Avaliação – Honda City EXL 1.5 CVT Flex 2018
Fonte: http://autosgiros.com.br/ – Fotos: Marcus Lauria
O carro mais “pé no chão” da Honda. Talvez assim possa ser definido o sedã compacto City. Com todas as qualidades de conforto, mecânica e eficiência da marca japonesa ele é, provavelmente, o mais “urbano” dos seus modelos no Brasil.
O próprio nome já aponta para isto. Afinal City, em inglês, significa “Cidade”. Entre todos os modelos da marca no Brasil , ele é o que traz a “pegada esportiva” mais suave. Também por isto ele é, sem dúvida, um carro para a família. Uma família moderna, que preza, ao mesmo tempo, conforto, eficiência e. por que não, esportividade.
Também por isto o Honda City é, sem dúvida, um carro para a família. Uma família moderna, que preza, ao mesmo tempo, conforto, eficiência e esportividade. Sim, pois mesmo sendo o mais “pé no chão”, ele não deixa de ser um Honda. Pois este “detalhe” traz uma série de características e, entre elas, certamente está a esportividade.
O visual manteve-se basicamente igual ao da versão anterior, mas como novos para-choques dianteiros. Assim como na traseira, eles trazem linhas mais horizontais, que valorizam a largura do carro. Na frente, o novo design avança sobre os faróis, lembrando ainda mais o “irmão” Civic.
A versão top EXL, testada pelo Autos Giros, traz conjunto exclusivo com luzes em LED tanto para o farol baixo como para o alto, além de luzes de rodagem diurnas em LED integradas de série. Na traseira, a maior diferença visual está na lanterna, também em LED. Com o mesmo formato da versão 2017, ela agora é “cortada” pelo detalhe cromado do centro da tampa do porta-malas, ficando com a metade superior branca, contrastando com o vermelho original que permanece na metade inferior. Na lateral, linhas modernas que reforçam a relação com o irmão “Civic” e rodas de liga leve de 16 polegadas com desenho exclusivo.
A motorização também é a mesma 1.5 i-VTEC FlexOne da linha 2017, com 116 cavalos de potência a 6.000 rpm. O torque também se manteve nos mesmos 15,3 kgfm a 4.800 rpm (números com etanol). A transmissão é CVT com conversor de torque.
É no interior, que também trouxe poucas mudanças em relação ao ano anterior, porém, que o City mostra seu perfil mais urbano do que esportivo. O painel de instrumentos dá destaque para o velocímetro maior e centralizado, trazendo o conta-giros à esquerda e o computador de bordo à direita. Por fim, o volante é multifuncional e tem acabamento em couro.
O ar-condicionado é o mesmo digital full touchscreen do irmão menor Fit, o que é uma grande qualidade. Bastante intuitivo e de fácil operação, além de bonito e com rápidas respostas nas mudanças de temperatura ou de foco do ar.
No quesito conforto, a versão EXL traz bancos revestidos em couro. O do carona conta também com rebatimento de série. Além disso, um descansa-braço que esconde um porta-objetos de bom tamanho também amplia a comodidade.
Dentro do Honda City 2018 a grande novidade é a nova central multimídia de sete polegadas com navegador integrado e compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto, o que é uma grande facilidade. Ela conta com pareamento de celular por bluetooth ou entrada USB, rádio, configurações e telefone. Em relação ao modelo anterior, o habitáculo também se diferencia pelos detalhes cromados no kit multimídia, na saída de ar e controle dos retrovisores.
Entre os itens de série do Honda City 2018 estão direção elétrica, acionamento elétrico para travas das portas e vidros das quatro portas, volante com ajuste de altura e profundidade e chave do tipo canivete. Todos os vidros são elétricos com sistema de um toque nas quatro portas. As versões EX (intermediária) e EXL contam com controle de velocidade de cruzeiro, oito alto falantes e câmera de ré. A EXL, porém, é a única a contar com seis airbags de série.
Os retrovisores também são elétricos com rebatimento e indicação de seta. O sedã compacto da marca japonesa conta ainda com freios ABS com EBD, cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes e sistema ISOFIX de fixação de cadeirinha infantil.
O Honda City EXL 2018 trouxe poucas mudanças, mas que adicionaram qualidade ao já bom carro da marca japonesa. Os detalhes visuais, por exemplo, o deixaram ainda mais parecido com o Civic (tanto que ele foi confundido com o irmão maior mais de uma vez durante os testes).
No visual, vale destacar ainda os vincos laterais que ressaltam a esportividade e dão uma sensação de velocidade. Em todo o carro, aliás, as pequenas mudanças de design melhoraram o acabamento, parecendo que ele está mais com um design mais contínuo.
O consumo na estrada foi até acima do esperado, com média de 14.2 km/l, incluindo subida de serra. Na cidade, com bastante trânsito, o consumo foi mais tímido, apenas 8,5 km/l. Além do interior amplo, ele traz um porta-malas de 536 litros.
O câmbio CVT da Honda também é muito bom, talvez podendo ser um pouco mais eficiente em retomadas. Se o motorista usar o modo esporte isto melhora. E é possível também trocar as sete marchas virtuais com os paddle-shifts atrás do volante.
O câmbio CVT da Honda também é muito bom, mas às vezes ele demora um pouco em retomadas. É possível também trocar as sete marchas virtuais com os paddle-shifts atrás do volante. Um detalhe que podia ser melhorado é a falta do controle de estabilidade. Mas isto também falta na maioria dos seus concorrentes.
Em relação a preços, o Honda City parte de R$ 60.000 na versão de entrada e chega a R$ 83.400 na top EXL testada. Assim, o sedã da marca japonesa, terceiro modelo mais vendido no seu segmento no primeiro trimestre de 2018 tem valores próximos ao do recém-lançado e já líder Volkswagen Virtus, mas acima do segundo colocado, o Chevrolet Cobalt.
Somando prós e contras, o Honda City oferece um bom pacote na sua linha 2018. Conforto, bom nível de equipamentos, motor eficiente e visual esportivo. Isto deve mantê-lo, merecidamente, na ponta de cima da briga do seu segmento ainda por um bom tempo.
*FICHA TÉCNICA:
Mecânica
Motorização 1.5
Combustível Álcool Gasolina
Potência (cv) 116 115
Torque (kgf.m) 15,6 15,6
Consumo cidade (km/l) 8,5 12
Consumo estrada (km/l) 10,3 15
Câmbio CVT com modo manual
Tração dianteira
Direção elétrica
Suspensão dianteira Suspensão tipo McPherson e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.
Suspensão traseira Suspensão tipo eixo de torção, roda tipo semi-independente e molas helicoidal.
Freios Dois freios à disco com dois discos ventilados.
Dimensões
Altura (mm) 1.485
Largura (mm) 1.695
Comprimento (mm) 4.455
Peso (Kg) 1.137
Tanque (L) 46
Entre-eixos (mm) 2.600
Porta-Malas (L) 536
Ocupantes 5
*Dados do fabricante