Arte: Renato Pereira
Sete corridas, 5 vencedores diferentes. Quando ninguém esperava, Denny Hamlin, Toyota Camry #11 foi lá e conquistou a vitória na 1ª prova, em Daytona. Jimmie Johnson #48 Chevrolet SS fez uma corrida irrepreensível e levou a vitória na 2ª corrida, em Atlanta. Brad Keselowski, Ford Fusion #2 apareceu do nada, de repente, e faturou a vitória na 3ª prova em Las Vegas. Kevin Harvick, Chevrolet SS #4 desencantou e levou a melhor na 4ª etapa, em Phoenix. De novo Jimmie Johnson #48 Chevrolet SS foi cerebral e foi dele a vitória na 5ª corrida em Fontana. Kyle Busch, Toyota Camry #18, que vinha terminando entre os 5 primeiros todas as corridas venceu a 6ª prova em Martinsville. E tomou gosto pela coisa, já que na etapa imediatamente seguinte, a 7ª da temporada disputada no Texas.
Não que seja surpreendente um mesmo piloto vencer mais de uma etapa na Nascar; mesmo contando com grids constantes de 40 competidores, já que por mais que a categoria seja totalmente diferente das demais categorias de Turismo do mundo, aqui também tem equipes pequenas, carros ruins e pilotos medonhos, e conta-se sempre com a disputa “de verdade” se resumindo a algo em torno de 20 pilotos, o que já é um volume enorme. O que surpreende, no entanto, é a velocidade com que se sucederam essas vitórias duplas de Johnson e Busch. Em duas ocasiões, por força do destino, sorte ou falta de sorte, Carl Edwards Toyota Camry #19 e Martin Truex Jr. Toyota Camry #78 foram derrotados por uma diferença de tempo tão mínima que tiveram de recorrer aos sensores eletrônicos dos carros para saberem quem cruzou a linha de chegada em primeiro. O maior vilão da temporada é preto (cor, não raça…) cujo novo composto criado pela Goodyear é uma incógnita e quem tiver mais sorte não sofre um estouro e afunda na corrida, como aconteceu com Brad Keselowski, Joey Logano e o próprio Kyle Busch, isso para citar apenas 3 pilotos. Com o novo pacote aerodinâmico, as bandeiras amarelas ocasionadas pelas até então inevitáveis batidas constantes (e coletivas) decorrentes do uso do vácuo (para ultrapassar, evitar ser ultrapassado ou, simplesmente, desequilibrar mesmo o carro do adversário) são muito raras, e aquela coisa de que mesmo tomando uma volta era possível se recuperar virou lenda. Apenas Carl Edwards e Brad Keselowski conseguiram esse feito nesta temporada.
Muitos resultados se devem, também, a sintonia entre o piloto e seu engenheiro, que “papeiam” incessantemente volta a volta, buscando entender melhor as reações do carro e quais ajustes podem ser feitos nas paradas de boxes (pressão dos pneus e das molas, por exemplo), além de ser “o cara do computador” quem normalmente define a estratégia a ser seguida, que varia de acordo com o desenrolar das corridas. As vezes esses caras acertam em suas mágicas, como costumam fazer Paul Wolfe com Brad Keselowski, Rodney Childers com Kevin Harvick, Adam Stevens com Kyle Busch, o novato Jeremy Bullins com o novato Ryan Blaney ou Chad Knaus com Jimmie Johnson, embora as vezes também errem completamente em suas “premonições”, como costumam fazer Cole Pearn com Martin Truex Jr., Dave Rogers com Carl Edwards, Greg Ives com Dale Earnhardt Jr. e Jason Ratcliff com Matt Kenseth, só para citar alguns poucos. Para quem ainda acha que corrida em circuito oval, pouco a pouco nestas matérias esta descobrindo que a coisa é brutalmente mais complicada.
Dos “devedores de resultados”, de quem logicamente se espera muito em função de seus históricos, equipamentos e pelo ufanismo excessivo criada pela mídia, que na falta de coisa melhor para fazer fica especulando e transmitindo boatos e suposições, continuam cativos : Matt Kenseth #20 Toyota Camry Joe Gibbs Racing; Joey Logano #22 Ford Fusion Team Penske; Kurt Busch #41 Chevrolet SS Stewart-Haas Racing; Martin Truex Jr. #78 Toyota Camry Forniture Row Racing, Kayle Larson #42 Chevrolet SS Chip Ganassi Racing, Kasey Kahne #5 Chevrolet SS Hendrick Motorsports e o estreante Chase Elliot #24 Chevrolet SS Hendrick Motorsports.
Dos que vem surpreendendo nesta temporada, destaque para A. J. Allmendinger #47 Chevrolet SS JTG Daugherty Racing, Jamie McMurray #1 Chevrolet SS Chip Ganassi Racing,
Paul Menard #27 Chevrolet SS Richard Childress Racing, Rick Stenhouse Jr., #17 Ford Fusion Roush Fenwey, Austin Dillon #3 Chevrolet SS Richard Childress Racing e o estreante Ryan Blaney Ford Fusion #21 Wood Brothers Racing.
Em 7 etapas, tivemos:
1ª – Daytona
Pole-Position > Chase Elliot #24 Chevrolet SS Hendrick Motorsports
Vitória > Denny Hamlin, Toyota Camry #11, Joe Gibbs Racing
2ª – Atlanta
Pole-Position > Kurt Busch #41 Chevrolet SS Stewart-Haas Racing
Vitória > Jimmie Johnson #48 Chevrolet SS, Hendrick Motorsports
3ª – Las Vegas
Pole-Position > Kurt Busch #41 Chevrolet SS Stewart-Haas Racing
Vitória > Brad Keselowski, Ford Fusion #2, Team Penske
4ª – Phoenix
Pole-Position > Kyle Busch, Toyota Camry #18, Joe Gibbs Racing
Vitória > Kevin Harvick, Chevrolet SS #4, Stewart-Haas Racing
5ª – Fontana
Pole-Position > Austin Dillon #3 Chevrolet SS, Richard Childress Racing
Vitória > Jimmie Johnson #48 Chevrolet SS, Hendrick Motorsports
6ª – Martinsville
Pole-Position > Joey Logano, Ford Fusion #22, Team Penske
Vitória > Kyle Busch, Toyota Camry #18, Joe Gibbs Racing
7ª – Texas
Pole-Position > Carl Edwards, Toyota Camry #19, Joe Gibbs Racing
Vitória > Kyle Busch, Toyota Camry #18, Joe Gibbs Racing
8ª – Bristol
Pole-Position > Carl Edwards, Toyota Camry #19, Joe Gibbs Racing
Vitória : ???????
O Toyota Camry tem 2 pole-position e 4 vitórias; o Chevrolet SS tem 4 pole-positions e 3 vitórias e o Ford Fusion tem 1 pole-position e 1 vitória.
Das 16 vagas limite para a disputa do Chase of the Sprint Cup, 5 já estão garantidas, sendo:
Ao término desta etapa de amanhã, faltam 19 corridas para definir os 11 pilotos que comporão o grupo que disputará o título da temporada. Como pudemos ver até o momento, as coisas não estão nada fáceis este ano, e está na hora de muita gente mostrar seu valor antes que seja tarde demais. Já descobrimos que não será possível termos 16 vencedores diferentes, e quem não vencer terá de usar a matemática para se classificar.
Após 7 etapas, os 20 melhores colocados na classificação são:
1° – Kyle Busch, Toyota Camry #18, 259 pontos
2º – Jimmie Johnson #48 Chevrolet SS, 253
3° – Kevin Harvick, Chevrolet SS #4, 252
4º – Carl Edwards #19 Toyota Camry, 241
5º – Joey Logano, Ford Fusion #22, 234
6º – Dale Earnhardt Jr. #88 Chevrolet SS, 211
7º – Kurt Busch, Chevrolet SS #41, 208
8° – Denny Hamlin, Toyota Camry #11, 201
8° – Brad Keselowski, Ford Fusion #2, 201
10º – Austin Dillon #3 Chevrolet SS, 198
11º – Martin Truex Jr, Toyota Camry #78, 187
12º – Matt Kenseth, Toyota Camry #20, 171
12º – Jamie McMurray, Chevrolet SS #1, 171
14º – Chase Elliot, Chevrolet SS #24, 168
15º – A. J. Allmendinger, Chevrolet SS #47, 166
16º – Kasey Kahne, Chevrolet SS #5, 161
17° – Rick Stenhouse Jr., Ford Fusion #17, 153
18° – Kyle Larson, Chevrolet SS #42, 152
19° – Ryan Newmann, Chevrolet SS #31, 150
20° – Ryan Blaney, Ford Fusion #21, 144
E agora chegamos ao Food City 500, disputado no lendário Bristol Motor Speedway, no Tenesse, circuito oval tradicional com piso em concreto, 0.533 Milha (0.858 quilômetros) de extensão, com inclinações de até 30º nas curvas (!!!), características absurdamente distintas se comparadas com as do Texas Motor Speedway onde a categoria disputou sua ultima etapa na semana anterior, e aqui, sim, a prova é um pesadelo completo com direito a tremedeiras e suores excessivos para engenheiros, mecânicos e pilotos. Imagine – e depois assista – a corrida, com sua largada prevista para as 14:00 horário de Brasília (onde estará acontecendo a votação que ou mandará embora a presidente da República ou o Brasil sofrerá um duro golpe em sua democracia e o comunismo se perpetuará no país e, entre uma bandeira amarela e outra, podemos dar uma olhada no placar da votação) com 40 carros de mais de 700 Cv de potência, 1,5 toneladas de peso correndo grudados em uma inclinação absurda, tentando ultrapassar ou não ser ultrapassado, a confusão quando os lideres chegarem nos retardatários, a dificuldade dos pilotos se lembrarem em qual das duas retas ficam seus pit-stops (tem dos dois lados, senão não cabe todo mundo) e o desespero dos que estão ficando para trás na pontuação em tentarem os melhores resultados possíveis, diante de nada menos de 160 mil expectadores em torno da “arena”, como é conhecido o complexo de Bristol.
Com esse grid de largada, onde Carl Edwards #19 repete a dose da etapa anterior e crava a pole-position, ao lado de Matt Kenseth #20 precisa desesperadamente de uma vitória, Joey Logano em 3º na mesma situação de Kenseth formando a 2ª fila Denny Hemlin e tendo Kyle Busch com o 4º melhor tempo atrás, se a vida do piloto do Ford Fusion #22 da Penske Team, envolvido pelos 4 Toyota Camry da Joe Gibbs Racing está difícil, imagine dos que vem mais atrás… vai ser de arrepiar!
Os 20 melhores colocados entre os 40 inscritos no grid de largada para o são:
1° – Carl Edwards #19 Toyota Camry, Joe Gibbs Racing
2º – Matt Kenseth, Toyota Camry #20, Joe Gibbs Racing
3° – Joey Logano, Ford Fusion #22, Team Penske
4º – Denny Hamlin, Toyota Camry #11, Joe Gibbs Racing
5º – Kyle Busch, Toyota Camry #18, Joe Gibbs Racing
6º – Jimmie Johnson, Chevrolet SS #48, Hendrick Motorsports
7º – Kevin Harvick, Chevrolet SS #4, Stewart-Haas Racing
8º – Martin Truex Jr, Toyota Camry #78, Forniture Row Racing
9° – A. J. Allmendinger, Chevrolet SS #47, JTG Daugherty Racing
10º – Trevor Bayne, Ford Fusion #6, Roush Fenwey
11º – Kasey Kahne, Chevrolet SS #5, Hendrick Motorsports
12º – Brad Keselowski, Ford Fusion #2, Team Penske
13º – Jamie McMurray, Chevrolet SS #1, Chip Ganassi Racing
14º – Paul Menard, Chevrolet SS #27, Richard Childress Racing
15º – Austin Dillon, Chevrolet SS #3, Richard Childress Racing
16º – Casey Mears, Checrolet SS #13, Germain Racing
17° – Ryan Newmann, Chevrolet SS #31, Richard Childress Racing
18° – Ryan Blaney, Ford Fusion #21, Wood Brothers Racing
19° – Chase Elliot, Chevrolet SS #24, Hendrick Motorsports
20° – Dale Earnhardt Jr., Chevrolet SS #88, Hendrick Motorsports