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Avaliação – Chevrolet S10 Rodeio 2.4 Flexpower 4X2 cabine dupla 2011

O CarPoint News avaliou por uma semana a S10 Rodeio, que virou modelo de série na gama de opções na tabela de preços da marca, com cabine dupla e motor 2.4 flexpower, com tração 4×2, a versão testada era completa, com todos os opcionais e acessórios possíveis. O modelo recebeu alguns apliques externos e algumas perfumarias que vieram para dar mais fôlego a pick-up mais vendida do Brasil. O destaque da dianteira fica por conta da régua cromada na parte superior da grade, que é pintada na cor do veículo e que segue o estilo dos modelos da marca pelo mundo, com uma faixa central, com a “gravatinha” dourada ao centro. Para aderir aos adeptos do Tuning, a Chevrolet resolveu aplicar uma tomada de ar sob o capô, que não tem nenhuma função, a não ser a estética. Os pára-choques, tanto o dianteiro, quanto o traseiro, receberam apliques na cor preta. O rack, o santoantônio e os estribos ficaram quadrados, antes eram arredondados. Ainda na parte externa, aonde a pick-up mais mudou é possível observar o novo aplique preto na coluna do pára-brisa, que se juntou à coluna central, que já existia na mesma versão de 2005.

Por dentro, a sensação de “lugar comum” é obeservada logo ao entrar na S10 Rodeio, parece que não saímos de 1995, época em que a S10 ainda era novidade. Com pequenas mudanças, como novo painel de instrumentos, alguma melhora na qualidade dos materiais internos, como plásticos do painel e das laterais da porta, dando aspecto de um carro popular. Ainda por dentro a versão avaliada tem quase todas as mordomias que se precisa, vidros, travas e retrovisores elétricos, direção hidráulica e ar-condicionado, que gela bastante. Uma novidade é a trava elétrica das portas, que tem assistência pneumática, para suavizar o movimento das fechaduras, recurso já utilizado na S10 Executive de 2009. Seu preço parte de R$ 66.025 para a versão 2.4 Flexpower 4×2, passando para R$ 89.366 para a versão 2.8 Turbodiesel 4×2, chegando a custar R$ 95.541 para a mais completa 2.8 Turbodiesel 4×4.

Utilitários não são os reis da estabilidade. E a S-10 faz parte desse clube. A picape balança e solta a traseira em curvas mais ousadas e também em pisos mais castigados, os buracos são sentidos no estômago, chacoalhando para todos os lados. As rodas, grandes e com pneus de perfil alto, copia as imperfeições do asfalto e gera um problema de comunicação com o volante. Nas retas, os modelos balançam bastante e tornam as viagens longas cansativas. A S-10 é bruta por fora e por dentro. Os comandos do painel são “duros” e o câmbio tem engates difíceis, que exigem esforço no manuseio. O consumo é supreendente para utilitários médios. Segundo a GM, com álcool a S-10 faria 7,2 km/, com gasolina, o número sobe para 10,4 km/l. A reconfiguração do motor para flex foi um ganho, mas os demais recursos do carro se ressentem da idade. Os sistemas eletrônicos são limitados e muito antigos e os chassis não têm um comportamento tão equilibrado quando o de modelos mais modernos. A picape S-10 Rodeio fica bem agradável por conta do motor 2.4 litros bicombustível. Com álcool, ele rende 147 cv, suficientes para acordar o utilitário da Chevrolet. Quando exigido nas acelerações, as respostas são interessantes, devido ao motor ter 8 válvulas e um bom torque de 21,9 kgfm, suficiente para carregar tanto peso (são 1815 kg). O acelerador eletrônico ajuda a dosar as acelerações, mas os utilitários têm lá suas limitações que tem que ser observados durante o uso diário da picape. E elas são facilmente encontrados nas curvas mais fechadas. A tendência a rolar é grande e, em situações mais ousadas, a traseira tende a mostra vontade própria que é aumentada devido ao seu tamanho (5,26 metros). A suspensão macia demais deixa as viagens um tanto sacolejantes, dando a sensação de estar dentro de um pula-pula, daqueles que as crianças adoram brincar nos parques. A S-10 flutua até em retas, hora de ficar bem atento ao volante e não deixar ela escapar. Daí a limitação de velocidade em 150 km/h, por medida de segurança. O câmbio meio “queixo-duro” dificulta a interação e atrapalha nos momentos das trocas das marchas. Internamente. O isolamento acústico não é dos melhores mas é bom para utilitários. Na hora de manobrar, os espelhos retrovisores externos elétricos se mostraram bem eficientes, são grandes e de fácil visualização. Na S-10, quem vai na frente tem um bom espaço. Os passageiros de trás, no entanto, sofrem com o banco com encosto reto, de “costas duras”, como os de ônibus. Por dentro, há um bom número de porta-objetos – nas laterais das portas, no console central. O acesso aos veículos é facilitado devido às quatro portas e ao estribo lateral de série. Falta um compartimento, porém, para guardar volume longe das vistas de curiosos. Uma observação notada durante todo o teste foi na hora de manobrar, ao estercar totalmente o volante, para qualquer um dos lados, percebeu-se que as rodas batiam na parte interna do para-lama, isso pode acarretar em um desgaste maior dos pneus dianteiros. Segundo o fabricante, o consumo médio é de 6,9 km/l com álcool e de 9,8 km/l com gasolina.

Mais fotos no blog: http://carpointnews.blogspot.com/2011/03/avaliacao-chevrolet-s10-rodeio-24.html

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2 Comentários

  1. querido e atencioso amigo gosto de chegar ao estremo com meus objetos e quero adaptar um motor desses ai em meu chevette junior e gostaria de saber se é possivel e qual seria a implicancia na estrutura de meu carrinho. abraços!

    1. Eder, obrigado por ler a matéria e visitar o site, acoselho consultar um mecâncio especializado para saber se é possível a adaptação.

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