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Análise GP de Mônaco de F1 – Temporada 2016, Corrida 06

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Não há dúvidas de que a chuva é o elemento que torna as corridas de F1 mais interessantes, especialmente quando essa chuva cai em Mônaco, este lendário circuito de rua que desafia a concentração e paciência dos pilotos, pois ao mesmo tempo em que é desafiador andar tão rápido e tão perto dos muros, é desesperador ter um carro mais rápido do que aquele à sua frente e (praticamente) não ter como ultrapassar.

Novamente, não deu Rosberg, e dessa vez não foi culpa de Hamilton, que por sua vez venceu a corrida. Na largada, Rosberg saiu à frente de Hamilton, mas logo teve que entregar a posição para o inglês pois, com poucas voltas, viu o líder Ricciardo sumir no asfalto molhado do principado. Ao passar Rosberg, Hamilton andou forte, arriscou na estratégia de manter os pneus de chuva enquanto todos usavam intermediários, trocou para pneus ultramacios quando ainda tinha um pouco de água na pista e seguiu firme na ponta até a bandeirada. Rosberg? Com uma atuação apagada, chegou apenas em sétimo e, com isso, viu sua vantagem diminuir para 24 pontos em relação a Hamilton.

Depois da vitória na última corrida, a RBR voltou a surpreender com a pole position de Ricciardo no sábado. Porém, na corrida, os austríacos foram mais eficientes do que cascas de feijão para ocultarem o sorriso de Ricciardo no pódio. Visivelmente transtornado, o australiano viu a corrida escapar de suas mãos quando a equipe esqueceu seus pneus na troca dos intermediários para os supermacios. Com a falha, o piloto voltou atrás de Hamilton e teve que andar 46 voltas atrás do inglês para chegar apenas em segundo. Com um carro mais rápido, Ricciardo até tentou ultrapassar, mas em sua única chance mais clara levou uma fechada de Hamilton na saída do túnel. Já seu companheiro e sensação Verstappen bateu de novo, bem como havia batido na qualificação.

Mas quem merece aplausos é o mexicano Sergio Pérez, que colocou a Force India em terceiro lugar com uma belíssima atuação na pista. Seu companheiro de equipe Nico Hulkenberg também conseguium um bom resultado, chegando em sexto, com direito a uma ultrapassagem no compatriota e xará Nico Rosbeg.

Vettel chegou em quarto lugar com a Ferrari, sem carro para brigar pela ponta nem para ultrapassar Pérez, mas com uma atuação relativamente boa na pista. Raikkonen, por sua vez, bateu logo no início da corrida e abandonou.

Alguém que deve estar bem feliz é Fernando Alonso, que conseguiu um bom quinto lugar com a McLaren e, embora tenha ficado um pouco longe de Vettel, não foi ameaçado por Hulkenberg. Button, seu companheiro, também colocou a McLaren na zona de pontuação ao chegar em nono lugar.

Carlos Sainz Jr mostrou consistência e chegou em oitavo lugar com a STR, garantindo mais alguns pontos, enquanto Kvyat voltou a cometer mais uma de suas trapalhadas, acabando com a corrida de Kevin Magnussen em uma tentativa de ultrapassagem que não tinha como dar certo. E, por falar em Renault, Jolyon Palmer aquaplanou na primeira volta após o Safety Car da largada e lambeu o muro da reta dos boxes.

Felipe Massa largou em décimo-quarto, mas conseguiu fazer uma boa corrida e terminou em décimo, fechando a zona dos pontos mas mostrando que a Williams precisa evoluir muito para acompanhar as equipes da ponta. Bottas, que largou à frente de Massa, chegou apenas em décimo-segundo. Entre as Williams, ficou Gutiérrez com um inexpressivo carro da Haas, enquanto seu companheiro Grosjean chegou em décimo-quarto, atrás da Manor de Pascal Werlein. Haryanto, o companheiro do alemão Wehrlein, fechou o grid em décimo-quinto.

E a Sauber? Bem, mais uma atuação pífia, com direito a uma ridícula cena protagonizada por Marcus Ericsson que, por se achar no direito de tomar a posição de Felipe Nasr em um momento aonde seu carro rendia mais, colocou o bólido por dentro em uma curva aonde não existe a chance de ultrapassagem e acabou batendo, tirando os dois carros da Sauber da corrida. Ericsson foi considerado culpado no incidente.

Conforme prometido em nossa primeira edição, segue a atualização do EST (Expectativa de Sucesso na Temporada).

Mercedes: EST 9,7 de 10 (+ 0,2)
RBR: EST 8,8 de 10 (+ 0,3)
Ferrari: EST 8,7 de 10 (- 0,2)
Williams: EST 6,0 de 10 (- 1,0)
STR: EST 5,6 de 10 (+ 0,2)
Force India: EST 5,5 de 10 (+ 2,0)
McLaren: EST 4,8 de 10 (+ 0,3)
Haas: EST 3,0 de 10 (- 1,0)
Renault: EST 2,5 de 10 (- 0,5)
MRT: EST 0,1 de 10 (+ 0,0)
Sauber: EST 0,0 de 10 (- 100)

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