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Avaliação – Fiat Bravo 1.4 T-Jet 2012

A posição de dirigir é muito complicada de achar, fiquei muito tempo até acertar, mesmo com as regulagens da coluna de direção (em altura e distância) e do banco, os bancos baixos prejudicam bastante. Para quem vai atrás, a situação é delicada, e piora para quem tem mais de 1,80 metros, por causa do teto baixo. O banco traseiro é apertado e prejudica bastante os passageiros, principalmente para quem senta no meio, que sofre com o apoio de braço embutido no encosto. Para facilitar na hora de estacionar estão disponíveis sensores estacionamento traseiros, além da direção elétrica, que fica mais leve na hora de manobrar. Já o porta-malas tem capacidade para até 360 litros, que apesar de parecer pouco espaço para um hatch médio, se mostrou suficiente para carregar as compra da semana.

Agora vamos ao que interessa o desempenho do Bravo T-Jet. Sob o capô está o motor 1.4 turbo italiano, com 152 cv e os 21,1 mkgf de torque, que empurraram 1 370 kg. No teste, o carro se comportou bem, mas com muitos altos e baixos, o motor é fraco abaixo de 1 800 rpm, ficando mais esperto em rotações mais altas, mas com o tempo o motorista se acostuma e dosa melhor o pé direito no acelerador. A “cereja do bolo” da versão T-Jet está em um pequeno botão localizado no lado esquerdo da tela do sistema de navegação. Trata-se do OVB, a simples abreviatura de OverBooster. Em conjunto está o cambio de seis marchas com relações bem escalonadas, mas com engates um tanto imprecisos e duros, fato esse que atrapalha no desenvolvimento do motor.

Após acionar o milagroso botão, o carro muda “da água para o vinho”, como diz o ditado popular. Nesta simples tecla, a pressão do turbo sobe de 0,9 para 1,3 bar entre 2 000 e 4 000 rpm, e o torque sobe de 21,1 para 23 mkgf. Números esses que transformam a condução esportiva para melhor, mas  mantem os 152 cv. Segundo a Fiat, o sistema é ordenado pelas válvula de alívio (waste gate) que ficam mais fechadas. Além do motor, a direção, de assistência elétrica, fica mais firme após o acionamento do OverBooster. Com o sistema acionado, a aceleração de 0 a 100 Km/h desce de 10 segundos para 9,5.

Para aguentar a pressão do motor, a Fiat deixou a suspensão bem firme, ela é independente, McPherson na dianteira e com eixo de torção na traseira, e que trabalha em conjunto com as rodas de 17 polegadas calçadas com pneus 215/45 R17 tornam o dia a dia no trânsito um pouco incomodo, transmitindo todas as irregularidades do asfalto lunar das ruas do Rio de Janeiro, onde o carro foi avaliado. Porém, esse conjunto é mais apropriado para uma estrada com asfalto mais liso ou uma serra com curvas mais fechadas, nesse ambiente o T-Jet se comporta como um carro de corrida, andando em trilhos e se mantendo controlável em todos os momentos. Assim como os freios, disco nas quatro rodas (ventilado na dianteira e sólido na traseira) transmite segurança em todas as situações, com o auxílio do ABS.

Em questão de consumo, o motor turbo cobra bastante, apesar de marcar no computador de bordo uma média de 9,5 Km/l, o carro parecia um verdadeiro V8, durante o teste o ponteiro do tanque de 58 litros abaixava a cada acelerada mais forte, comprovando o que suspeitei durante a avaliação, que a média seria da verdade de uns 6,5 Km/l em perímetro urbano, sempre com o ar-condicionado ligado e sempre com o OverBooster desligado.

Todo esportivo tem seu preço, no caso do Bravo T-Jet, esses valores são bem diferentes do modelo básico para o completão. O modelo já é bem recheado, chega com ar-condicionado dual zone, rodas de liga leve de 17 polegadas, airbag duplo, ABS, controle de estabilidade e de tração, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth e banco do motorista com regulagem de altura. Opcionalmente o esportivo da Fiat oferece GPS com tela de 6,5 polegadas, airbags laterais, de cortina e para o joelho do motorista, bancos revestidos parcialmente em couro, apoios de cabeça, com efeito, antichicote, faróis com luzes de xênon com limpador automático, teto solar Skydome, rebatimento elétrico dos retrovisores externos, som hi-fi com subwoofer entre outros. O preço começa em R$ 68.950 para o modelo de entrada, podendo chegar a impressionantes R$ 85.937 para o modelo mais completo avaliado pelo site.

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3 Comentários

  1. Eu acho o carro muito bonito e realmente nessa cor ficou bem chamativo! Esse motor no Punto que é mais leve deve ser um canhão, mas o Bravo merecia um 1.6 turbo, que prvavelmente renderia entre 180 – 190cv e aí sim ficaria mais adequado ao porte dele. Achei o preço meio salgadinho, mas não podemos esquecer que é um carro de fato esportivo…

  2. Palmas para o carro, palmas para a Fiat, palmas para a reportagem… Mas essa modinha de carro branco, tinha que ser idéia de playboy mesmo. Cor sem alma, sem graça, sem sal. Cor de taxi em várias cidades do país, pois ERA a cor mais barata que tinha. Esse carro vermelho, amarelo e azul são quase perfeitos.

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