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Avaliação – Jeep Compass 2.0 TDI Multijet Longitude 4WD Aut. 2017

Faz pouco tempo desde o lançamento do Compass renovado em nosso mercado, mas como podemos observar pelas suas vendas, o carro está fazendo bastante sucesso: foram 3.940 unidades vendidas em Abril de 2017, nada menos do que o primeiro lugar da categoria dos SUVs e oitavo lugar geral, superando inclusive o queridinho Honda HR-V (que é um crossover e não SUV, diga-se de passagem, mas concorre na mesma categoria). O sucesso é tanto, que o Compass vendeu quase 1.200 carros a mais do que o Renegade!

Avaliamos recentemente outro Compass Longitude (leia aqui), mas a diferença do modelo que ilustra esta página está no powertrain. O motor é o 2.0 turbodiesel já conhecido na linha da FCA, pois equipa o Renegade e a picape Toro. Com injeção direta, o moderno propulsor Multijet II rende 170 cv @ 3.750 rpm de potência e 35,7 kgfm @ 1.750 rpm de torque. Em conjunto ao motor diesel, o Compass recebe também transmissão automática de 9 velocidades e tração integral.

Para contar com maior capacidade offroad, as versões 4×4 do Compass contam também com suspensão elevada e deixam de lado o defletor de ar que existe no para-choque das versões 4×2. Se por um lado piora a aerodinâmica, por outro dá um ângulo de entrada mais favorável ao SUV, bem como uma distância maior em relação ao solo. Visualmente essas são as únicas diferenças visíveis em um Compass 4×4, desde que não seja a versão Trailhawk, que não nos foi oferecida para teste.

Seu desempenho no fora de estrada é condizente com seu DNA da Jeep, e o carro enfrenta trilhas leves com facilidade, demonstrando até alguma valentia em trilhas medianas, graças ao sistema de seleção de terreno para adequar a tração integral ao tipo de desafio enfrentado. Para trilhas mais pesadas, recomenda-se o uso de pneus mais lameiros, pois os pneus Pirelli Scorpion Verde deixam bem clara a preferência destes por asfalto.

Enquanto no Renegade e na Toro o conjunto motor/câmbio atua com sobras, no Compass o desempenho é apenas honesto, culpa dos exagerados 1.717 kg do carro. E se o preço dessa massa é pago na aceleração de 0-100 km/h (11 segundos em nosso teste), pelo menos o consumo é bom, com 11,6 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada, sempre com ar-condicionado ligado.

O espaço interno do Compass é generoso, traz boa amplitude de espaço para 5 ocupantes e o porta-malas abriga bons 410 litros. O acabamento é bom para a sua categoria, e há até mesmo um certo aspecto de requinte em seu interior. Já quanto à visibilidade, o carro é nota 10, com boa visão através das janelas e espelhos, com auxílio de câmera de ré e sensores de estacionamento. E em manobras o Compass não desaponta, mantendo os razoáveis 11,3 m da versão a gasolina e oferecendo boa capacidade de ser guardado em vagas mais complicadas.

Na cidade o SUV roda de forma menos suave que a versão à gasolina, com mais rigidez ao vencer buracos e lombadas, culpa da suspensão reforçada para o fora de estrada. Fora isso, é um carro de reações suaves, com baixo peso da direção e motor com funcionamento sempre em baixos giros, mérito do câmbio de 9 marchas e do bom torque em baixa do motor. Já na estrada o Compass é estável e goza de excelente dinâmica, sem oferecer sustos ao condutor, seja em curvas ou frenagens mais fortes. O motor forte dá conta de retomar bem em ultrapassagens, mas não há sobra de desempenho.

No geral, o Compass Longitude Diesel carrega todas as qualidades que fazem do carro um sucesso de vendas em nosso mercado. Porém, o preço de R$ 137.990 é elevado. Por R$ 27.000 a menos, a versão com motor 2.0 Flex e tração 4×2 oferece o mesmo conforto, status e dinâmica, andando até um pouco mais rápido. Seu maior defeito é o consumo alto, ao contrário da versão diesel, que foi bem frugal em nossos testes. Ainda assim, a menos que a tração integral seja realmente necessária, vá de Compass 4×2 e seja feliz.

CONFIRA NOSSO VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=7_R6nEGFMIo

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