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Avaliação – Honda ADV 150 2021

Fotos:  www.vivocommoto.com.br/ Especial para o CarPoint News

Scooter bombada, aventureira, diferente, linda, estes e outros adjetivos ouvimos bastante durante nossa avaliação da Honda ADV. Apresentada no salão duas rodas de 2019 como “teste” de aceitação, junto com a Forza 300 foram as grandes novidades da Honda e criaram uma grande expectativa pelo lançamento e início das vendas, mas infelizmente a Forza ainda não chegou.

Com o mesmo motor e chassis da Honda PCX a ADV “puxou” a irmã mais velha (X-ADV) com visual agressivo e porte mais robusto. Aliás quem vê a primeira vez já mira os olhos nos faróis, pneus, e nos reservatórios (dourados) na suspensão traseira.

Como sabem sempre reparo nos acabamentos das peças e encaixes, ADV é nota 10 em relação a isso, encaixes perfeitos, materiais e texturas tudo na medida, tudo muito bem-feito.

Design e Conforto 

O guidão é largo e alto, de formato cônico mais resistente e transmite sensação de segurança inclusive para pilotar em pé, sim é possível num off (de leve) pilotá-la de pé, fiz isso em nossa avaliação e conto mais abaixo. Como está próximo ao tronco fica agil e fácil pilotar no trânsito, a plataforma de apoio para os pés é inclinada para frente, mas fornece um encaixe bom, com possibilidade de apoiar mais acima, não chega a esticar as pernas, mas dá um certo descanso.

O banco é confortável e está a 795mm do solo, fiquei com os pés bem apoiados no chão, o porta objeto tem capacidade de 27 litros, cabe bastante coisa, mas meu capacete número 60 de formato grande não coube, mas utilizei muito em pequenas compras. A tomada 12V está localizada no porta luvas, pode se deixar o celular carregando enquanto você pilota, o meu coube e quebrou um galhão.

Tecnologia 

Dotada de um belo painel digital inspirado na X-ADV (retangular)é bem completo (marcador de combustível, carga bateria, consumo instantâneo que parece um RPM1, dia e mês, hora, Trip A e B com parcial, velocímetro e indicação de troca de óleo), bem-posicionado e com fundo blackout proporciona uma leitura boa inclusive com sol forte, em outro painel menor abaixo estão as luzes espia.

Conjunto de iluminação todo em LED, com destaque para a dianteira com DRL e na traseira com o desenho do “X”, os punhos são ergonômicos de comandos fáceis de operar. A ADV tem o sistema de partida Idling Stop, e a chave Smart key.

Motor 

O Motor é o mesmo da PCX um monocilíndrico de 149,3cc SOHC, injeção eletrônica PGM-FI, refrigeração liquida e transmissão automática CVT (V-Matic). Sofreu alguns ajustes para um melhor desempenho em médias rotações com aumento do diâmetro do duto em 2cm e de escape com novo desenho da saída, fazendo motor respirar melhor e no off ganha folego mais cedo além de dar mais cara de fora de estrada com a bela ponteira apontada para cima.

Pilotá-la na cidade é muito fácil, saí na frente nos semáforos, freia bem, obedece aos comandos, muda de trajetória de forma rápida e segura, o banco mais estreito em relação ao da PCX faz com que o apoio dos pés no chão fique mais rápido ao parar e ao manobrá-la.

Com tanque de 8 litros, em nossa avaliação fez média de 47,7km/l o que nos dá uma autonomia de 380km, ou mais depende da mão do piloto. Como não podia ser diferente, buscamos rodar na estrada e na terra para colocar a ADV a prova, a cidade escolhida foi Iperó um pouco depois de Sorocaba a 140km de São Paulo.

Fomos visitar a Floresta Nacional de Ipanema, que fica em uma parte da antiga fazenda Ipanema, cheia de história, após a família real chegar ao Brasil em 1808 o Conde de Linhares determinou a construção da fábrica em Ipanema, que iniciou suas atividades em 1810.

Bora para Estrada 

Saindo de casa já subi o para-brisa (regulável em duas posições) para posição mais alta, não chegou desviar muito o vento, mas ajuda bastante. Sua suspensão é definitivamente melhor que a da PCX, na dianteira garfo telescópico com 130mm de curso e na traseira dois amortecedores com molas de 3 estágios e reservatórios separados “Twin Subtank Showa” com curso de 120mm, eficientes e que transmitem muita segurança e conforto na pilotagem.

Rodamos pela Rodovia Castelo Branco, saindo próximo a Boituva e seguindo pela estrada municipal de Iperó, atenção na placa para fazenda, pois está me péssimo estado de conservação, então começa a estrada de terra e o sorriso aumenta no rosto, bora “sujar” a moto.

A estrada estava de certo modo boa, bem batida, vez ou outra com pedras soltas e buracos, costelas e aí o pneu mostrou o que pode fazer, os excelentes pneu mistos Metzeler, 110/80 na dianteira com roda aro 14 e 130/70 na traseira com roda de aro 13 são bons de briga, mantiveram a moto na trajetória, enfrentaram alguns obstáculos, gostei demais da experiência, forma 20km ida e volta muito prazerosos, pilotei um trecho de pé para sentir como se comporta, se consegue mas com desconforto, talvez um piloto de menos estatura se sinta melhor de pé.

Os freios são ótimos, discos de 240mm na dianteira e como sua proposta e da possibilidade no fora de estrada o ABS está presente somente na roda dianteira podendo travar a roda traseira para tracionar melhor, utilizei essa técnica em algumas descidas e foi empolgante. Sua distância do solo de 165mm e seu peso de 127kg contribuem para pilotar em terrenos irregulares.

Após muitas fotos e de conhecer um pouco mais de história sobre a fazenda, retornamos pelo mesmo caminho, mantendo a velocidade em média de 95km/h curtindo a paisagem e com muito cuidado com os outros carros e caminhões.

Em Resumo

 A Scooter aventureira com todo seu visual, luzes em LED e o melhor o conjunto de suspensão, pneus e freios fazem toda a diferença em relação as scooters da mesma categoria, inclusive comparando com a PCX. Sobre o valor, mesmo com todos estes quesitos com notas 10, é salgado, mas como sempre digo cada um sabe onde o “calo aperta”. Tenho certeza de uma coisa, se tiver a possibilidade de adquirir uma, será muito feliz e estará com um belo veículo de diversão, ela é uma scooter realmente diferenciada.

Seu preço público sugerido está em R$ R$ 18.500 (sem frete), nas concessionárias espalhadas pelo Brasil temos uma variação grande de valores, chegando até a casa dos R$ 21.000. Tem 3 anos de garantia e é oferecida nas cores vermelha e branco perolizado.

FICHA TÉCNICA: 

MOTOR

Tipo: OHC, Monocilíndrico 4 tempos, arrefecimento líquido

Cilindrada: 149,3 cc

Potência Máxima: 13,2 CV a 8500 rpm

Torque Máximo: 1,38 kgf.m a 6500 rpm

Transmissão: Tipo V – MATIC

Sistema de Partida: Elétrica

Diâmetro x Curso: 57,3 x 57,9 mm

Relação de Compressão: 10,6 : 1

Sistema Alimentação: Injeção Eletrônica, PGM FI

Combustível: Gasolina

CHASSI

Tipo: Berço Duplo

Suspensão Dianteira/Curso: Garfo telescópico

Suspensão Traseira/Curso: Dois amortecedores com Twin Subtank Showa

Freio Dianteiro/Diâmetro: A disco / 212,71 mm / 240 mm

Freio Traseiro/Diâmetro: A disco / 185,83 mm / 220 mm

Pneu Dianteiro: 110/80 – 14

Pneu Traseiro: 130/70 – 13

 

DIMENSÕES e CAPACIDADE

Comprimento x Largura x Altura: 1950 x 763 x 1153 mm

Distância entre eixos: 1324 mm

Distância mínima do solo: 165 mm

Altura do assento: 795 mm

Peso Seco: 127 kg

Tanque de Combustível: 8,0 litros

Óleo do Motor: 0,9 litros (0,8 litro p/ troca)

Dados do Fabricante

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