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Avaliação – Citröen Aircross Live 1.5 8V Flex 2016

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Fotos: Marcus Lauria

Para dar mais ânimo ao Aircross no mercado brasileiro, a Citroën apostou em um facelift, que deixou o carro com visual mais moderno, sem alterar suas principais qualidades. O foco das mudanças foi a dianteira, que conta com novos faróis e uma grade bem ousada, que invade a área dos faróis e tem praticamente a mesma largura do carro. Na traseira, as mudanças se concentram especialmente nas versões de entrada, com motor 1.5, que substituem a finada C3 Picasso e não contam com estepe pendurado na traseira.

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A versão que avaliamos é a intermediária Live, que traz o já conhecido propulsor 1.5 8V, que não traz recursos comuns hoje em dia para melhoria do desempenho, mas rende razoáveis 89/93 cv @ 5.500 rpm (G/E) de potência e 13,4/14,2 kgfm @ 3.000 rpm (G/E) de torque. Esse motor já foi substituído pelo 1.2 PureTech no Citroën C3 e no Peugeot 208 mas, casado ao câmbio de 5 marchas com relações curtas, ainda faz um bom trabalho para carregar os 1.213 kg do Aircross.

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Do lado de dentro, a maior qualidade do Aircross continua sendo o bom aproveitamento do espaço interno. Há espaço suficiente para 5 adultos de tamanho generoso, além de bons e grandes porta-objetos espalhados pelo interior. O painel passou por uma renovação, com destaque para a central multimídia posicionada ao alcance da mão, logo abaixo das 3 saídas de ventilação. E embora o acabamento tenha bom aspecto e encaixes corretos, não há requinte.

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Achar a posição de dirigir correta é fácil, graças às amplas regulagens do banco e da coluna de direção. E a posição elevada ajuda nas manobras, além da grande área envidraçada do carro e dos retrovisores de ótimo tamanho. Sensores de estacionamento ou câmeras de auxílio não estão disponíveis, e é um ponto negativo. Além do bom espaço para os ocupantes, o porta-malas abriga suficientes 403 litros.

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Com direção elétrica, o Aircross é fácil de manobrar em uso urbano, e seu câmbio curto mantém o carro vivo o tempo todo no trânsito. A suspensão tem uma calibragem bem macia para a cidade, filtrando bem as imperfeições do solo e mantendo os ocupantes longe das mazelas que acometem os pneus. E enquanto as versões mais completas insistem em pneus de uso misto que talvez morram sem ver lama, a versão Live utiliza pneus de asfalto, de medida 195/55 R16, bem adequados à proposta do carro. O câmbio tem engates bons e a embreagem é uma manteiga, mas o carro escorrega no consumo: medimos 9,8 km/l de gasolina no trânsito urbano, com o ar desligado.

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Já na estrada, é de se esperar que a altura do Aircross comprometa sua capacidade de fazer curvas, mas isso não ocorre. O carro é muito bom de curva e também de retas. As relações curtas do câmbio dão ao motor 1.5 uma vida que ele não tem, e seu desempenho é bastante satisfatório com o carro vazio. Já com 5 passageiros e bagagem, o Aircross requer atenção no uso do câmbio, mas nada desagradável, com um pouco de prejuízo apenas para ultrapassagens. Os freios são muito bons, e seguram o carro de forma correta, sem sustos ou fading. Novamente, o consumo joga contra o conjunto, e medimos apenas 13 km/l com gasolina, a uma média de 110 km/h e com o ar desligado.

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Por fim, o Aircross sai da avaliação com nota suficiente para ser aprovado, pois reúne boas qualidades para um carro familiar, como o bom espaço interno por exemplo. Seu preço básico é de R$ 58.190, e o carro já vem equipado com os triviais ar-condicionado, trio elétrico e direção elétrica. Seu único opcional é a central multimídia com tela touch de 7 polegadas, que tem função de espelhamento de celular (Apple Car Play e Mirror Link), embora não traga GPS. O custo da central é de R$ 1.400, deixando o carro com um preço total de R$ 59.590, suficiente para se posicionar bem perante a concorrência. No geral, é um bom carro, e merece ser considerado por quem busca algo nessa categoria.

CONFIRA NOSSO VÍDEO:

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