho da classe média, dividindo com o Honda HR-V a liderança nas vendas da concorrida categoria dos SUVs compactos. Aliás, há de se dizer uma coisa: colocar HR-V e Renegade em uma mesma categoria não funciona muito bem, especialmente quando falamos da versão diesel deste último. O Renegade é aquele carro que nasceu com um propósito e cumpre bem sua função.

O motor 2.0 turbodiesel é uma beleza, são 170 cv @ 3.750 rpm e 35,7 kgfm @ 1.750 rpm, orquestrados por uma transmissão automática de 9 velocidades. Há tanta força disponível que o carro sai sempre em segunda marcha. O propulsor fornece bom desempenho ao Renegade, mesmo com o elevado peso de 1.629 kg, proporcionando uma aceleração de 0-100 km/h de 10 segundos em nosso teste. O consumo também agrada, ficando em 9,6 km/l na cidade (ar ligado e trânsito pesado) e 14,1 km/l na estrada (ar ligado e média de 110 km/h).

Quanto aos equipamentos, a versão mais simples vem bem equipada com os triviais ar-condicionado, direção elétrica, trio elétrico e afins, além de mimos especiais, como o freio de estacionamento eletrônico. Seu ar-condicionado é analógico e não há sensores de chuva/crepuscular nem retrovisor interno eletrocrômico. Entre os opcionais, somente o kit com 7 airbags e o teto solar elétrico panorâmico. Básico, ele custa salgados R$ 115.990 e, equipado como o carro que testamos, chega a pesados R$ 129.040, valor que encosta no irmão maior Jeep Compass.

A posição de dirigir do Renegade é boa, com amplas regulagens de banco e coluna de direção. Os amplos retrovisores facilitam as manobras, mas a área envidraçada é ligeiramente pequena e faz falta um sensor de estacionamento na dianteira. Seu diâmetro de giro de 10,8 m é honesto e, nas dimensões, o Renegade é menor do que parece. Seu tamanho se assemelha a um hatch médio, e isso se reflete em espaço apenas mediano na traseira e em um porta-malas bem pequeno, de apenas 260 litros (menos que os 290 litros de um Fiat Uno).

No uso urbano, o Renegade se vale de suas suspensões reforçadas para ignorar por completo lombadas e imperfeições do asfalto. O limite do carro para lidar com obstáculos é tão alto que as ruas da pior cidade brasileira não oferecem desafio suficiente para o jipe. A contrapartida é que o carro fica devendo um pouco em suavidade do motor na cidade, bem como do câmbio, algo que pode ser encontrado no Compass. Para as estilingadas do caos urbano, o Renegade é bem ágil, uma vez vencido o lag inicial ao se pisar fundo no acelerador.

Já na estrada, o carro impressiona por ser tão bom. Mesmo sendo pesado, alto, contando com a aerodinâmica de uma caixa de sapatos e com suspensão elevada/reforçada, o carro vai muito bem no asfalto. Seu rodar é sólido e suave, suas suspensões administram as forças da Física com competência e a habilidade do Jeep para contornar curvas chega a ser apaixonante. Com sobra de força no motor, retomadas e acelerações são bem adequadas e dificilmente haverá sensação de falta de ânimo no Renegade. Os freios também são cumpridores do seu papel e seguram bem o carro.

No geral, o Renegade diesel agrada bastante nessa versão Sport. Seu problema é o preço, muito elevado para um carro que oferece bancos de tecido e ar-condicionado analógico. Poderia ser mais requintado, poderia ter mais mimos, mas aí deixaria de ser a versão de entrada. O Renegade Sport diesel é um carro espartano que oferece a robustez que o Renegade nasceu para oferecer. E nisso ele se sai melhor do que qualquer outro concorrente.

CONFIRA NOSSO VÍDEO:  https://www.youtube.com/watch?v=zon_fj5C3AA

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