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Avaliação – Toyota Corolla Altis 2.0 Dual VVTi Flex 2010

O Corolla 2.0 ficou uma semana com o CarPoint News para uma avaliação mais completa e precisa, que pode ser lida logo abaixo, no “impressões ao dirigir”. O modelo oferecido para o teste foi o topo de linha Altis, o mais caro da gama da linha Corolla, veio com todos os opcionais possíveis e existentes no catálogo da montadora. Com a intensão de manter a liderança de 2009, a meta da montadora é passar das 55 mil unidades vendidas para 60 mil este ano, com mix de 50% para cada motorização. Seu preço inicial é de R$ 89.160, o Corolla Altis chega para brigar diretamente com o Ford Fusion (R$ 84.900), o Hyundai Azera (R$ 80 mil) e o principal concorrente, o Honda Civic EXS. A versão Altis substitui a extinta SE-G, antiga top, que custava R$ 87.170, outra versão que utiliza a mesma motorização 2.0 é a XEi que mantém o preço de R$ 75.830 da “antiga” XEi 1.8 automática. Os motores 1.0 VVTi ficaram com as versões de entrada XLi (R$61.890) e GLi (R$ 65.660).

Nessa versão mais completa não faltam mimos para o motorista e os passageiros, o Altis trás de série itens de conforto como ar-condicionado digital, acendimento automático dos faróis, banco do motorista com ajuste elétrico, bancos em couro, coluna de direção regulável, comandos interno de abertura do tanque de combustível e porta-malas, computador de bordo, painel de instrumentos com Optitron (ficam iluminados o tempo todo), piloto automático, rádio com Cd Player e MP3, sensor automático de chuva, volante com comandos integrados de áudio e computador de bordo, air-bags duplo dianteiro e lateral, faróis de neblina, faróis xenon com regulagem automática de altura e lavador, freios a disco com ABS e EBD nas quatro rodas e sensor de estacionamento frontal e traseiro além de outros não menos importantes. A lista é vasta, a Toyota fez de tudo para conquistar os consumidores dessa faixa de preço.

Sob o capô, a maior novidade do Corolla, o novo motor 2.0 Dual VVTi Flex, que está disponível para a versão XEi e Altis. O propulsor utiliza a tecnologia inédita do duplo comando de válvulas com abertura variável, que possui uma abertura das válvulas de admissão e também as de escape da câmara de combustão, as velas são de irídio, com desenho mais longo e fino e curiosamente montadas em posição central em relação aos pistões, com as válvulas em diagonal. Esse sistema funciona para permitir que a queima de combustível seja mais eficiente. O motor teve um aumento de potência em relação ao 1.8 VVTi de 17 cavalos com etanol (de 136 cv para 153 cv) e 10 cv (de 132 cv a 142 cv), com gasolina. Em conjunto com o motor está o câmbio Shfitronic, de série, com quatro velocidades, que conta com opção sequencial, cujas trocas podem ser feitas na alavanca do console ou em borboletas atrás do volante. O consumo médio de etanol foi de 5,7 km/l, conforme marcava o computador de bordo. Além do motor, a Toyota fez um ajuste na suspensão, que privilegia o conforto, na qual foi utilizado um eixo de torção na traseira.

Mais fotos no blog: http://carpointnews.blogspot.com/2010/05/avaliacao-toyota-corolla-altis-20-dual.html

Tapetes e recalls à parte o Toyota Corolla 2.0 Altis, cedido pela montadora para avaliação do CarPoint News surpreendeu em todos os sentidos. Nunca tinha avaliado nenhum Corolla da nova geração, só os anteriores, com motor 1.8 VVTi. Por fora, seu desenho, renovado no final de 2008 não agrada a todos, uns acham que ele tem “cara de tiozão” e outros já gostam, achando até moderno demais. Divergências à parte, o Corolla Altis chama a atenção pelo conjunto. Os pontos positivos são o conforto, dirigibilidade e o excelente motor, já os “pecados” ficam por conta do design, consumo e preço alto, principalmente para o modelo testado, que vinha com todos os opcionais disponíveis na concessionária. Ao buscar o carro em uma concessionária da Barra, o modelo chamou minha atenção pela cor, um bege aurora metálico. Peguei a chave, entregue pelo chefe de oficina da loja e ao entrar no Corolla Altis pude perceber por que o carro é o mais vendido de sua categoria, o interior é aconchegante, com bancos em couro bege, que combinam com o tablier e os painéis das portas, que são do mesmo tom, deixando o ambiente interno mais agradável. Achar a posição de dirigir é fácil, o banco elétrico e o volante regulável ajudam bastante nesse quesito, facilitando a vida a bordo. Após acertar os espelhos, o banco e a posição do volante engatei o “D” (Drive) do câmbio automático e sai da concessionária com muita tranqüilidade.

O Corolla Altis é bem previsível e não apresenta surpresa, o volante pequeno e revestido em couro casa bem com a direção elétrica. Com o tempo vou me acostumando aos comandos do rádio (que também podem ser controlados pelo volante). O ar-condicionado digital deixa o ambiente interno aconchegante, ainda mais com o calor do Rio de Janeiro. O Corolla é cheio de porta-trecos espalhados pelo interior, são encontrados no console central, nas laterais das portas além do amplo porta-luvas, que é divido em duas partes. Detalhes que lembram carros de categorias maiores, como acabamento em madeira e cromados fazem parte do visual interno do veículo. Alguns mimos como um botão que ativa o lavador dos faróis e um outro que recolhe os retrovisores externos para evitar danos quando o carro está em um estacionamento, fazem parte do pacote de itens de série dessa versão topo de linha. Uma das pouquíssimas críticas do carro fica por conta de um detalhe bem chato, a todo momento aparecia no painel de instrumentos, um aviso que a tampa de combustível estava aberta, mas sempre fechava e o aviso não sumia.

Mudando um pouco para a parte que mais interessa, o desempenho do novo motor 2.0 litros, fabricado no Japão. Maior e mais moderno o propulsor usa o inédito sistema de duplo comando de válvulas com abertura variável (Dual VVT-i), em vez do comando simples do propulsor 1,8 litro, o chamado VVT-i. O funcionamento é simples e têm abertura “inteligente” as válvulas de admissão e também as de escape da câmara de combustão, enquanto no antigo o mecanismo está presente apenas na admissão. Sua potência de 153 cv, com etanol e 142 cv com gasolina são bem distribuídas, a potência máxima é alcançada aos 5.800/5.600 rpm respectivamente. O motor 2.0 rende 20,7 kgfm de torque máximo, já aos 4.000 giros. Além do novo motor, mais revigorado e bem equilibrado, que traz tranqüilidade ao motorista, tanto em um trânsito mais pesado, quanto em uma estrada, o motor está associado ao novo câmbio Shfitronic, de quatro velocidades, de série nesse modelo (e também na versão XEi) se mostrando bem equilibrado, com poucas reduções, mas mesmo assim seu consumo foi alto, a média do computador de bordo do Corolla testado foi de 5,3 e 5,7 km/l, sempre com o ar-condicionado ligado e com o câmbio em Drive. Apesar da opção sequencial do câmbio automático, cujas trocas podem ser feitas na alavanca do console ou em borboletas atrás do volante, o recurso não foi usado, pois preferi continuar com as trocas automáticas, que são mais cômodas para se locomover no caótico trânsito carioca. Outra característica que deixa o carro à frente da concorrência é o comportamento da suspensão, que além de macia é firme, principalmente nas curvas mais fechadas, feitas em velocidade mais elevada. A suspensão usa o recurso do eixo de torção na traseira transmitindo conforto aos ocupantes e deixando quase imperceptível as irregularidades do asfalto lunar da cidade maravilhosa e as “lombadas”.

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