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Avaliação – Renault Fluence 2.0 16V Flex Privilège 2015

Fotos: Marcus Lauria

Lançado em 2010 no Brasil, o Renault Fluence acaba de receber seu primeiro fecelift. O tapa no visual chegou na hora certa, para ver se ele sai na frente na disputa pelo terceiro lugar no ranking de vendas do segmento, e tentar ficar na frente do Chevrolet Cruze e Nissan Sentra. Lançado em novembro do ano passado, o Fluence 2015 chega com um visual mais moderno e requintado. O sedan médio da marca francesa é mais um desses injustiçados pelo consumidor, que não conhece a fundo os produtos de outras marcas e só “jogam” nas que estão ganhando.

A versão cedida para teste foi a mais completa, a Privilège, ela custa R$ 84.390 e chega recheada de itens de série. Entre eles podemos destacar: ar-condicionado digital de duas zonas, “chave-cartão”, airbags laterais, entre outros. Na linha 2015, o Fluence ganhou uma versão intermediária chamada Dynamique Plus, que sai a R$ 76.290 e que deve ser a mais vendia entre as outras versões oferecidas.

Seguindo a mesma linha dos novos Logan e Sandero, o Fluence 2015 ganhou mais destaque na dianteira – usada pela primeira vez na Turquia em 2012 -, onde foi adicionado um novo para-choque, agora mais robusto e com detalhes cromados que envolvem os faróis de milha. Além de uma nova grade, que integra com o capô. E os faróis agora tem máscara negra, deixando até um ar de esportividade ao sedan. Na traseira, a mudança principal foi o para-choque, que também ficou mais esportivo, a tampa do porta-malas e as lanternas não foram alteradas. Visto de lateral, a novidade fica pelas novas rodas aro 16 com desenho renovado.

Essas mudanças foram necessárias de acordo com o diretor de marketing da marca, Bruno Hohmann, onde ele afirmou na época do lançamento que “o design é o principal fator na decisão da compra agora, empatado com o espaço interno”. O Fluence é fabricado na Argentina, na fábrica de Córdoba.

Por dentro, o Fluence não sofreu quase nenhuma alteração significativa, ele continua muito confortável e agrada a motorista e passageiros, pelo seu amplo espaço para as pernas. O sedan francês tem um enorme porta-malas, nele cabem 530 litros, espaço suficiente para carregar com folga a bagagem de cinco ocupantes. Para um bom observador, a única mudança percebível fica por conta do painel de instrumentos digital no lugar do analógico e da nova central multimídia R-Link com tela de 7 polegadas sensível ao toque.

Ainda na parte interna, o sedan ganhou um volante revestido em couro. Para o conforto do motorista, o volante tem bom ajuste de altura e profundidade. Enquanto o banco do motorista tem todas as regulagens possíveis. O Fluence 2015 usa o mesmo sistema de ligar o carro usado no antigo Megane, ou seja, a chave-cartão, que além de ligar o carro, tem os controles de travas e o acionamento do motor sem sair do bolso do motorista. Além de contar, só na versão avaliada, com sistema que trava o veículo e recolhe os retrovisores quando o dono se afasta mais de 5 metros do carro.

Chama a atenção no centro do painel o sistema multimídia, que foi atualizado. Ele conta com navegação por GPS e entrada para cartão SD, USB e auxiliar. A tela sensível ao toque chega pela primeira vez ao modelo.

Com alguma tecnologia embarcada, o Fluence oferece sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, piloto automático e limitador de velocidade. O sedan conta ainda com controle de cruzeiro e limitador instalados no volante. Mas ele só pode ser acionado através de um interruptor localizado ao lado do freio de mão.

Sob o capô, nada mudou, continua sendo oferecido o motor 2.0 litro, com 143 cavalos de potência (abastecido com etanol), e câmbio CVT (automático sem troca de marchas) na versão avaliada. Para que gosta de mais liberdade nas trocas de marcha, pode optar pela versão de entrada que disponibiliza dum câmbio manual de 6 velocidades. Existe ainda a opção de passar as marchas pelo modo sequencial, mas nem faz tanta diferença assim no final das contas. O conjunto mecânico não tem nada demais, porém, deixa o carro bem esperto no trânsito e muito agradável de dirigir. O câmbio não faz barulho e as trocas e reduzidas são suaves e sem trancos. O conforto é uma das virtudes do Fluence, o espaço é bem distribuído, principalmente para que vai atrás.

O sedan se destaca pelo bom desempenho dinâmico. O conjunto da suspensão trabalha bem e deixa o sedan com uma estabilidade razoável, só não é aconselhável abusar da sorte nessas horas. Em alguns momentos, é preciso diminuir a velocidade em curvas mais acentuadas. Durante o teste, rodando sempre na cidade e com o ar-condicionado ligado e com o tanque cheio de gasolina, sua média de consumo foi de 8,5 Km/l. Não avaliamos o modelo com etanol.

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