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Avaliação – Renault Duster Dynamique 2.0 4×4 2012

Fotos: Marcus Lauria

Com um mercado carente de SUVs (Sport Utility Vehicle) compactos com preço acessível, a Renault demorou para lançar o Duster em nosso país, o modelo desembarcou por aqui em outubro de 2011, com fabricação local. O Duster é o primeiro utilitário esportivo da marca no Brasil e chegou para acabar com a liderança do seu principal rival, o Ford Ecosport. São oferecidas seis versões no Brasil, a topo de linha Dynamique 4×4 com câmbio manual foi avaliada por uma semana pelo site.

O diferencial do Duster em relação aos seus concorrentes está na robustez e na capacidade de enfrentar terrenos acidentados, dignos de provas off-road. O modelo da marca francesa, por exemplo, não raspa a frente do veículo na primeira lombada e valeta que encontram. O Duster foi feito em parceria com a romena Dacia (uma das marcas do grupo Renault) e compartilha componentes com Logan e Sandero, como é nitidamente percebido em seu interior e em alguns detalhes da parte externa.

Com um visual externo diferenciado, o Duster chama a atenção por onde passa, além de ser considerado uma novidade no mercado, o modelo avaliado ainda tinha chamativa cor de lançamento verde Amazônia. Com uma mistura de linhas retas e arredondadas, O Duster tem estilo próprio. O SUV francês possui um ângulo de ataque é de 30 graus, enquanto o ângulo de saída chega a 35 graus. Enquanto que a sua altura em relação ao solo é de 21 cm. Mesmo sem a opção de marcha reduzida, típica dos veículos 4×4, o câmbio manual de seis marchas disponibiliza uma a primeira marcha relativamente curta, para garantir mais tração, o que foi comprovado durante os testes.

As características off-road estão presentes nos pneus de uso misto e nos detalhes externos como estribos e pára-choques mais robustos. Segundo a marca, o Duster consegue atravessar regiões alagadas com até 40 cm de água, sem danos ao veículo. A versão Dynamique é a única que pode ser equipada com tração 4×4 e com a opção de câmbio manual de 6 marchas, não existe a opção de câmbio automático para essa versão. Para usar a tração, o motorista não precisa de muito esforço, o controle é feito através de um botão com as posições 2WD, Auto e Lock. Que pode ser escolhido de acordo com a necessidade de cada terreno.

Como manda o figurino, com a ativação do modo 4×2 (2WD) a distribuição da força acontece apenas nas duas rodas dianteiras, quem optar pela posição “Auto”, a distribuição do torque é feita entre os eixos dianteiro e traseiro, conforme a aderência do piso pelo qual estiver conduzindo o veículo. Essa opção funciona sempre em baixa velocidade, e quando as rodas dianteiras patinam, o sistema transfere parte da força para o eixo traseiro. Já a função “Lock” oferece ao SUV a opção de ser usado em condições de terreno mais adversas, como na lama e na areia. Essa função foi programada para ser desativada automaticamente quando o veículo ultrapassa 80 km/h.

Antes de ser homologado para rodar no Brasil, a Renault teve que recalibrar molas e amortecedores, para suportar as condições das ruas e estradas brasileiras. O modelo é agradável de dirigir, mostrando segurança o tempo todo. O equilíbrio é constante e mesmo em velocidades mais elevadas, o carro não muda de trajetória e nem quica muito como outros utilitários do mesmo segmento. A posição elevada deixa o motorista bem á vontade para arriscar manobras mais ousadas. Em estradas de terra esburacadas, o Duster se saiu muito bem, mostrando para que veio, suportou bem os impactos, sem “arregar” em nenhum momento. A tração fez seu papel e enfrentou trechos de areia fina sem pestanejar.

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2 Comentários

  1. Aliás não só o Duster é da Dacia, mas também o Sandero e o Logan, coisa que, pelo que pude comprovar numa revenda Renault, os vendedores fazem questão de esconder…

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