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Análise GP da Espanha de F1 – Temporada 2016, Corrida 05

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Não, não deu Rosberg dessa vez. Também não deu Hamilton, nem Vettel. O vitorioso desta quinta etapa responde pelo nome de Max Verstappen, um talentoso rapaz de 18 anos que chocou o mundo e se tornou o piloto mais jovem a vencer uma corrida de F1 na história. O dono do record anterior era Sebastian Vettel, que alcançou o feito com dois anos de idade a mais que o jovem Max, também ao comando de um carro de Dr. Helmut Marko, mas na ocasião era uma STR, enquanto Verstappen atingiu o feito com uma RBR.

Lembrando que Verstappen alcançou seu posto na RBR após Kvyat protagonizar aquelas cenas horrendas na largada do GP da Russia, atingindo o carro de Vettel duas vezes e ainda atrapalhando a corrida de seu ex-companheiro Ricciardo. Como punição, Kvyat foi rebaixado à STR, enquanto Verstappen foi promovido à RBR, mais do que merecido.

Por sinal, a RBR mostrou uma grande evolução nesta etapa, garantindo terceiro e quarto lugares na largada e mostrando consistência suficiente para manter um bom ritmo de corrida. O jovem Verstappen apostou em uma arriscada estratégia de duas paradas e, com um longo stint usando pneus médios, conseguiu sua primeira vitória na F1, marcando o início de uma carreira que tem tudo para ser vitoriosa. Ricciardo, por sua vez, liderou a maior parte da corrida, mas apostou em uma estratégia de três paradas que não deu certo e, por falta de sorte, teve um pneu furado no final enquanto batalhava com Vettel pelo terceiro lugar. Terminou em quarto.

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A Ferrari colocou seus dois carros no pódio, com Raikkonen em segundo e Vettel em terceiro, sob os olhos atentos de Sergio Marchionne, chairman da Ferrari. O finlandês andou atrás do alemão em toda a corrida, mas saiu-se vitorioso ao apostar na estratégia de duas paradas, contra três de Vettel, e triunfou da mesma forma que Verstappen. Nas últimas voltas, Raikkonen tentou o quanto foi possível se aproximar do holandês da RBR em busca de uma ultrapassagem, mas embora a Ferrari fosse mais rápida que a RBR nas retas, nas curvas o carro austríaco era superior, especialmente no setor 3 da pista.

Até aqui você deve estar sentindo falta das Mercedes, certo? Pois é, não seria por menos, afinal os carros prateados fizeram os melhores tempos de largada e são dominantes desde 2014. Então, o que aconteceu? Lhe explico. Hamilton largou em primeiro e foi superado por Rosberg na freada para a primeira curva, então seguiu em perseguição ao companheiro de equipe, viu uma chance de se aproximar e passar, mas…

Não havia espaço suficiente para duas Mercedes naquele trecho de pista, Rosberg fechou a porta e jogou Hamilton para a grama, que por sua vez perdeu o controle, rodou, acertou a lateral do carro de Rosberg e, com isso, ambas as flechas de prata deslizaram até a área de escape. Fim de prova para a Mercedes, na primeira volta. O incidente causou um grande rebuliço na cúpula da equipe e foi até investigado pelos comissários de prova em busca de culpados. No final das contas, não houve culpado de acordo com os marshalls, mas Rosberg e Hamilton não se consideram culpados, e o clima na Mercedes tende a esquentar ainda mais.

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Bottas conseguiu o quinto lugar com uma apática Williams, que parece ter perdido de vez o status de terceira força do grid. Quem fez um bom serviço foi Felipe Massa, que largou no final de grid por um erro da equipe na qualificação e terminou a prova em oitavo, garantindo preciosos pontos.

Carlos Sainz Jr parece ter ganho um ânimo extra com a promoção de seu ex-companheiro de equipe. Fez um milagre na largada ao pular para terceiro antes do safety car, mas logo foi superado pelos carros da Ferrari. De qualquer forma, fez uma corrida consistente e chegou em um bom sexto lugar, bem à frente de Kvyat, que largou em décimo e voltou a fazer trapalhadas, como as ultrapassagens durante o Safety Car que lhe obrigaram a devolver as posições.

Perez chegou em sétimo, mostrando que o carro da Force India tem potencial para alcançar posições melhores até o fim da temporada. Pena que um dos carros da equipe (Hulkenberg) sofreu um princípio de incêndio e abandonou a prova. Em oitavo veio Button, com uma McLaren que começa a esboçar um pouco de reação mas, o grande protagonista dessa reação não conseguiu concluir a prova. Alonso conquistou uma vaga no Q3, andou o tempo todo na zona de pontuação mas, assim como já vimos ocorrer várias vezes, a McLaren do espanhol lhe deixou na mão.

Gutierrez colocou a Haas em décimo-primeiro, sem marcar pontos para a equipe americana, que ainda precisou assistir ao abandono de Grosjean. Já Ericsson, com a Sauber, chegou em décimo-segundo, bem melhor do que Felipe Nasr, que chegou em décimo-quinto e ainda levou uma bronca do companheiro de equipe por dirigir de forma perigosa. A Sauber realmente vai mal das pernas, e essa má fase pode prejudicar a carreira de Nasr no futuro. Torçamos pelo contrário.

Palmer e Magnussen colocaram a Renault em décimo-terceiro e décimo-quarto, um resultado fraco para a equipe que ainda não mostrou ao que veio. E, além disso, que estratégia foi aquela de colocar pneus duros? Não surtiu o efeito desejado e ainda fez os carros franceses se arrastarem pela pista. Wherlein e Haryanto, da MRT, fecharam o grid, como de costume

Conforme prometido em nossa primeira edição, segue a atualização do EST (Expectativa de Sucesso na Temporada).

Mercedes: EST 9,5 de 10 (- 0,4)
Ferrari: EST 8,9 de 10 (+ 0,1)
RBR: EST 8,5 de 10 (+ 2,0)
Williams: EST 7,0 de 10 (- 0,4)
STR: EST 5,4 de 10 (+ 0,0)
McLaren: EST 4,5 de 10 (+ 0,0)
Haas: EST 4,0 de 10 (- 1,0)
Force India: EST 3,5 de 10 (+ 1,5)
Renault: EST 3,0 de 10 (- 1,0)
Sauber: EST 0,3 de 10 (+ 0,2)
MRT: EST 0,1 de 10 (+ 0,0)

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