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Análise GP da Austrália de F1 – Temporada 2016, Corrida 01

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Quem viu as flechas prateadas na frente ao término do GP da Austrália deve ter pensado que este início da temporada 2016 será mais do mesmo que já vimos em 2015. De fato, parece que já vimos antes o topo da tabela com as Mercedes na liderança, Vettel acompanhando em terceiro com sua Ferrari e o Raikkonen fora da tabela. Mas 2016 promete ser diferente, e Vettel fez questão de mostrar isso logo na largada.

Ao que parece, Hamilton não se entendeu muito bem com o novo sistema de largada, pois deixou o carro perder tração e foi engolido pelo restante do grid, especialmente depois da espalhada sem querer, querendo do Rosberg na primeira curva. Mas a estrela da largada e de praticamente toda a corrida foi o carro vermelho do cavalinho. Vettel largou bem, abriu boa distância de Rosberg e administrou bem sua vantagem, mostrando chances claras de vencer, se não fosse por uma falha da estratégia de sua equipe.

Tudo ia bem para Vettel até Alonso acertar a traseira de Gutierrez e capotar de forma violenta, destruindo seu MP4-31, causando apreensão em todos. Após o acidente, uma bandeira vermelha e, ao retornar para a pista, a Ferrari apostou em pneus supermacios, enquanto Rosberg colocou pneus médios e, como ainda faltava muito para o fim da corrida, o fato de não fazer mais nenhuma parada fez o alemão da Mercedes superar o alemão da Ferrari que, para sua tristeza ainda maior, teve que encerrar o GP atrás de Hamilton.

Sim, aquele Hamilton que falhou na largada, caiu para sexto lugar na primeira curva e reagiu com espírito de campeão, e por pouco não terminou no topo do pódio, pois como Toto Wolff revelou ao final da corrida, Rosberg tinha sérios problemas nos freios e nos pneus, e se houvessem mais duas ou três voltas, o alemão teria que voltar aos boxes, e “Deus Salve a Rainha” tocaria no pódio outra vez.

Caminhando pela tabela de classificação, vemos um sorridente Ricciardo em quarto lugar correndo em casa, mantendo sua consistência de sempre nas corridas, mas atrás do volante de uma RBR que ainda tem muito para mostrar. Seu companheiro Kvyat abandonou antes mesmo da largada, repetindo a falta de sorte do GP da Austrália de 2015.

Felipe Massa levou sua Williams a um belo quinto lugar, bem à frente de Bottas, que chegou em oitavo. E parece que o time inglês fez a lição de casa com relação aos pit-stops, pois Massa teve um belo pit-stop de 21s550 desde sua entrada no pit lane até a saída, nada menos do que o pit-stop mais rápido de toda a corrida.

O destaque da corrida foi Grosjean, com a estreante Haas, que conseguiu chegar em sexto, marcando os primeiros pontos da equipe novata. Considerando que Grosjean largou no final do grid, como ele conseguiu essa façanha? Simples, com uma milagrosa parada única. Grosjean largou com pneus macios, administrou esses pneus até a bandeira vermelha causada por Alonso no meio da prova e, com os pneus médios colocados nesse momento, seguiu até o final da prova, garantindo a felicidade parcial da equipe Haas, que só não pôde comemorar mais por conta do acidente de Gutierrez.

Hulk garantiu um sétimo lugar e pontos para a Force India, que se mostrou pouco competitiva em relação à concorrência, mesmo com o motor Mercedes igual ao do carro que venceu a prova. Perez em décimo terceiro reforça essa ideia.

Em nono e décimo chegaram os ex-novatos Sainz e Verstappen, e este último protagonizou um vexame nas voltas finais dando ataques de piti pelo rádio exigindo que a equipe ordenasse seu companheiro a abrir passagem. Quem quer passar, passa na pista. Verstappen está sofrendo com a expectativa que colocaram sobre ele e, se não mostrar na pista seu talento, pode ser esquecido tão rapidamente quanto foi notado.

Palmer e Magnussen colocaram a mediana Renault em décimo primeiro e décimo segundo, ali pertinho dos pontos, mostrando que falta pouco para a equipe começar a trilhar seu lugar ao sol.

E a McLaren? Além de ter perdido um carro com o acidente de Alonso, teve que amargar o décimo quarto lugar de Button, uma tristeza. Parece que os japoneses não abriram os olhos o suficiente, e a menos que algum milagre aconteça, vitória para a McLaren esse ano só quando o simulador de F1 2016 for lançado.

Pior que a McLaren só mesmo a Sauber, que deu um carro horrendo a Nasr e Ericsson, não restando nada melhor do que o décimo quinto lugar para o brasileiro e um abandono para o sueco. Atrás de Nasr veio Wehrlein, que fez um bom trabalho ao chegar com sua MRT a apenas uma volta do líder. Haryanto não completou a corrida.

Conforme prometido em nossa primeira edição, segue a atualização do EST (Expectativa de Sucesso na Temporada):

Mercedes: EST 9,2 de 10 (+ 0,2)
Ferrari: EST 9 de 10 (+ 0,5)
Williams: EST 7,6 de 10 (- 0,4)
RBR: EST 7 de 10 (+ 2,0)
STR: EST 6 de 10 (+ 0,0)
Haas: EST 5 de 10 (+ 2,0)
Force India: EST 4,5 de 10 (- 1,0)
Renault: EST 4,5 de 10 (+ 0,5)
Sauber: EST 1,5 de 10 (- 1,0)
McLaren: EST 1,5 de 10 (- 2,0)
MRT: EST 0,1 de 10 (- 0,4)

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