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Avaliação – Renault Kwid Intense 1.0 12v SCe 2018

Fotos: Marcus Lauria

O Kwid foi uma aposta ousada da Renault, e ela merece os créditos por isso. Em um mercado aonde muitos compram carro a metro, o pequenino Kwid parecia um peixe fora d’água.

Apenas parecia, pois até mesmo antes do seu lançamento, já havia uma fila de compradores ávidos em levar a novidade para casa. Discreto, com visual agradável e porte único, foi definido até como “SUV dos compactos” em seu lançamento, devido à boa altura em relação ao solo. De fato sua altura de rodagem, seus ângulos de entrada e saída são generosos e podem deixar até alguns utilitários envergonhados, mas essa não é a proposta do Kwid, portanto não vamos nos ater a esse detalhe.

O Renault Kwid nasceu para ser urbano, e faz isso muito bem. Seu porte reduzido faz o carro nadar de braçada em espaços estreitos e vagas ingratas de estacionamento. São apenas 3,68 m de comprimento e 1,57 m de largura, que trazem como contrapartida o espaço interno reduzido. Eu tenho 1,90 m e sou volumoso, e me faltou espaço para o ombro esquerdo, porém motoristas mais esbeltos se darão bem com o Kwid.

O motor 1.0 de três cilindros e 12V rende apenas 70 cv @ 5.500 rpm de potência e 9,8 kgfm @ 4.250 rpm de torque com Etanol (66 cv e 9,4 kgfm com Gasolina), mas é suficiente para lidar com seus 786 kg, desde que o motorista não tenha dó do acelerador, e busque os giros mais elevados.

Se na cidade ele vai bem, na estrada também anda bem, o responsável é o câmbio curtíssimo que permite respostas rápidas, mas também é o culpado pelo motor gritando em velocidade de cruzeiro.

Equilibrado, o carro possui boa desenvoltura em curvas, ao contrário do que os pneus estreitos podem sugerir. Seu “calcanhar de Aquiles” é o freio, que usa discos bem pequenos na dianteira e, com carro cheio, experimentei um pouco de fading na descida de uma serra, o que me obrigou a usar o freio motor mais do que gostaria. De qualquer forma a frenagem é segura, embora diferente do que você experimenta em outros carros.

No geral, há pouco conforto no carro, os bancos possuem assentos curtos embora apóiem bem as costas, há pouco espaço para as pernas de quem vai atrás, a posição de dirigir é um pouco estranha e o carro é bastante ruidoso.

De qualquer forma é valente, cumpre bem seu papel de ser um veículo urbano ágil e cumpridor de suas funções.

Enquanto os R$ 32.490 da versão básica estão de bom tamanho, a versão Intense topo de linha (R$ 41.990) poderia custar um pouco menos, mas ainda assim é uma boa forma de levar para casa um carro novo gastando pouco.

*FICHA TÉCNICA:

Mecânica

Motorização 1.0

Combustível             Álcool            Gasolina

Potência (cv)            70       66

Torque (kgf.m)         9,79    9,38

Velocidade Máxima (km/h)           156     152

Tempo 0-100 (s)      14,7  

Consumo cidade (km/l)      10,3    14,9

Consumo estrada (km/l)    10,8    15,6

Câmbio          manual de 5 marchas

Tração           dianteira

Direção          elétrica

Suspensão dianteira          Suspensão tipo McPherson, roda tipo independente e molas helicoidal.

Suspensão traseira            Suspensão tipo eixo de torção, roda tipo semi-independente e molas helicoidal.

Freios            Dois freios à disco.

Dimensões

Altura (mm)   1.474

Largura (mm)           1.579

Comprimento (mm)             3.680

Peso (Kg)      786

Tanque (L)    38

Entre-eixos (mm)     2.423

Porta-Malas (L)        290

Ocupantes    5

*Dados do fabricante

 

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