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Avaliação – Honda Fit 1.5 16v EXL CVT Flex 2018

Fotos: Marcus Lauria

A linha 2018 trouxe melhorias para o Honda Fit, atualizando o modelo tanto visualmente quanto no recheio, tornando o carro mais interessante do que nunca. Suas atualizações visuais não mexem tanto no estilo do carro, mas saltam aos olhos, caso do para-choque dianteiro mais encorpado com faróis em Full LED (exclusividade da versão EXL). Na traseira, a novidade fica por conta das lanternas com LEDs que acompanham o contorno da carroceria e os para-choques salientes, que protegem a tampa traseira de pequenos impactos.

E do lado de dentro é que podemos ver como a Honda deu atenção aos pedidos de seus clientes, pois seus novos itens são justamente aqueles que faltavam no Fit: ar-condicionado digital, central multimídia mais moderna, tweeters no topo do painel e os importantíssimos controles de tração e estabilidade. Há também um apoio de braço central com porta-objetos. Fora isso, o carro continua a dispor de confortáveis bancos em couro e seu exclusivo sistema ULT de rebatimento dos bancos, mantendo a modularidade típica do carro.

Embora tenha sido atualizado em alguns aspectos, o motor continua sendo o bom e velho 1.5 16V, que rende até 115/116 cv @ 6.000 rpm de potência e 15,2/15,3 kgfm @ 4.800 rpm de torque (gasolina/etanol). Sua transmissão continua sendo a CVT, mas ela ganhou a opção de 7 marchas simuladas pelos paddle shifters atrás do volante, item que já equipava o Honda City e o HR-V. O conjunto é bem suficiente para lidar com o carro, como prova a aceleração de 0-100 km/h em 10,2 s que medimos no carro testado. O consumo também está de parabéns, com 11,6 km/l na cidade de 15,2 km/l na estrada, sempre com gasolina no tanque e ar-condicionado ligado.

O carro possui boa posição de dirigir, com amplas regulagens de banco e volante, além de oferecer boa visibilidade pelos retrovisores externos e interno. Há excelente espaço interno tanto na frente quanto no banco traseiro, aonde há espaço para três adultos viajarem com conforto, e o porta-malas de 363 litros é bem amplo e acaba parecendo maior. A segurança passiva está de parabéns, com os airbags frontais, laterais e de cortina presentes.

Em movimento o carro agrada, especialmente pelas boas respostas do conjunto motor-câmbio, e o conforto dos bancos somado à boa posição de dirigir ajudam na tarefa de encarar longos engarrafamentos. A suspensão parece ter sido recalibrada e, embora não seja tão agradável quanto a do WR-V, o Honda Fit 2018 melhorou muito o seu uso em asfalto crocante, filtrando bem mais as imperfeições do que antes.

Já na estrada o trabalho da suspensão continua excelente, deixando o carro bem estável e comunicativo para um modelo familiar. No limite o ESP atua para corrigir a trajetória, mas é muito difícil tirar o Fit do sério. Seus freios são bem dimensionados, mesmo sem os discos traseiros da geração anterior, e o desempenho do conjunto motriz é suficiente para garantir ultrapassagens seguras bem como para acompanhar o ritmo do trânsito com os limites de velocidades vigentes em nossas estradas.

Pelo preço de R$ 81.890, não é possível dizer que o Honda Fit é barato, mas talvez pela primeira vez na história esse carro seja tão bem equipado e tão racional, ainda que seja caro. Embora suas dimensões o coloquem em pé de guerra com compactos como Fiat Argo e VW Polo, o espaço interno e a usabilidade do Fit são imbatíveis, e se ele não agrada tanto àqueles que buscam um compacto mais esportivo, suas vocações familiares são inegáveis.

CONFIRA NOSSO VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=xEgOn9mBAE4

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