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Avaliação – Chevrolet S10 2.8 CTDI CD High Country 4WD (Aut) 2021

Facelifith vem acompanhada de novidades em segurança e tecnologia

Fotos Marcus Lauria

A linha 2021 da Chevrolet S10 sofreu poucas mudanças, a picape que já é bem atualizada em relação as concorrentes do mercado. A novidade da mudança de ano fica por conta das rodas com novo design para a versão LTZ, a mais vendida da gama e as recentes atualizações feitas ano passado no visual, na parte mecânica e equipamentos de série, como o Wi-Fi nativo e o sistema de frenagem autônoma de emergência.

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Atualmente a S10 está disponível em três opções de carroceria (cabine dupla, cabine simples e chassis cab), cinco níveis de acabamento (LS, Advantage, LT, LTZ e High Country), duas opções de motorização (2.5 Flex e 2.8 Turbo Diesel), assim como duas opções de transmissão (MT6 e AT6) e tração (4×2 e 4×4). São seis opções de pintura externa: Branco Summit, Prata Switchblade, Preto Ouro Negro, Vermelho Edible Berries, Cinza Topázio e Azul Eclipse.

Dessa vez chegou para avaliação a versão topo de linha High Country 4×4 2.8 Diesel que sai por R$244.930 (SP: R$250.050). A linha 2021 chega na mesma hora em que a marca retoma o ritmo normal de produção na fábrica de São José dos Campos (SP), onde é fabricada. Além da alta demanda pelo modelo em suas versões mais completas. Entre janeiro e março, a picape obteve 5.531 emplacamentos, ficando atrás da Ford Ranger (5.619) e da Toyota Hilux (9.197).

A Chevrolet S10 High Country 2021 teve mudanças pontuais e significativo ano passado que a deixou bem mais agradável em vários aspectos. Talvez a mais importante esteja debaixo do capô, o conhecido motor 2.8 a diesel ganhou um novo turbocompressor, emprestado da americana Colorado. Não houve mudanças nos números da ficha técnica, e nem precisava: a S10 continua transmitindo ótimos 200 cv de potência e impressionantes 51 kgfm de torque.

Para isso, ela recebeu um novo “caracol” e as respostas da picape ficaram mais progressivas e o famoso turbo lag – atraso antes do turbocompressor encher – foi reduzido. Desta forma, a picape ficou mais rápida nas acelerações e nas retomadas, o que garante mais segurança na hora das ultrapassagens. Em conjunto está a transmissão automática de seis marchas, que recebeu nova calibração e ainda ganhou a opção de trocas manuais (apenas pela alavanca). O motor não se mostrou mais potente em relação a acelerações ou retomadas, ao contrário manteve o seu vigor de antes só que agora um pouco mais econômico e com arrancadas mais bruscas. O câmbio não dá trancos e faz um perfeito conjunto com o motor elástico tanto na cidade quanto no off-road, com menor turbo lag. Já o consumo ficou na média com 7,9 km/litro na média urbana e 10,8 km/litro na rodoviária.

A Chevrolet já anunciou que pretende unificar as picapes S10 e Colorado (norte-americana) na próxima geração e aproveitou essa transição para dar um torque no visual. Com um estilo exclusivo em relação às demais, com um toque da Colorado a versão High Country recebeu uma nova barra preta na grade com a palavra “Chevrolet”, mudança que levou o logotipo da gravatinha dourada a ser deslocado para o canto inferior esquerdo da peça, muitos não gostaram da mudança, mas eu achei que ficou bem legal. Também destaco o novo para-choque, que permitiu um leve aumento no ângulo de entrada (passando de 27 para 29 graus) e os faróis de neblina que ficaram em posição mais alta.

Além das novas rodas aro 18″ pretas, que realçaram a carroceria da S10. A High Country fica devendo a troca do conjunto de lâmpadas alógenas por LEDs, essas disponíveis apenas no feixe de iluminação diurna. Sem nenhuma novidade estética na traseira o destaque fica para um novo amortecedor instalado na tampa da caçamba que deixou a peça bem mais leve para baixar, sem deixar “despencar” como era anteriormente. O compartimento tem capacidade para 1.061 litros (maior da categoria, segundo a GM) e a carga útil é de 1.049 kg.

Por dentro a S10 High Country oferece ainda a terceira geração da multimídia My Link, com tela de 8″ nesta versão, GPS nativo e internet 4G a bordo e uma antena que amplifica o sinal e o deixa até 12 vezes mais estável. Outra novidade é que as conexões Apple Carplay e Android Auto agora são feitas via Bluetooth, não necessitando mais de cabo, pela primeira vez num GM nacional. Senti falta de um carregador por indução para acompanhar – item que alguns modelos da marca já oferecem – além da partida por botão, chave presencial e o sensor de ponto cego.

A tela do multimídia incorporou uma câmera de ré com imagens em alta definição, além de uma função que permite acioná-la a qualquer momento. A interface da My Link é bastante intuitiva e fácil de usar, tanto pelos comandos na tela quanto pelos botões físicos de atalho. Pensando em todos que estão dentro da S10, a GM mudou a estrutura da picape deixando 20% mais resistente em impactos frontais, além de instalar um sistema de frenagem automática de emergência, que funciona através de um alerta luminoso e sonoro, acionando o freio caso o motorista não reaja, entre 8 e 80 km/h, e detecta outros veículos e pedestres e também com o alerta de saída de faixa.

Os bancos são confortáveis e oferecem um conjunto elétrico para o motorista achar facilmente a posição de dirigir, fica devendo a opção de ajuste de profundidade para o volante, mas mesmo assim foi fácil achar o ajuste correto na hora de dirigir. Para quem vai atrás sobra espaço, e o bom que ela não quica tanto como as concorrentes. O painel é de fácil leitura e os comandos estão todos à mão, facilitando os ajustes necessários para quem dirige a picape. O ar-condicionado merece destaque, gela bem rápido e deixa a cabine com clima de montanha para quem gosta de frio, ainda mais aqui no Rio de Janeiro, que as temperaturas vivem lá no alto.

*FICHA TÉCNICA:

Mecânica

Motorização 2.8

Combustível             Diesel

Potência (cv)            200

Torque (kgf.m)         51

Velocidade Máxima (km/h)           180

Tempo 0-100 (s)      10,3

Consumo cidade (km/l)      8

Consumo estrada (km/l)    9,2

Câmbio          automática com modo manual de 6 marchas

Tração           4×4

Direção          elétrica

Suspensão dianteira          Suspensão tipo braços triangulares e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.

Suspensão traseira            Suspensão tipo eixo transversal (beam), roda tipo rígida e molas feixe de lâminas.

Dimensões

Altura (mm)   1.847

Largura (mm)           1.874

Comprimento (mm)             5.408

Peso (Kg)      2.101

Tanque (L)    76

Entre-eixos (mm)     3.096

Ocupantes    5

*Dados do fabricante

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