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Avaliação – Chevrolet S10 LT CD 2.8 CTDi diesel 4×4 MT 2014

Fotos: Marcus Lauria

Desde que foi lançada a sua segunda geração, em fevereiro de 2012, a Chevrolet S10 só vem evoluindo para não perder a majestade. Líder do segmento desde que foi lançada, em 1995, a picape média da marca da gravata dourada vem a cada dia ganhando mais adeptos e fãs. Quando ela foi totalmente renovada, muitos acreditavam que ela não ia vender tanto quanto antes, até por que, além de muito diferente, ficou mais cara.

Porém não foi isso que aconteceu, a cada mês as vendas aumentam e a liderança no mercado já faz parte do currículo vitorioso do modelo. A nova S10 além de ser fabricada aqui no Brasil (em São José dos Campos, em São Paulo) se tornou um modelo que será fabricado em nível mundial, como por exemplo na Tailândia, onde já é fabricada. Do Brasil ela é exportada para outros países do Mercosul, como Argentina, Paraguai e Uruguai.

Entre as seis versões, com duas opções de motorização e de tração a Chevrolet nos emprestou por uma semana a nova versão LT cabine dupla com motor diesel e tração 4X4 com o novo câmbio manual de seis marchas. As novidades param por aí, de resto o modelo se mantém como em seu lançamento. Nenhuma outra alteração visual foi feita até o momento.

A nova S-10 é baseada na arquitetura global da GM de picapes body-on-frame (carroceria e chassi). Seu interior se mantém espartano nessa versão intermediária, os revestimentos são simples e parecidos com carros de entrada, como compactos e hatchs médios, sem partes emborrachadas no painel. Os bancos são de tecido, dispensando o tradicional couro.

De  série ela traz airbags frontais, ABS com EBD, faróis de neblina, seletor eletrônico de tração, sistema de deslizamento limitado do diferencial, trio elétrico, rodas de liga leve de 16 polegadas, ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo, cruise control e sistema My Link com tela de sete polegadas.

Por fora seu visual se mantém como antes, com a frente alta, e a grade seccionada pela barra que ostenta o logo da Chevrolet, já as linhas agressivas da dianteira acabam se tornando mais suaves na lateral, mas a ideia de força e robustez continua forte na picape pelas caixas de rodas altas. A traseira tem desenho simples e com a tampa da caçamba reta e as lanternas verticais em destaque com o gigantesco logo da Chevrolet ao centro da tampa. Em relação aos modelos mais caros, a versão LT avaliada vem com rodas de liga-leve de 16 polegadas, em vez das de 17 da LTZ. Além da ausência de peças cromadas na carroceria.

Com 5,34 m de comprimento e 3,09 m de entre-eixos a picape não é difícil de guiar, sua posição mais alta que as dos carros comuns deixa o picape em vantagem no pesado trânsito brasileiro. Mesmo comprida ela transmite segurança em possíveis “costuradas” nos engarrafamentos. Para quem dirige e fica ao lado do motorista, as viagens parecem ser feitas dentro de um sedan médio, mas para quem vai atrás a situação é outra, o balanço e as quicadas da carroceria transmitem insegurança e deixam os passageiros até com um certo enjoo.

Sob o capô está o novo motor diesel de 2.8 litros turbo CTDI que rende mais que suficientes 200 cv a 3.600 rpm e 44,9 kgfm a 2 mil giros. Em conjunto com um câmbio manual de seis marchas, revelado em setembro de 2013. De acordo com a marca, a nova transmissão foi criada para tentar diminuir o nível de aspereza do conjunto e teve as marchas reescalonadas, desta forma o aproveitamento do motor e do torque total pode ser melhor aproveitado, deixando a picape bem mais fácil de conduzir. Para quem não gosta de ficar trocando marchas, existe a opção do câmbio automático também de seis velocidades, que aumenta o preço da S10 em R$ 4.100. O propulsor acolhe bem a picape, as acelerações são feitas com segurança, apesar de quicar bastante, as retomadas são extraordinárias e subidas de serras são feitas sem dificuldade. Tanta força faz com que a picape enfrente atoleiros e trechos ruins com facilidade, graças ao auxílio da tração nas quatro rodas.

Muito cara, ela custa R$ 114.190, com todos os itens citados no texto acima. Por esse preço, o modelo poderia ter um interior mais caprichado e itens de série mais interessantes. Mas o mercado entende que essa picape foi feita para o trabalho pesado, apesar de ser uma cabine dupla. Entre as suas concorrentes, podemos destacar a Mitsubishi L200 Triton GLS (R$ 101.900), Ford Ranger XLS (R$ 112.690) e a Nissan Frontier SV Attack (R$ 108.190 ) e a. Agora é estudar qual delas atende melhor as suas necessidades e cair na lama.

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