Avaliação – Fiat Toro Freedom S-Design 2.0 diesel AT9 4×4 2020

Fotos: Marcus Lauria
Para completar, uma batalha que terminou empatada no dia 1 de março de 1776 entre as tropas joaninas portuguesas comandadas pelo rei Afonso V e as castelhanas, isabelinas, de Fernando II, rei de Leão, Aragão e Castela durante a Guerra da Sucessão, em Toro, uma cidade medieval na província de Zaragoza, uma cidade medieval a alguns quilômetros da fronteira norte de Portugal com a Espanha, hoje uma cidade conhecida pela alta qualidade de seus vinhos.
Foi Toro, um termo forte, histórico que a Fiat escolheu para batizar sua primeira Sport Utility Pickup (SUP) que apresentou no Salão do Automóvel de São Paulo, de 2014, e começou no Salão seguinte, em 2016, a comercializar se firmando logo como um sucesso de vendas, afinal, o carro veio preencher uma lacuna entre as picapes de pequeno porte e as médias, que se mantém até hoje.
Suas linhas modernas, definidas, fluídas e as novidades que oferecia, como a tampa da caçamba abrindo lateralmente, sua suspensão tipo multilink. A Toro nasceu da mesma plataforma do Jeep Compass, lhe conferindo o conforto do monobloco e a significativa carga de tecnologia embarcada foram suficientes para que a Toro lidere o ranking de vendas de picapes no País, em outubro.
Defino a Toro como um carro que une o útil ao agradável. Já a ouvi chamar de SUV com caçamba, mas, depois de a utilizar durante uma semana no dia-a-dia reconheço que se trata de um carro bom para uso na cidade, pela sua cabine dupla, conforto e excelente na estrada pelo desempenho e economia de combustível, boa para quem tem, por exemplo, uma casa de veraneio, um sítio.
A Toro cedida pela Fiat para avaliação pelo Blog foi a versão Freedom com o kit S-Design, com motor turbo Diesel, de 170 cv, 35,7 kgf.m, a partir das 1.750 rpm, acoplado a uma transmissão automática, de nove velocidades, com tração 4 x 4 e reduzida. O consumo médio de cidade estrada registrado foi de 11,3 km/l. De acordo com a fábrica, a autonomia da Freedom diesel completa 600 km andando na área urbana e 750 km/l na estrada.
Para completar o trabalho de análise do comportamento da Toro, rumei em direção à cidade turística de Lumiar, na Região Serrana fluminense, perto de Nova Friburgo, a 137 km do Rio de Janeiro, situada a 650 m de altura acima da superfície do mar, com muitas cachoeiras, rios, corredeiras cercados de mata. Uma das características positivas da Toro Freedom é seu bom acabamento interno, reina um ambiente na cor preta.
Os bancos, nesta versão, são forrados de couro lateralmente com os assentos de tecido especial, entre os bancos um porta-trecos refrigerado, que recebe vento do ar condicionado e mantem as bebidas geladinhas. A tampa é um apoio de braço regulável na extensão. No painel senti muita falta de um lugar para colocar o celular.
O banco do motorista tem regulagem de altura e extensão com comando manual, assim como o volante regulado em profundidade e altura. A direção é elétrica. O painel de instrumentos oferece uma leitura imediata e fácil de velocidade, inclusive, digital, de operação do computador de bordo com os dados de combustível, quilometragem percorrida, além dos mostradores de combustível e temperatura.
Atrás do volante, de excelente pegada, da Toro Freedom estão as borboletas de troca manual de marchas (padeel schifts) que garantem umas mudanças mais rápidas, com a modalidade esportiva acionada ou não. O painel central forrado de material plástico duro, mas de boa qualidade, contem, as saídas de ar condicionado com saídas dirigidas para o motorista e o carona (dual zone) digital eficiente.
Abaixo o sistema de entretenimento com uma tela sensível ao toque (touch) de 7″ para controle e ligação do bluetooth, navegação por GPS, rádio, telefone, cujos controles também se encontram também no volante, assim como o controle de velocidade (piloto automático) e espelhamento do smartphone Android Auto e Appl Car-Play. O carro tem ainda sensores de estacionamento trasiero e câmera de ré.
No banco de trás, os cintos para os três passageiros são de três pontos e cada assento possui seu encosto de cabeça, entre os dois lugares laterais, o encosto do banco do centro desce e oferece um apoio de braço com porta-copos. O banco traseiro, que não é desconfortável poderia ter uma forma mais ergométrica com maior comodidade para os passageiros. E no teto senti falta de uma luz na parte de trás do salão. Na traseira, há ligações USB e de uma tomada de 12 V, como na frente.
O exterior da Toro é atraente, agradável à vista, seu designer tem linhas arredondadas como determina a moda da vez. A frente, junto ao capô, é decorada pelas linhas de luz diurna DRL, separados pela grade surgem a seguir os faróis escurecidos e abaixo um quebra-mato preto com os faróis de nevoeiro decorando e protegendo a área inferior do para-choques.
Na lateral, espelhos retrovisores na cor do carro e estribos tubulares entre as caixas das rodas, estas de 18″, no teto há barras tipo rack que servem para transportar carga. O Santo Antônio é pintado de fosco.
Para completar A área de carga – que ganhou iluminação externa – e tem capacidade para 820 lcarrega até 1 tonelada na caçamba, que é coberta por uma capa marítima e serve como porta-malas do carri, o que justificaria, pelo menos como opcional, de uma tampa metálica mais segura. A traseira da Freedom ganhou novas lanternas traseiras que ao contrário de sua prima Renegade invadem e decoram um pouco a lateral da caçamba.
A dirigibilidade da Toro Freedom turbo diesel é de fato de excelente padrão, galgando as curvas da serra sem a menor dificuldade e com segurança. Na cidade, a picape se desenvencilha, escapa com facilidade do tráfego, assim como na estrada deixa clara a força de seus 170 cv, nas boas retomadas principalmente em ultrapassagens.
Gostei da condução proporcionada pela Toro. A posição do banco é boa – este pode ria ser um pouco mais ergonômico – tem controle de estabilidade, possui ainda controle de tração e garante freadas firmes e seguras. O freio de mão ainda é mecânico, o que uma picape como a Freedom, com nítidas características de carro de luxo merecia um freio elétrico – talvez na próxima versão. Freedom 2.0 AT 9 velocidades 4×4 diesel, a partir de R$ 143.990 (picape avaliada)
Confira o vídeo em nosso canal: https://www.youtube.com/watch?v=3cz1ch4A4Vw
*FICHA TÉCNICA:
Mecânica
Motorização 2.0
Combustível Diesel
Potência (cv) 170
Torque (kgf.m) 35,7
Velocidade Máxima (km/h) 188
Tempo 0-100 (s) 10
Consumo cidade (km/l) 9
Consumo estrada (km/l) 11,2
Câmbio automática com modo manual de 9 marchas
Tração 4×4
Direção elétrica
Suspensão dianteira Suspensão tipo McPherson e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.
Suspensão traseira Suspensão tipo multibraço e traseira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.
Dimensões
Altura (mm) 1.746
Largura (mm) 1.844
Comprimento (mm) 4.915
Peso (Kg) 1.871
Tanque (L) 60
Entre-eixos (mm) 2.990
Ocupantes 5
*Dados do fabricante