Avaliação – Chevrolet Spin LTZ 7S 1.8 Flex Aut. 2019
Fotos: Marcus Lauria
Uma plástica faz bem para quem acha que deve mudar algo em seu corpo, essa é a principal motivação que a pessoa tem para sofrer uma cirurgia de risco para ficar mais bonita. Da mesma forma que a maioria das vezes isso dá um bom resultado para quem procura um cirurgião para melhorar a aparência, os designers das montadoras de automóveis fazem para deixar um veículo mais atraente aos olhos do consumidor.
E foi pensando nisso que a Chevrolet decidiu fazer um facelift completo na Spin. A marca da gravatinha dourada resolveu mudar a sua minivan para deixar ela mais atraente, pois era alvo de muitas críticas e piadas, o que pegava mal para um carro que sempre cumpriu a sua função de carregar uma família com conforto sem fugir do tradicional.
Sem concorrente no mercado nacional, a Chevrolet Spin 2019 sofreu importantes alterações no design externo e no acabamento da cabine, além de aprimoramentos no conjunto mecânico. A linha 2019 que começou a ser comercializada em julho nas concessionárias foi apresentada em quatro opções de acabamento (LS, LT, LTZ e Activ) divididas em sete configurações, sendo duas inéditas: uma versão mais acessível com transmissão automática e uma aventureira com opção de sete lugares. Outra novidade é a segunda fileira de bancos corrediça.
Após avaliarmos a versão Activ, a montadora nos passou a versão LTZ, a minivan agora está em sintonia com a nova família Chevrolet pelo mundo. Para isso o seu designer sofreu muitas mudanças pontuais e que deixam o conjunto da carroceria mais harmonioso. O capô ganha maior inclinação, privilegiando também a aerodinâmica. Os faróis mais afilados e com opção de luz de posição em LED ajudam a criar um aspecto tecnológico, em harmonia com os inéditos contornos do para-choque.
Visto de traseira a Spinfoi totalmente remodelada. O carro agora traz um aerofólio esculpido na parte superior da tampa, que ganhou janela com contornos mais envolventes, nicho central para a fixação da placa e lanternas mais alongadas e bipartidas.
Ainda por fora, a versão LTZ avaliada pelo site exibe cromados na moldura da grade frontal, no inédito friso traseiro e nas rodas de 16” com acabamento exclusivo. Para o consumidor, a Chevrolet oferece oito opções de cores para a carroceria: Preto Ouro Negro, Branco Summit, Prata Switchblade, Cinza Satin Steel, Cinza Graphite e Azul Blue Eyes, além dos inéditos Azul Caribe e Amarelo Stone, exclusivas das versões LTZ e Activ, respectivamente. Nos foi cedida uma Spin na cor Azul Caribe (fotos) que chamou muita atenção por onde passou, atraindo olhares de todos na rua, seja andando ou parada.
Uma das novidades é a estreia da segunda fileira de bancos corrediço. Por ser montado sobre trilhos, a peça pode ser movimentada 5 centímetros para frente ou 6 centímetros para trás no intuito de redistribuir melhor os espaços conforme a necessidade do usuário. O encosto também pode ser ajustável em inclinação. Além disso, a parte traseira do encosto dos bancos do motorista e do carona foram redesenhados a fim de ampliar em mais 2,6 centímetros o vão até a segunda fileira de assentos.
E para a segurança dos pequenos, a Chevrolet passa a adotar pontos de ancoragem para cadeirinhas infantil do tipo Isofix e Top Tether além do quinto apoio de cabeça e cinto de segurança de três pontos no assento central. Lanternas de neblina, ajuste de altura dos faróis e luzes indicadoras de direção lateral também fazem parte do pacote.
A versão testada tem a terceira fileira de bancos, os dois assentos extras podem ser rebatidos para ampliar o volume de carga. Seu o porta-malas de 710 litros pode chegar 756 litros com a segunda fileira de bancos toda avançada. O design dos painéis e consoles trazem maior refinamento e combinam diferentes texturas e cores que se estendem ainda aos revestimentos dos assentos.
A versão LTZ passa a adotar revestimentos premium nos bancos com costura pespontada, acompanhando o mesmo estilo aplicado no acabamento do volante. Com maior quantidade de mostradores e opção de novo computador de bordo, o quadro de instrumentos, por exemplo, passa a ser compartilhado com o Chevrolet Tracker. Saídas do ar-condicionado, porta-luvas, moldura da central multimídia e comandos como o dos vidros, travas e retrovisores elétricos passam a ser mais ergonômicos, ajudando a vida a bordo do motorista e passageiros.
A versão avaliada chega bem completa com ar-condicionado, direção com assistência elétrica, transmissão de seis velocidades além de travas e vidros elétricos com comando por controle remoto na chave. Retrovisor com ajuste elétrico e sensor de estacionamento agora são itens de série desde a versão LT.
Quando o assunto é conectividade, a Spin LTZ traz multimídia MyLink com Android Auto e Apple CarPlay além da opção do sistema de telemática avançada OnStar, que agora é capaz de alertar o usuário para o não esquecimento de objetos e pessoas nos bancos traseiros do carro, semelhante ao sistema do Chevrolet Equinox. Além da quase obrigatória câmera de ré com linhas guias, a Spin tem sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, ajuste de altura dos faróis, além de luz de posição em LED.
O modelo 2019 também sofreu mudanças mecânicas, visando sempre a segurança e a dirigibilidade, principalmente em condições adversas. A suspensão foi repensada para proporcionar uma condução mais suave e prazerosa.
Sob o capô está o velho conhecido, mas recalibrado motor Flex 1.8 ECO de até 111 cavalos de potência e 17,7 kgfm de torque que empurra com uma certa dificuldade a Spin, mas nada que desabone seus predicados. Em conjunto está o bem escalonado câmbio automático de seis marchas, que tem trocas suaves e sem trancos, aproveitando ao máximo o alto torque do motor. Rodamos com a Spin LYZ somente na cidade, sempre com o ar-condicionado ligado, sua média de consumo de acordo com o computador de bordo foi de 8,4 Km/l com gasolina, na estrada, a GM aposta em 12,0 km/l, mas não tivemos a chance de comprovar o número aferido por eles.
O consumo pode melhorar ainda mais com a ajuda da sexta marcha e grade ativa do radiador, onde o sistema abre e fecha automaticamente a grade posterior frontal de acordo com as condições de velocidade do veículo e necessidade de refrigeração do motor. Quando fechada, há redução do arrasto do ar e melhora da aerodinâmica. De acordo com a fábrica a Spin LTZ acelera de 0 a 100 km/h em até 10,2 segundos e de 80 a 120 km/h em até 11,7 segundos.
*FICHA TÉCNICA:
Mecânica
Motorização 1.8
Combustível Álcool Gasolina
Potência (cv) 111 106
Torque (kgf.m) 17,7 16,8
Velocidade Máxima (km/h) 168
Tempo 0-100 (s) 12
Consumo cidade (km/l) 5,9 8,9
Consumo estrada (km/l) 7,4 10,8
Câmbio automática com modo manual de 6 marchas
Tração dianteira
Direção elétrica
Suspensão dianteira Suspensão tipo McPherson e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.
Suspensão traseira Suspensão tipo eixo de torção e traseira com barra estabilizadora, roda tipo semi-independente e molas helicoidal.
Freios Dois freios à disco com dois discos ventilados.
Dimensões
Altura (mm) 1.679
Largura (mm) 1.735
Comprimento (mm) 4.360
Peso (Kg) 1.235
Tanque (L) 53
Entre-eixos (mm) 2.620
Porta-Malas (L) 162
Ocupantes 7
*Dados do fabricante