Fotos Marcus Lauria
Vendida em mais de 190 mercados a Ford Ranger 2020 tem seu projeto liderado pela Austrália, unindo aos times de design e engenharia do Brasil, Argentina, África do Sul, Tailândia, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos. Além da fábrica de Pacheco, na Argentina, ela é produzida nos Estados Unidos, África do Sul e Tailândia.
De acordo com a montadora a Ranger rodou mais de 1,7 milhão de quilômetros de testes em ambientes rigorosos, da Suécia aos desertos da África, Dubai, Mojave e América do Sul, enfrentando temperaturas de -29ºC a mais de 50°C, índices de umidade de 90% e altitudes de 4.000 metros. O projeto incluiu ainda 30 mil avaliações virtuais.
O segmento de picapes tem um comportamento diferenciado dentro da indústria. De 2012 a 2018, o mercado de veículos como um todo caiu 32%, enquanto o de picapes teve um impacto menor, de 21% – de 161.469 unidades para 127.510.
Após ouvir os consumidores a Ford focou em em quatro áreas: desempenho balanceado, experiência do usuário, segurança e design. No total, ela teve mais de 600 componentes reprensados e redesenhados, que vão da suspensão e itens aerodinâmicos a sistemas deassistência ao motorista, melhorando um produto que já é muito bem avaliado pelos usuários.
A Ranger 2020 ganhou uma nova suspensão que melhora o controle de movimentação da carroceria e a dirigibilidade, aproveitando todo o curso do conjunto para oferecer maior conforto tanto no asfalto como fora de estrada.
Além de barra estabilizadora redesenhada e elementos de coxinização refinados, ela teve as longarinas do chassi reforçadas e adota dois ajustes diferentes de molas, amortecedores e buchas, de acordo com o peso de cada versão da picape. Assim, em vez de calibrar o sistema pela média, foi possível otimizar o seu desempenho para aproveitar os extremos de cada faixa.
Por fora a picape sofreu algumas alterações visuais e traz elementos com linhas mais marcantes. Vários detalhes foram refinados para aprimorar a funcionalidade e o conforto da picape. As principais novidades são vistas na grade e no para-choque dianteiro, nos faróis, faróis de neblina, nas rodas e no acabamento interno.
A nova grade dianteira de duas barras com o oval Ford no centro segue o DNA de design da marca. Os faróis com máscara negra ganharam um novo conjunto ótico de formas esculturais, incluindo luzes diurnas de LED e xênon na versão Limited. As rodas também são novas, com 17 polegadas na versão XLS e 18 polegadas nas versões XLT e Limited, esta última com acabamento cinza perolizado e diamantado exclusivo. A antena foi deslocada da frente para a parte traseira do teto e conta com GPS integrado. Os adesivos 4×4 também ganharam novo grafismo, usando a logotipia global da marca. Como diferenciais externos, além de estribos laterais, vem com grade, faróis, retrovisores, maçanetas e para-choque traseiro cromados. As rodas são de liga leve de 18 polegadas com pneus 265/60 R18 All Season.
Nas versões XLT e Limited, a grade dianteira, o acabamento dos faróis, a capa dos retrovisores, as maçanetas externas e internas e o para-choque traseiro são cromados e os faróis têm projetores. Essas duas versões são equipadas também com estribos laterais do tipo plataforma, que além de agregar estilo à picape oferecem excelente apoio para os pés.
Já na parte interna as mudanças também foram feitas, uma delas foi nos bancos, que ficaram mais ergonômicos e muito confortáveis, são de couro premium. No console, a nova alavanca de câmbio com inserto de couro e cromo fosco é um item de requinte e o porta-copos traz uma nova pinça que aumenta a funcionalidade. Tem também ajuste de altura do volante, console central com porta-objetos e descansa-braço integrado, console de teto com porta-óculos, porta-luvas com chave, desembaçador do vidro traseiro, três pontos de força 12 V e tapetes de borracha. O acabamento interno é de ótima qualidade assim como o conforto à bordo, em uma viagem até o interior de Minas Gerais, todos os passageiros não se cansaram e chegaram intactos ao destino.
A caçamba dispõe de assistente de abertura e fechamento da tampa, trava com chave e oito ganchos internos para carga. Capô com mola a gás, gancho para reboque, para-barro dianteiro e traseiro, protetor de cárter, protetor do tanque de combustível e provisão elétrica de reboque completam a lista.
Quando o assunto é equipamentos, a Ranger XLT chega bem recheada, vem com: bancos e volante revestidos em couro, abertura e fechamento global dos vidros, sensor de chuva, para-brisa acústico, faróis automáticos, faróis com ajuste de altura, sistema de monitoramento individual de pressão dos pneus, retrovisores com piscas integrados e rebatimento elétrico, vidros elétricos com fechamento a um toque para os passageiros, faróis com projetor, espelho retrovisor eletrocrômico e para-sóis com espelho e iluminação.
Além de ar-condicionado digital com controle individual de temperatura para o motorista e o passageiro, central multimídia SYNC 3 com tela sensível ao toque de 8 polegadas e comandos de voz, painel configurável com duas telas de 4,2 polegadas, novos faróis de neblina e acabamento do painel, portas e console. Mais sete airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista), vidros elétricos com fechamento a um toque para o motorista, retrovisores elétricos, piloto automático, câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, alarme, limitador de velocidade, chave programável MyKey, ajuste de altura e lombar do banco do motorista, compartimento climatizado no console e aviso luminoso do nível do lavador do para-brisa. Três airbags (dianteiros e de joelho para o motorista), aviso sonoro de cinto de segurança e ganchos Isofix para cadeiras infantis fazem parte dos itens de segurança.
Tem também o AdvanceTrac, composto por controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, controle automático de descida, assistência de frenagem de emergência, luzes de emergência em frenagens bruscas, controle de oscilação de reboque, sistema anticapotamento, controle adaptativo de carga e diferencial traseiro blocante eletrônico. Outro recurso exclusivo da Ranger é o controle adaptativo de carga, que equipa de série toda a linha. A Ranger se saiu muito bem nas curvas, a nova suspensão deixou a picape da Ford bem segura e transmitiu muita segurança tanto na estrada como nos centros urbanos.
O reconhecimento de sinais de trânsito é um sistema avançado de assistência ao motorista que funciona com duas câmeras de alta resolução instaladas no para-brisa: uma voltada para o terreno e outra para o horizonte, monitorando as placas de velocidade.
Sob o capô está o motor diesel da família Duratorq, um 3.2 litros. Com cinco cilindros, gera potência de 200 cv (@ 3.000 rpm) e torque de 470 Nm na faixa de 1.750 a 2.500 rpm. Com ele, a picape acelera de 0 a 100 km/h em 11,6 segundos e atinge velocidade máxima de 180 km/h. A versão XLT 3.2 4×4 faz 8,4 km/l na cidade e 9,4 km/l na estrada. A transmissão automática é a 6R80 com seis velocidades. Na estrada fazer ultrapassagens com a Ranger foi fácil, uma acelerada mais forte e a picape despeja todo o seu torque para que o motorista e passageiros cheguem com segurança passando pelo veículo da frente. A suspensão trabalha macia em asfalto liso, mas em asfalto com buracos é possível sentir o impacto na parte traseira, mas nada grosseiro ou que incomode.
A Ranger tem a maior capacidade de imersão declarada do segmento, de 800 mm. Essa é uma das vantagens da sua engenharia inteligente, com a blindagem do sistema elétrico, tomada de ar em posição superior e o posicionamento do alternador de forma a mitigar o risco numa eventual passagem por água. Os ângulos de entrada e saída de 28º também favorecem o desempenho off-road da Ranger, que tem capacidade de carga de 1.001 a 1.168 kg, dependendo da versão. Fiz uma pouco de offroad leve com ela em uma “estrada de chão” como dizem os Mineiros, e a picape encarou bem os buracos e poças d´agua pela frente. A tração nas quatro rodas deixou a Ranger com uma estabilidade bem tranquila para enfrentar os desafios da lama formada pela chuva do dia anterior.
A versão flex deixa de ser oferecida na linha, como reflexo da baixa procura no mercado. O segmento de picapes flex vem caindo progressivamente e hoje representa apenas 8% das vendas. A linha é disponível em sete opções de cores: vermelho Bari (sem custo adicional), branco Ártico (por R$750), prata Geada, cinza Moscou, azul Belize, vermelho Toscana e preto Gales (por R$1.600). A Ranger XLT 3.2 4×4 automática, versão de entrada do topo, e avaliada peço site mantém o preço de R$176.420.
*FICHA TÉCNICA:
Mecânica
Motorização 3.2
Combustível Diesel
Potência (cv) 200
Torque (kgf.m) 47,9
Velocidade Máxima (km/h) 170
Tempo 0-100 (s) 12,9 N/D
Consumo cidade (km/l) 8,3
Consumo estrada (km/l) 9,5
Câmbio automática de 6 marchas
Tração 4×4
Direção elétrica
Suspensão dianteira Suspensão tipo braços triangulares e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.
Suspensão traseira Suspensão tipo eixo transversal (beam), roda tipo rígida e molas feixe de lâminas.
Freios Dois freios à disco com dois discos ventilados.
Dimensões
Altura (mm) 1.821
Largura (mm) 1.860
Comprimento (mm) 5.354
Peso (Kg) 2.213
Tanque (L) 80
Entre-eixos (mm) 3.220
Ocupantes 5
*Dados do fabricante