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Avaliação – Harley-Davidson V-Rod Muscle

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Fonte: http://duasrodasnews.com/

Entre todas as motos que pilotei até hoje a Harley-Davidson V-Rod Muscle certamente está entre as que mais chamaram atenção do público nas ruas, especialmente pelo seu design agressivo, imponente e, de certo modo, futurista.

E pra quem a pilota, os atributos vão muito além da beleza, tendo em vista que o modelo tem muito a oferecer, se tornando uma verdadeira máquina de diversão.

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A V-Rod é dotada motorzão bastante agressivo, e não é atoa, pois foi desenvolvido em parceria com a Porsche, isso mesmo a marca alemã dos carros superesportivos, resultando no motor Revolution, um bicilíndrico de 1.247 cm³ capaz fazer a máquina andar forte, com grande despejo de potência, sendo 122 cv, e torque, gerando 11,9 kgf.m a 6.500 RPM.

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A única desvantagem que encontrei no motor foi a dependência de uma rotação mais alta pra exibir o seu potencial, pois trabalhando abaixo de 4.500 RPM a resposta fica um pouco mais lenta, enquanto que acima disso fica com uma entrega de potência muito mais brusca e afinada, mas linear, fazendo com que a moto chegue a superar os 210 km/h. Tudo isso com baixíssima vibração, deixando a tocada ainda mais prazerosa.

Nos testes apresentou um bom consumo de combustível, tendo em vista o motor e peso da máquina, rendendo médias entre 11,01 e 13,04 km/l no uso urbano e entre 12,3 e 14,9 km/l na estrada, não fazendo tanta diferença no consumo a tocada do motociclista, proporcionando boa autonomia com seu tanque comportando 18.9 l de gasolina.

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O sistema de freio desta grande Harley-Davidson é plenamente compatível com todo o desempenho que ela tem a oferecer, e ainda conta com sistema ABS de fábrica, atuando como mais um item a tornar a V-Rod bastante segura e confiável.

Durante os testes, em vários momentos senti falta da presença de um controle de tração. Item que acabaria tornando a moto mais segura nas arrancadas fortes ou em dias chuvosos e de piso molhado, momentos em que é comum ela dar uma patinada no asfalto.

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A embreagem é boa e não é pesada, mas o câmbio, apesar de preciso, dá umas pancadas bastante bruscas, potencializadas pelo grande torque gerado pelo motor, que trabalha com câmbio de cinco marchas e transmissão final por correia, tradicional nos modelos da marca norte-americana.

Apesar do entre-eixos extenso, a V-Rod é surpreendentemente boa em curvas, mas é pesada e requer cuidados por parte do piloto, que conta com uma máquina que oferece ciclística refinada e precisa, permitindo alcançar inclinações fortes, sem arrastar a pedaleira. Arrastar a pedaleira é comum só em curvas bem fechadas e de baixa velocidade.

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O tanque de combustível é posicionado embaixo do banco do piloto, o que influencia em uma melhor distribuição de peso, impactando positivamente no posicionamento do centro de gravidade mais próximo do chão, otimizando bastante a ciclística.

Os retrovisores tem bom tamanho e permitem boa visibilidade, mas são relativamente próximos dos manetes de freio e embreagem e dependendo da posição das mãos o piloto pode ter os retrovisores como um pequeno obstáculo na hora de alcançar os comandos.

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Confesso que à primeira vista achei que a ergonomia seria terrível, por ser um misto de “custom” na posição das pernas com naked na posição dos braços, mas me deparei com uma moto onde rodei de cara 600 km sem qualquer necessidade de adaptação, oferecendo uma postura de pilotagem bastante confortável. Só os motociclistas mais baixinhos que tendem a sofrer um pouco, especialmente pelos braços muito esticados. Quem também sofre um bocado é a garupa, por conta do banco muito curto e duro, e também pelo excesso de vibração nos pedais.

No uso urbano se comporta bem, mas tem pontos negativos como a difícil manobrabilidade em baixa velocidade, por conta do seu comprimento e seu peso de 307 kg, o calor do motor e, além disso, a altura do guidão e retrovisores, que fica na mesma direção da maioria dos retrovisores dos carros, o que pode gerar alguns toques indesejados para quem costuma usar o corredor.

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O sistema de arrefecimento é muito bom, contando com refrigeração líquida, mantendo o motor em boa temperatura, mesmo em momentos de trânsito pesado, mas joga todo o ar quente na perna direita do piloto, causando um tanto de desconforto no uso urbano. Mesmo com revestimento de redução térmica o escapamento também passa bastante calor, e é outro ponto que motociclista e garupa devem ter atenção.

No dia a dia do trânsito, a faixa de rotação baixa dá um pouco de trabalho na pilotagem, pois ficando na faixa nos 3.000 RPM temos um giro alto pra primeira marcha e baixo pra segunda, então dependendo do trânsito vai ter que queimar um pouquinho de embreagem pra ficar na boa.

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A suspensão é muito rígida e com curso curto, o que acaba sendo bastante desconfortável em pisos irregulares, como ruas com muitas imperfeições ou de paralelepípedo, mas em compensação dá extrema firmeza nas estradas, e aliada ao pneu traseiro bastante largo, 240 de largura, proporciona uma pilotagem muito segura e precisa.

A iluminação dos faróis é bem limitada, restrita apenas à lanterna de sinalização e ao farol alto, que ilumina bem mas incomoda os demais no trânsito, pela luz forte nos retrovisores. Não conta com luz baixa nem farol normal, que fazem muita falta em diversas situações.

O design da V-Rod é definitivamente um capítulo à parte. Como falei no início, onde quer que eu fosse com ela acabava virando o centro das atenções, com várias pessoas chegando a se surpreender quando descobriam que se tratava de uma Harley-Davidson, devido ao visual um tanto diferente das tradicionais motos da marca.

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O painel de instrumentos, além de muito bonito, com apelo visual que remete aos dos carros superesportivos, é bastante completo e permite fácil leitura. Os botões seguem o tradicional estilo dos modelos H-D, com setas individualizados, um botão de cada lado, e buzina fora da posição habitual encontrada nas motos de outras marcas, o que exige um pouquinho de adaptação no início, pra quem não está acostumado.

Pra ter essa belíssima máquina sob seu domínio o motociclista tem que desembolsar R$ 55.400,00, podendo adicionar mais 1 tom de cor por R$ 450,00 ou 2 tons por R$ 1.000,00.

A Harley-Davidson V-Rod Muscle é uma máquina cheia de atributos, dotada de excelente ciclística e performance, sendo capaz de proporcionar a qualquer motociclista uma incrível experiência de pilotagem, especialmente na estrada, sendo uma ótima parceira para desfrutar de momentos inesquecíveis em duas rodas.

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FICHA TÉCNICA:

PREÇOS

Vivid Black: R$ 55.400,00

Opção de Cor – 1 Tom: R$ 450,00

Opção de Cor – 2 Tons: R$ 1.000,00

Alarme e Imobilizador: Ítem de série

Freios com ABS: Ítem de série

Frete (Referente ao transporte fábrica-concessionária): Incluso no preço

DIMENSÕES

Comprimento: 2,410 mm

Altura do Assento, Descarregada: 705 mm

Distância do Solo: 105 mm

Ângulo da Coluna de Direção (Graus): 34

Trail: 142 mm

Distância entre Eixos: 1,700 mm

Pneu Dianteiro (Especificação): 120/70ZR-19 60W

Pneu Traseiro (Especificação): 240/40R-18 79V

Capacidade de Combustível: 18.9 l

Capacidade de Óleo (com filtro): 4.7 l

Peso Seco: 292 kg

Peso em Ordem de Marcha: 307 kg

MOTORIZAÇÃO

Motor: Revolution®, V-Twin 60°, Refrigerado a Líquido

Diâmetro do Pistão: 105 mm

Curso do Pistão: 72 mm

Cilindrada: 1.247cm³

Relação de Compressão: 11,5:1

Sistema de Alimentação de Combustível: Injeção Eletrônica de Combustível por Porta Sequencial (ESPFI)

TRANSMISSÃO

Transmissão Primária: Engrenagem, relação 117/64

Relação de Transmissão – 1a marcha: 10,969

Relação de Transmissão – 2a marcha: 7,371

Relação de Transmissão – 3a marcha: 5,9

Relação de Transmissão – 4a marcha: 5,095

Relação de Transmissão – 5a marcha: 4,563

CHASSIS

Escapamento: Sistema de escapamento duplo em cromo-acetinado com cano em ambos os lados da motocicletas e cobertura das ponteiras em preto

Roda Dianteira (Estilo): Polida com detalhes em preto, 5 raios de liga de aluminio

Roda Traseira (Estilo): Polida com detalhes em preto, 5 raios de liga de aluminio

Freios (Tipo de Cáliper): Disco duplo com 4 pistões na dianteira, disco simples com 4 pistões na traseira

PERFORMANCE

Torque do Motor – Método de Teste: EEC/95/1

Torque do Motor: 11,9 Kgf.m

Torque do Motor (rpm): 6.5

Ângulo de Inclinação, Dir. (Graus): 32

Ângulo de Inclinação, Esq. (Graus): 32

ELÉTRICA

Luzes Indicadoras: Máximos, ponto-morto, baixa pressão do óleo, mudança de direção, diagnóstico do motor, sistema de segurança, temperatura do líquido de refrigeração, reserva de combustível, ABS

Painel de Instrumentos: Velocímetro electrônico com conta-quilômetros, relógio no conta-quilômetros, duplo conta-quilômetros parcial, indicador de combustível com luz de aviso de pouco combustível e função de contagem decrescente, luz indicadora de baixa pressão do óleo, leitura de diagnóstico do motor, luzes indicadoras LED, conta-rotações

Luzes Indicadoras: Farol alto, ponto neutro, baixa pressão de óleo, piscas, diagnóstico do motor, sistema de segurança, temperatura do sistema de arrefecimento e alerta de baixo nível de combustível

Painel de Instrumentos: Velocímetro eletrônico com hodômetro total, relógio, hodômetro parcial duplo, indicador de nível de combustível, conta-giros, e luzes indicadoras de LED

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