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Avaliação – Chevrolet Montana Premier 1.2 Turbo Aut. 2023

Picape compacta da marca chega totalmente renovada para desbancar as concorrentes

Fotos Marcus Lauria

A Montana estava precisando de uma repaginada a muito tempo, ainda mais com mercado de picapes compactas crescendo. Sendo assim a marca não perdeu tempo e colocou a Montana em outro patamar com a nova geração. Antes do lançamento, muito se especulou sobre a renovação da picape da marca, até que em fevereiro deste ano ela foi apresentada e surpreendeu a todos com o seu novo design, tamanho e proposta. De acordo com a marca, “o modelo inaugura um novo conceito de picape médio-compacta, ao unir o conforto e a dirigibilidade de um SUV com a versatilidade e a robustez de uma verdadeira picape”. O segmento de picapes cresceu quase 50% em participação de mercado na última década no Brasil.

Será que a picape mudou para melhor? Para tirar minha dúvida e a de vocês, a marca nos emprestou por uma semana uma Montana Premier completa, e com ela pude ver o que foi feito de melhor para tentar se tonar líder do segmento. A começar pelas proporções da carroceria que são inéditas, que agora conta com 4,72 metros de comprimento e cerca de 1,8 metro de largura a picape oferece a melhor acomodação para os ocupantes da segunda fileira do segmento. A Montana tem uma ampla área para carga e ainda é fácil de manobrar. A picape é o primeiro modelo de produção local escolhido para estrear a nova identidade de design global da Chevrolet, que se caracteriza pelo conjunto ótico bipartido na dianteira, nos EUA a maioria dos modelos já usam essa nova identifdade.

A Chevrolet iniciou com a pré-venda das versões LTZ e Premier, as mais completas da gama. O lote inaugural chegou equipado com um acessório de caçamba criado para o veículo: as exclusivas divisórias Multi-Board. Elas permitem uma acomodação e distribuição muito mais inteligente da carga. Ele é composto por quatro peças. Dois trilhos que vão fixados no porta-objetos lateral da caçamba, uma grande prateleira e uma prancha, que podem ser encaixados em seis posições diferentes. Com a prateleira e a prancha na horizontal quase à meia altura, cria-se uma caçamba de dois andares. Como a prateleira tem como ser posicionada logo na entrada da caçamba e possui diversos compartimentos, dá para acomodar facilmente ali objetos menores, para que eles não viagem soltos. Ganchos na parte inferior permitem ainda pendurar sacolas e mochilas.

Outra configuração interessante das divisórias Multi-Board é quando a prancha forma uma espécie de parede, dividindo a caçamba em dois compartimentos, um fechado, que funciona como área segura independente do uso de capota marítima, e outro aberto. Útil para quem precisa separar diferentes tipos de carga ou quer limitar a área útil para facilitar o embarque e desembarque de cargas menos volumosas.

Além disso a caçamba Multi-Flex é um diferencial do produto e foi projetada para funcionar como um porta-malas gigante (874 litros). Traz um sistema avançado de vedação da cobertura que oferece proteção contra água. A caçamba conta ainda com uma extensa linha de acessórios customizados, que permitem centenas de soluções para o transporte de carga, numa combinação bem variada.

Uma das maiores queixas dos donos de picape no uso urbano é quanto a intrusão de água na caçamba em dias de chuva. Para a Nova Montana foi desenvolvido um sistema inovador de vedação da capota marítima. Esta solução foi pensada para os consumidores que pretendem utilizar a caçamba como um porta-malas gigante ou para aqueles que desejam maior nível de proteção no transporte de objetos. Há opção também de uma capota rígida de acionamento elétrico por controle remoto, que estava disponível no modelo que testei, que além de muito útil é muito prática de usar.

O visual da nova Montana foi totalmente renovado, e deixou a picape muito atraente. A frente é caracterizada pelo conjunto ótico bipartido em LED, em sintonia com a mais recente linguagem global de design da Chevrolet. Traz luz de posição (DRL) na parte superior. Seu aspecto iluminado harmoniza com os vincos do capô e com a grade. Já o farol principal e o pisca compõem uma peça independente de formato trapezoidal e com bordas arredondadas para dar um toque de esportividade. Enquanto o para-choque traz um aplique central na base para proporcionar mais imponência ao veículo.

A lateral é marcada pela silhueta típica de utilitários, porém conta com linha de cintura elevada e molduras contornando toda a base do veículo, que fazem ele parecer ainda mais alto. Na versão Premier que avaliei, os acabamentos de rodas e frisos são escurecidos. Chama a atenção as linhas características de sua carroceria e pelo equilíbrio das proporções entre compartimento do motor, cabine e caçamba. Além de melhor aparência, essas superfícies desenvolvidas com auxílio de supercomputadores entregam ainda benefícios aerodinâmicos.

Na traseira o principal diferencial estético do veículo está na barra com acabamento em preto brilhante que faz a conexão entre as lanternas, formando um elemento único. Ênfase também para a logomarca “Chevrolet” estampada em baixo relevo na tampa da caçamba, que tem no topo uma espécie de aerofólio integrado. A tampa conta com abertura por botão elétrico e alívio de peso na descida. Já o para-choque foi projetado para facilitar o acesso à caçamba.

O uso de materiais mais leves e resistentes para a carroceria dispensam a necessidade de um motor grande para empurrar o veículo. Isso permitiu aumentar a área destinada à cabine e garantir amplo volume para carga. São pelo menos 20 milímetros a mais para o joelho do passageiro traseiro em relação a concorrência, enquanto o espaço de cabeça é mais um exemplo de superioridade.

Já a posição mais elevada de guiar, o ambiente tecnológico da cabine e os acabamentos com materiais premium remetem aos SUVs. Esta sensação é reforçada pelo baixo nível de ruído a bordo, pelo rodar bastante confortável e pela excelente estabilidade do veículo, seja ele vazio ou carregado. O multimídia está na parte superior do painel e seu visor de 8 polegadas, por ficar na posição horizontal, facilita a leitura principalmente de mapas de navegação e reduz a possibilidade de distração ao volante.

Ao todo, são mais de 50 padrões de acabamento, que variam conforme a função e aplicação do componente. Nas versões Premier, que avaliei, elementos do painel, bancos, portas e console trazem revestimentos premium. Já variados ajustes para o cinto de segurança, volante, assento e encosto garantem uma ótima ergonomia para o condutor.

O MyLink da Nova Montana oferece Wi-Fi com sinal de internet até 12 vezes mais estável e sistema de telemática avançada OnStar integrados. Projeção sem fio para Android Auto e Apple Car Play também fazem parte do pacote de conectividade, que ainda oferece atualização remota de sistemas eletrônicos do veículo, aplicativo myChevrolet para comandar funções do carro à distância e carregador de smartphone por indução magnética.

A picape da Chevrolet é equipada com motor 1.2 Turbo Flex com até 133 cavalos de potência e 21,4 kgfm (210 Nm) de torque. O propulsor traz calibração exclusiva, em sintonia com a proposta multiuso do veículo. Este mesmo trabalho de customização foi feito nos demais sistemas mecânicos, como transmissão, direção e suspensão. Até pneus foram especialmente desenvolvidos para o modelo. Uma das características desse propulsor é que ele trabalha numa faixa de rotação mais baixa, o que contribui para um maior silêncio a bordo e redução das emissões. Ela anda muito bem no trânsito e tem força suficiente para enfrentar ladeiras ou executar ultrapassagens. O propulsor é suficiente para a picape, acelera bem, faz ultrapassagens sem dificuldades e enfrenta subidas com tranquilidade, enfim, oferece o que se propõe para a picape.

O propulsor conta com o sistema avançado de gerenciamento eletrônico, com uma central que permite até 3 vezes mais variáveis de calibração que picapes de geração anterior. Tudo isso potencializa os resultados tanto na configuração manual como na automática, sempre de seis marchas. Quanto ao consumo, o veículo percorre na estrada, com gasolina, 13,3 km/l e, na cidade, 11,1 km/l. Com etanol os números são: 9,3 km/l e 7,7 km/l, respectivamente.

A oferta de equipamentos para a Nova Montana é bem recheada e inclui: seis airbags, alerta de ponto cego, faróis Full LED com regulagem de altura e acendimento automático, ar-condicionado digital, sensor de estacionamento com câmera de ré, chave inteligente com partida por botão, tampa da caçamba com alívio de peso na descida, carregador de smartphone sem fio, Wi-Fi nativo, sistema OnStar e aplicativo para comandar funções do carro remotamente. Já o alerta de ponto cego e os faróis Full LED com maior poder de iluminação, por exemplo, são exclusividades da versão Premier.

Para quem gosta de personalização, há uma gama de acessórios para a parte externa do veículo, como estribos laterais, extensor do para-choque frontal, diferentes tipos de Santo Antonio e faróis de neblina dianteiro em LED. A Nova Montana chega como a primeira picape equipada com Wi-Fi e OnStar de série em todas as versões. O consumidor tem a possibilidade de personalizar a cabine com diversos acessórios, como a soleira iluminadas de portas. Para quem busca maior potência sonora para o sistema de áudio, é possível instalar um subwoofer da marca JBL especialmente dimensionado à acústica do veículo.

A picape compacta da Chevrolet traz suspensão traseira com um sistema de duplo batente de rigidez variável. Ela ajuda a manter o veículo sempre estável, independentemente se ele está transitando com carga mínima ou máxima. Surpreendente também é o comportamento da picape em curvas, com resposta precisa da direção, com baixa rolagem e inclinação da carroceria, o que facilita o controle e traz maior sensação de confiança ao volante. Os ocupantes não sentem a traseira quicar demasiadamente em pisos irregulares, como acontece em picapes que rodam com a caçamba vazia.

Já o sistema de freios da Montana foi reforçado: Ele conta com assistente de frenagem para situações de perda de eficiência por aquecimento; Mais um mecanismo interessante refere-se à atuação do sistema de freio em curvas; O veículo conta ainda com recurso que ajuda a manter a trajetória em frenagens em linha reta, podendo aplicar uma força específica em cada roda, compensando variações comuns de aderência da pista ou da distribuição irregular do peso de carga, por exemplo.

Oferecida em 4 versões, seu preço começa em R$ 118.690 para a de entrada 1.2 com câmbio manual, sobe para R$ 123.790 na LT 1.2 MT e passa a custar R$ 136.490 na LTZ 1.2 AT e finaliza em R$ 142.590 na versão avaliada Premier 1.2 AT. Em resumo a nova Montana é uma picape bem honesta e se sai bem tanto no dia a dia quanto em uma viagem mais longa. Acelera bem, as trocas de marchas são suaves e é bem silenciosa, além de oferecer bastante espaço para os ocupantes.

*FICHA TÉCNICA:

Mecânica

Motorização 1.2

Combustível             Álcool            Gasolina

Potência (cv)            133     132

Torque (kgf.m)         21,4    19,4

Consumo cidade (km/l)      7,7      11,1

Consumo estrada (km/l)    9,3      13,3

Câmbio          automática com modo manual de 6 marchas

Tração           dianteira

Direção          elétrica

Suspensão dianteira          Suspensão tipo McPherson e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.

Suspensão traseira            Suspensão tipo eixo de torção, roda tipo semi-independente e molas helicoidal.

Dimensões

Largura (mm)           1.800

Comprimento (mm)             4.720

Peso (Kg)      1.271

Tanque (L)    44

Entre-eixos (mm)     2.570

Ocupantes    5

*Dados do fabricante

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