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PRIMEIRA VOLTA – VW Polo 2018

Fotos: Marcelo Silva

A VW tem planos ambiciosos: quer retomar a liderança do mercado nos próximos anos e, para isso, pretende lançar 20 modelos no mercado brasileiro. O primeiro deles já está entre nós, e tende a ser o principal vetor dessa retomada. Estou falando do Novo Polo, modelo que retorna ao mercado totalmente renovado e alinhado com a Europa, montado sobre a plataforma MQB e dispondo do Powertrain mais moderno disponível para a VW no Brasil.

O Polo 2018 conta com três versões e três opções de motor, são essas abaixo, com os respectivos preços:

A versão de entrada traz motor 1.0 12V MPI aspirado, que rende 75/84 cv @ 6.250 rpm (G/E) de potência e 9,7/10,4 kgfm @ 3.000 rpm (G/E) de torque, e vem sempre combinado à transmissão manual de 5 velocidades MQ 200, já conhecida no mercado brasileiro. Há também opção do motor 1.6 16V MSI aspirado, que rende 110/117 cv @ 5.750 rpm (G/E) de potência e 15,8/16,5 kgfm @ 4.000 rpm (G/E) de torque, também combinado apenas à transmissão manual.

Essa versão já vem bem equipada, com ar-condicionado, vidros e travas elétricas, 4 airbags, direção elétrica e controle de tração. Entre seus opcionais pode conter controles de estabilidade, monitoramento de pressão dos pneus, central multimídia e outros itens.

As versões Comfortline e Highline vem equipadas apenas com o motor 1.0 12V turbo TSI, que ganhou nomenclatura 200 TSI no Polo, e conta com 116/128 cv @ 5.500 rpm (G/E) e 20,4 kgfm @ 2000-3.500 rpm de torque, sempre vinculado ao câmbio automático de 6 velocidades com opção de trocas sequenciais. Trata-se do motor 1.0 turbo mais forte do mercado brasileiro.

E quem optar pelas versões com motor TSI levam para casa importantes ganhos em segurança ativa, caso dos freios a disco nas quatro rodas, controle de estabilidade de série e uma série de recursos eletrônicos, como bloqueio eletrônico do diferencial, frenagem pós-colisão (opcional) e até mesmo um sistema que aproxima as pastilhas dos discos de freio para eliminar sujeira e água que poderiam prejudicar a frenagem.

O Polo 2018 traz importantes ganhos em tecnologia para o segmento, exemplo do cluster em TFT totalmente digital de 10,5 polegadas, batizado como Active Info Display (opcional da versão Highline), um recurso que só existia até hoje em carros mais caros no mercado brasileiro, como os Audi A3 e A4 por exemplo. Tal cluster é totalmente integrado à central multimídia, o que permite por exemplo a visualização completa da tela do GPS em sua tela.

A plataforma MQB traz ganhos também no alívio do peso, aonde o Polo consegue ser 44 kg mais leve que o seu antecessor, mesmo sendo maior. Os ganhos em rigidez estrutural também são consideráveis, sendo que mais de 50% de sua estrutura é composta por aços de alta e ultra-alta resistência. Isso se reflete na segurança, pois o Polo arrebatou 5 estrelas no Latin NCAP, o nível que já era esperado pela VW.

PRIMEIRA VOLTA

Porto Feliz/SP – Nosso trajeto de test drive compreendeu uma viagem entre São Paulo/SP e Porto Feliz/SP, um trajeto de pouco mais de 90 km com muitas retas, e retomadas na saída dos pedágios. Partimos na versão Highline 200 TSI, com três adultos a bordo e ar-condicionado ligado, uma combinação que tende a aterrorizar carros com motores mais fracos.

Mas definitivamente esse não é o caso do Polo 200 TSI. O casamento do motor 1.0 TSI com a transmissão automática de seis velocidades é tão feliz que merecia estar em outros carros da marca, especialmente o Golf. A sobra de torque em baixas rotações é notável, e permite um escalonamento bem longo das marchas. Isso se traduz em conforto acústico e suavidade ao rodar, pois a 120 km/h o conta-giros está em torno de 2.200 rpm.

As retomadas são vigorosas, graças aos 200 Nm (20,4 kgfm) de torque que servem para identificar o motor 1.0 TSI do Polo. Basta um kick down para o câmbio reduzir de sexta para terceira e fazer o compacto acelerar com desenvoltura. Em pisadas mais leves no acelerador o câmbio esperto quase sempre reduz uma marcha, e as trocas são bem rápidas, quase imperceptíveis, dando boa desenvoltura ao carro.

Pisando leve no acelerador, o carro privilegia o consumo, mas mudando a transmissão para o modo S ou usando o modo sequencial, a força do motor fica mais evidente, empurrando os ocupantes contra o banco com firmeza. E já que falamos em consumo, observamos um consumo médio de 18,4 km/l com gasolina na estrada mantendo 120 km/h, mas só poderemos dar o número exato de consumo quando o carro vier para teste.

Como no trajeto não haviam curvas, não pudemos aferir a capacidade dinâmica do carro, mas suas suspensões parecem bem calibradas, um pouco firmes, mas sutis na absorção de buracos e imperfeições no asfalto. Os freios também não foram exigidos ao extremo, mas o pedal transmite ótimo feeling e seu conjunto parece bem adequado ao peso e desempenho do carro.

O isolamento acústico no geral é bom, especialmente no tocante ao ruído do motor e no ruído da rolagem dos pneus no asfalto. Porém, notamos um considerável ruído aerodinâmico na estrada a 120 km/h, mas talvez seja uma característica apenas dessas unidades iniciais.

No geral, o Polo Highline 200 TSI parece pronto para revolucionar o mercado e atingir bons números de venda. Predicados para isso não faltam, e a VW parece empenhada em melhorar também o pós-venda e o preço do seguro. Capacidade de ser líder do mercado ele tem, só resta ver como o público irá reagir a essa novidade nos próximos meses.

 

 

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