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A fascinante história da linha de montagem da Ford completa 100 anos dia 7 de outubro

Fotos: Divulgação

A linha de montagem móvel da Ford, em Highland Park, Detroit,  provou ser, no início do século XX, tremendamente eficiente, ajudando a empresa a superar, tanto os níveis de produção de seus concorrentes como, ao mesmo tempo, baixou os preços dos veículos e os tornou mais acessíveis.
O Modelo T, lançado em 1908, foi um sucesso imediato e teve mais de 15 milhões de unidades colocadas no mercado. Produzidos, inicialmente, na fábrica da Ford em Piquette Avenue, em Detroit, Henry Ford percebeu que as instalações de produção precisavam ser mais amplas. Assim ele comprou 60 hectares na cidade de Highland Park, um enclave situado dentro dos limites de Detroit.

Além de precisar de mais espaço, Henry Ford também percebeu que teria que melhorar o seu sistema de produção. À semelhança de outros fabricantes, a empresa construía carros no sistema de chassis fixo com os empregados colocando todas as partes no veículo parado, até concluí-lo. Eram automóveis artesanais exigindo muitas horas de trabalho da mão-de-obra e, por isso, eram caros.

Repensando o Processo de Fabricação

Para melhorar o seu processo de fabricação, Henry Ford se apegou a um conceito de produção revolucionário, que tinha como premissa, em vez de deslocar o homem para o trabalho, o trabalho deveria ser trazido para o homem. Henry e Charles Sorensen, um dinamarquês, empregado da empresa, contratado como seu assistente, em 1905, desenvolveram experiências para encontrar a solução.

Em primeiro lugar, os carros foram montados em bancadas móveis ou “berços” que eram empurrados de uma estação para a outra. Os trabalhadores da Ford, em seguida, tentavam colocar as peças em movimento, ao longo da linha de produção em lâminas inclinadas. Isso acelerou a produção, mas os carros ainda estavam num estágio artesanal.

Nascimento da linha de montagem móvel

O avanço do processo produtivo aconteceu em abril de 1913. Um engenheiro de produção na área de montagem do volante magneto tentou uma nova maneira de colocar as peças dos componentes todas juntas. A operação foi dividida em 29 etapas separadas. Trabalhadores colocavam apenas uma peça da montagem antes de empurrar o volante para baixo da linha, onde o próximo funcionário entraria em ação.

Anteriormente, o tempo de montagem de um volante magneto foi cronometrado em 20 minutos de trabalho. Com a operação dividida entre 29 homens, o trabalho levou 13 minutos. Com mais treinamento, caiu para cinco minutos. Esta abordagem foi aplicada gradualmente para a construção dos motor e outras partes.

O pleno funcionamento da primeira linha de montagem móvel, em Highland Park, teve início em 7 de outubro de 1913, e era bastante rudimentar. Um chassi foi puxado lentamente pelo chão da fábrica por uma corda e molinete. Peças e 140 empregados montadores estavam estacionados ao longo da linha de 150 metros de comprimento. À medida que o guincho arrastava o chassis sobre o chão, os empregados iam colocando as partes do carro. Com esta nova linha de montagem, o tempo de produção para um único veículo caiu de 12 horas e 30 minutos para cinco horas e 50 minutos.

Logo, a linha ganhou agilidade com um melhor sistema de transporte “sem fim” que foi nivelado com o chão, grande o suficiente para acomodar o chassis com espaço para os trabalhadores em ambos os lados. Em 1914, a melhoria contínua tinha fixado o tempo necessário para a montagem em 93 minutos.

Em 07 de outubro de 2013 a Ford vai celebrar o 100 º aniversário da inovação que causou o maior impacto sobre os sistemas de produção, a indústria e a sociedade como um todo: a linha de montagem móvel .

Fonte: www.fordparatodos.com.br

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