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Avaliação – Chevrolet S10 LTZ 2.5 SDI ECOFLEX MT 4×4 2017

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Grande parte das picapes médias são utilizadas exclusivamente no ambiente urbano e, pensando nesses consumidores, todas as marcas que oferecem picapes médias em nosso mercado também as oferecem com motores Flex. A grande vantagem está na suavidade de funcionamento e no nível de ruído, bem menor nas picapes Flex. É o caso desta S10 LTZ 2.5 Flex, que vem como alternativa à versão Diesel, que se mostra bem mais dócil e comportada no uso urbano, sem deixar de lado a aptidão off-road para o sítio no final de semana.

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Sob o capô encontra-se o propulsor 2.5 Flex de 4 cilindros, que rende 197/206 cv @ 6.000 rpm de potência (G/E) e 26,3/27,3 kgfm @ 4.400 rpm de torque (G/E). Com duplo comando no cabeçote, comando de válvulas variável na admissão e no escape, além da injeção direta, o propulsor está combinado a uma transmissão manual de 6 velocidades. Seu fôlego é suficiente para empurrar bem a picape de 1.933 kg, que tem sua força disponível nas rodas traseiras em modo 4×2. Há também opção de tração 4×4 normal ou reduzida nessa versão.

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Do lado de dentro, há poucas diferenças entre esse modelo e a versão High Country, topo de linha, que já testamos. Fora alguns detalhes aqui ou ali, a S10 LTZ entrega os mesmos bons arremates, com materiais ligeiramente simples. Os bancos são confortáveis e revestidos em couro, mas o assento do motorista conta com regulagens manuais. Na coluna de direção, há regulagem apenas em altura, com isso a posição de dirigir da S10 não é ideal. Quanto ao espaço interno, há sobras em todos os aspectos, tanto na dianteira quanto na traseira. Como acontece em picapes de cabine dupla, os bancos traseiros são um pouco mais eretos do que o ideal.

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Manobrar a S10 em vagas apertadas é um pouco chato, culpa do tamanho generoso da picape. E enquanto o diâmetro de giro de 12,7 metros não é dos menores, pelo menos há sensores de estacionamento na dianteira e traseira, além de câmera de ré. A embreagem é relativamente suave e os engates do câmbio são um pouco borrachudos e imprecisos mas, depois que se pega o jeito da coisa, fica mais tranquilo colocar a S10 em movimento e lidar com ela no trânsito urbano. De acordo com a Chevrolet, o câmbio automático chega em breve.

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No uso urbano, o tamanho da S10 impressiona e fica fácil se impor em meio aos carros. Até mesmo veículos maiores respeitam a picape, o que explica a preferência do público por esses carros. Porém, sua suspensão pula bastante em asfalto crocante, mesmo ela sendo mais leve e levando menos carga que a versão Diesel (817 kg). A suspensão traseira em eixo rígido não ajuda muito, embora as picapes tenham evoluído bastante ao longo dos anos. Em contrapartida, o isolamento acústico é bom, os bancos são confortáveis e a nova direção elétrica é bem suave. Um ponto aonde não há como milagres acontecerem é no consumo: observamos 7,8 km/l de gasolina no trânsito pesado, com ar ligado.

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Na estrada, a S10 impressiona bastante com sua boa dinâmica. Mesmo sendo alta e pesada, sua aptidão para vencer curvas é boa, mesmo em serras. No limite, a traseira ameaça escapar, mas o ESP está sempre pronto para agir. Sua carroceria rola um pouco, pois por melhor que seja o ajuste das suspensões, não há como ignorar as leis da física. A direção tem resposta boa para uma picape e os freios são confiáveis. A alavanca de câmbio, por ser um pouco imprecisa, dificulta um pouco a tarefa de achar a marcha certa nas retomadas. No mais, a rodagem é tranquila, o motor é silencioso e o isolamento acústico agrada em viagens. No quesito consumo, foram 11,6 km/l de gasolina a uma média de 110 km/h, com ar ligado.

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No geral, a S10 LTZ Flex se mostra uma boa opção para quem busca uma picape média mas não pode arcar com o custo extra do motor diesel. Também agrada aos que procuram uma suavidade maior de funcionamento e não se importam com o consumo extra de combustível. O único ponto que deixou a desejar foi a ausência do câmbio automático, item oferecido pela rival Toyota Hilux Flex e que já está em vias de ser implementado pela Chevrolet. Com preço de R$ 121.900 e tendo pintura metálica como único opcional, ela é cara, mas se comparada com os R$ 160.390 cobrados pela versão LTZ Diesel, é praticamente uma pechincha.

CONFIRA NOSSO VÍDEO:

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