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Avaliação – Jeep Compass 2.0 TDI Limited 4WD Aut. 2018

Fotos Marcus Lauria

Há aproximadamente um ano, o Jeep Compass acelerava forte para assumir, pela primeira vez, a liderança geral de vendas mensais de SUVs no Brasil em um mercado dominado por modelos compactos. Com exceção de um mês, nos últimos doze meses o Compass acumulou 58.188 emplacamentos, 10 mil a mais do que o segundo colocado.

Levando em consideração apenas este ano, o crescimento nas vendas do Compass foi de 30% em relação ao mesmo período de 2017 (janeiro a agosto). Mais que o dobro da alta do setor de automóveis – 13,4%. E o mix de vendas do SUV revela dados interessantes. Apesar de a versão de entrada Sport ter o melhor custo-benefício da linha, configurações ainda mais bem equipadas são as preferidas dos compradores de acordo com a marca. Em primeiro está a versão Longitude Flex, com 40% do total, seguida por Longitude Diesel (20%), Limited Flex (15%), Sport (10%), Limited Diesel (8%) e Trailhawk (7%). Dividindo por motores, o 2.0 Tigershark Flex representa 65% dos emplacamentos, deixando significativos 35% para o 2.0 MultiJet II Turbo Diesel.

O Compass foi apresentado ao mundo quase dois anos atrás, no final de setembro de 2016, em Pernambuco, perto do Polo Automotivo Jeep, em Goiana (PE). Suas vendas começaram um mês depois e de lá pra cá, mais de 95 mil unidades já foram registradas no Brasil. Produzido em Pernambuco, o Compass é um modelo global que estreou em solo brasileiro e hoje é fabricado também no México, China e Índia, para mais de 100 países. E desde setembro, a produção brasileira abastece também o mercado argentino e em breve chegará a outros mercados das Américas do Sul e Central.

Com toda essa demanda de vendas, a Jeep aproveitou para lançar mais uma versão, a configuração Limited. Ela chega para ser uma alternativa dentro da linha equipada com o motor Diesel, ao lado do Trailhawk, essa nova opção forma uma dupla de versões de topo de linha. Um dos destaques do Limited é o pacote de entretenimento que inclui o conjunto de som premium Beats e sistema Uconnect com tela de 8,4 polegadas e conectividade com Android Auto e Apple Car Play. Tudo de fácil acesso a bordo do Compass. O som é de qualidade e muito limpo e deixa o ambiente bem agradável dentro do SUV tornando viagens e o dia a dia no trânsito das cidades mais agradáveis.

Falando em acabamento o Limited oferece bancos de couro elétricos, que podem ser da nova cor Ski Gray, uma tonalidade clara de cinza, que continua ainda com a opção Caramelo, além do Preto. Os bancos são confortáveis, e deixam o motorista e passageiros bem à vontade, não cansam em trajetos longos e abraçam bem o motorista em curvas mais acentuadas. Por serem elétricos, a posição de dirigir é fácil de achar e com o auxílio do ajuste de altura e profundidade do volante o ajuste fica praticamente perfeito. Para quem vai atrás não falta conforto e espaço para as pernas, cabem com folga cinco ocupantes no Compass. Assim como o porta-malas de 410 litros, que são suficientes para carregar a bagagem de todos os ocupantes do carro com folga. A unidade avaliada por nós apresentou alguns barulhos internos, nada que seja irritante, vindo da parte traseira, que não foi identificado durante o teste, mas informamos na concessionária para tentarem descobrir de onde vem esses “grilos”.

Outras novidades estão na lista de opcionais, com abertura elétrica da tampa do porta-malas para as versões Trailhawk e Limited que pode ser ativada de dentro do carro, direto pela tampa do porta-malas ou pela chave a distância. E pensando no visual externo, ainda tem a opção de poder equipar o Compass com rodas de 19 polegadas casadas com pneus 235/45 (do modelo testado) – as de série são de aro 18” pareadas a pneus 225/55.

Disponível para as versões Limited e Trailhawk, o pacote High Tech é composto por itens como: controle de adaptativo de velocidade de cruzeiro (ACC), monitoramento de mudança de faixa (LDW), farol alto automático (AHB), aviso e prevenção de colisão frontal (FCWP), que engloba frenagem automática, partida remota do motor e o sistema de estacionamento semiautônomo Park Assist, que atua em vagas paralelas e perpendiculares à via. Além disso, há equipamentos de série como faróis de xenônio e monitoramento de pontos cegos (que pode ser ajustado para dar só avisos visuais, visuais e sonoros ou até ser desligado). Todos os itens foram testados com louvor, e funcionaram perfeitamente durante o teste, são itens de conforto que ajudam no dia a dia com o Compass, por se tratar de um veículo relativamente grande, o Park Assist é uma “mão-na-roda”.

Falando em cores, vale ressaltar o aumento das opções, com a introdução da sólida Verde Recon, usada recentemente na série especial de 75 Anos do Jeep Renegade, e da metálica Marrom Horizon. No caso da versão testada, o preto brilhante se destacou no trânsito, chamando muita atenção dos motoristas ao lado e dos pedestres, era fácil ver olhares agraciando o modelo da Jeep.

Esqueça aquele barulho tradicional e compassado dos motores diesel, esse de comando eletrônico é suave e silencioso o tempo todo. O motor 2.0 Multijet II, de 170 cv e 35,7 kgfm (único diesel no segmento) aliado ao câmbio automático de 9 marchas tem o casamente perfeito entre os veículos a diesel do mercado. O propulsor empurra os 1.547 kg do SUV sem pestanejar, a disposição do torque está ali para deixar as ultrapassagens mais seguras e tornar as viagens mais seguras. O Compass pega velocidade rapidamente e as arrancadas são viris, deixando o motorista bem à vontade. O consumo aferido pelo computador de bordo foi de 9,8 km/l na cidade e 11,4 km/l na estrada.

Para enfrentar um off-road pesado, o Compass conta com o sistema de tração 4×4 Jeep Active Drive Low, com reduzida e o controle Selec-Terrain. E apesar da aparência quase urbana, o Compass enfrenta com louvor uma pegada mais aventureira. A tração e a reduzida estão lá para isso, não tenha medo de atravessar um rio mais profundo ou uma poça de lama mais ousada, o SUV Pernambucano encara sem medo.

Confira os preços de todas as versões, incluindo a testada pelo site: Sport Flex AT6 4×2 – R$ 105.990; Longitude Flex AT6 4×2 – R$ 114.490; Limited Flex AT6 4×2 – R$ 131.990; Longitude Diesel AT9 4×4 – R$ 141.290; Limited Diesel AT9 4×4 – R$ 157.990 e Trailhawk Diesel AT9 4X4 – R$ 158.990.

*FICHA TÉCNICA:

Mecânica

Motorização 2.0

Combustível             Álcool            Gasolina

Potência (cv)            166     159

Torque (kgf.m)         20,5    19,9

Velocidade Máxima (km/h)           192     188

Tempo 0-100 (s)      10,6   

Consumo cidade (km/l)      5,5      8,1

Consumo estrada (km/l)    7,2      10,5

Câmbio          automática com modo manual de 6 marchas

Tração           dianteira

Direção          elétrica

Suspensão dianteira          Suspensão tipo McPherson e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.

Suspensão traseira            Suspensão tipo McPherson e traseira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.

Freios            Quatro freios à disco com dois discos ventilados.

Dimensões

Altura (mm)   1.639

Largura (mm)           1.819

Comprimento (mm)             4.416

Peso (Kg)      1.547

Tanque (L)    60

Entre-eixos (mm)     2.636

Porta-Malas (L)        410

Ocupantes    5

*Dados do fabricante

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